Cap - 4 o passado que nos assombra

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A capacidade que temos na nossa mente era sempre impressionante ao meu ver, as pessoas
estavam bem em algum momento e tudo isso poderia ser quebrado com apenas um
pensamento sua mente pode ruir, por lembrar de alguma coisa que aconteceu ou vai
acontecer ou até mesmo acontecendo naquele instante e você está realmente preocupado
com aquilo e só fingindo estar com a cabeça onde seu corpo está. Naquele parque eu percebi
isso, aquele menino estava ali, mas sua mente estava tão distante da realidade que nem
mesmo ele saberia quando ela iria voltar e ele tinha medo de não voltar, e isso que a tristeza
faz com as pessoas tira sua mente do lugar a deixa em outro lugar e você apenas tenta
recupera-la.
Naquele parque logo após aquele garoto ir embora eu fiquei observando por meia hora mais o
menos o clima tão bom que tinha naquele lugar era gostoso ficar sentado em banco de
parque, apenas olhando para tudo como se fosse tudo novo e se como as pessoas fossem fazer
algo inovador do nada, mas algo ainda me corroía o coração como se algo fosse acontecer um
pressentimento e não era dos bons era dos piores, aqueles que te amedrontam só de sentir e
de repente meu celular toca eu penso em quem pode ser afinal não sou de receber muitas
ligações, não vem ninguém a mente então eu olho o numero era minha mãe era estranho
deveria ser algo importante minha mãe não ligaria se não fosse, eu atendi
-Oi mãe, o que aconteceu?
-Nada demais filho apenas queria te avisar que eu estava arrumando o quarto da Rebeca e
achei algo que, era pra você e bom você vir aqui ver o mais rápido possível.
-Bom acho que não custa nada, eu estou no parque com o dia de folga eu vou ai agora pra
resolver logo
-Certo, até já, beijos
Aquilo foi estranho, algo da Rebeca... o que poderia ser? Fazia tanto tempo que eu não
pensava sobre a Rebeca, e do nada ela me deixou algo. Eu sai do parque peguei um taxi a casa
da minha mãe não era tão distante dali, eu passei o caminho todo pensando o que aquilo
significava e se significava algo, eu do tipo de pessoa que sempre tentar achar motivos para
tudo, seja uma coisa dita ou ação ou nome tudo existe um significado ou pelo menos para mim
tem que existir, mas aquilo não tinha motivo, eu estava muito ansioso eu me achei totalmente
pronto para ver aquilo. Eu cheguei na casa da minha mãe a porta estava aberta e com várias
caixas espalhadas pela casa, acho que talvez ela fosse trocar de mobilha ou algo do tipo, fui
procurando ela no meio da bagunça de caixa e nos cômodos, eu passei no quarto que era da
Rebeca, apenas olhei de fora assim e uma avalanche de coisas começou a borbulhar de dentro
de mim, tantas lembranças minhas em apenas um lugar a Rebeca como eu queria que ela estivesse entre nós, bom continuei procurando minha mãe pela casa mas ela não respondia
aos meu gritos, ate que eu fui no escritório e ela estava lá vendo algo em baixo da mesa, ela
percebeu que eu estava ali finalmente virou rapidamente.
-Oi filho
-Oi mãe, onde está a coisa que a Rebeca deixou pra mim
-Está em cima da mesa, eu achei dentro do guarda roupas dela, acho que era pra você ter visto
a mais tempo porem não estava com tempo para tirar as coisas delas, aproveitei agora que
vou trocar a mobilha dessa casa
-Entendo certo brigado era só isso mesmo, eu vou pra casa mesmo, até mais mano
-Certo filho, ate depois
Eu dei um abraço e um beijo nela e fui pegar o que havia me trazido tão fortemente a aquele
lugar, quando eu vi era simplesmente um carta eu não imaginei que poderia ser uma carta eu
comecei a me perguntar o que depois de tanto a Rebeca gostaria de dizer, e uma carta sobre o
que? Eu fui embora da casa da minha mãe eu estava por algum motivo com receio do que
tinha escrito ali, eu ficava olhando pra carta, mas não tinha coragem para abrir a respostas que
minha mente pedia estava bem na minha mão porem eu não tinha coragem para vê-la. Eu
peguei um taxi que estava parado na frente, eu não tinha certeza do que era aquilo era
estranho como um enorme pulso por todo meu corpo e um aperto no meu peito que fazia eu
temer aquilo, ate que eu olhando tanto para aquela carta tive a coragem de abri-la era só uma
carta não iria me matar, eu abri ela o papel ainda estava como novo, nem parecia que estava a
anos dentro daquele guarda roupa. Quando eu abri tinha 2 papeis e um pingente, aquele
pingente era me familiar porem naquele momento eu não conseguia pensar de onde veio, eu
olho para a carta e finalmente havia chegado a hora de saber o que a Rebeca tinha a dizer.
Querido Lucas quando estiver lendo isso eu provavelmente vou estar morta bom talvez você
não saiba a verdade mas sendo breve, eu perdi minha família em acidente eu entrei em
depressão profunda, passei por psiquiatras para minha reabilitar e eu ate consegui, passei
muito tempo vivendo apenas ai achei a vaga de emprego na sal casa, aceitei por talvez me
fazer bem não ficar sozinha em casa, eu odiava ficar sozinha, bom enfim eu fui trabalhar na
sua casa, e me deparei com você uma criança fofa que era calada porem era linda por dentro e
por fora, eu acabei me tornando sua segunda mãe ate porquê a sua realmente não tinha
tempo para cuidar de você, bom... acho que a pergunta que vem a sua mente agora e “ela me
considerava filho dela ?” bom eu gostaria muito, ate porquê você lembrava minha filhinha mas
eu sabia que você não era meu filho nem nunca seria, me apegar nessa ilusão de achar que eu
teria assim era simplesmente impossível para mim porquê todo tempo a verdade batia em
minha porta, mas eu te amei sim, acho que não era assim que você queria que tivesse acabado
mas, o porquê de ter acabado desse jeito e que eu cansei... eu cansei de ser forte de aguentar
a dor toda vez que eu olhava pra você e lembrava dela, isso me corroía tanto todos os dias e a
dor e insuportável, a quanto mais você pensa em parar mais ela te dói e continua corrosiva até
que não sobre nada de você , acho que estou escrevendo essa carta pra me aliviar um pouco
para você entender caso tenha duvidas que não e culpa sua e isso era inevitável, somos assim
as vezes tomamos decisões para nos mesmo que afetaram mais ainda a vida do outros. Eu
realmente queria ter ficado para vê você ter uma vida linda e incrível mas chegou a minha hora e eu não quero ir contra ela, mas para te deixar bem claro eu te amo meu garoto todo o
tempo que eu permaneci foi por você, caso não lembre o pingente que esta aqui foi o que
você me deu alguns dias após eu chegar para cuidar de você, ele tinha vindo com sua bolsa e
você me deu ele com tanta alegria que eu não consegui negar... bom acho que e só viva bem
meu garoto talvez eu esteja em lugar melhor com minha família mas seja lá onde eu estiver eu
vou me lembrar de você.
Aquilo foi duro talvez uma grande queda para mim, a Rebeca realmente queria ir e estava
aliviada com essa decisão, eu só conseguia me perguntar como alguém estaria aliviado com a
decisão de sua própria morte, eu só queria entender porquê dela não ter me falado, talvez
fosse minha culpa ou não, eu deveria ter prestado atenção nela, eu sempre a achei feliz mas
aquele sorriso era falso... incrível não e mesmo o sorriso que eu achava mais intenso e feliz na
verdade era o mais triste de todos que eu conhecia, naquele carro eu me peguei em abismo
por minha mente, ficar pensando se eu poderia ter feito a diferença naquele momento, minha
cabeça estava repleta de pensamentos e meu peito cada vez mais apertado, porquê aquilo
nunca tinha acontecido, como apenas uma carta de explicações me deixou daquele jeito, o taxi
chegou na minha casa eu quase cai para sair, minha perna estava bamba minha percepção
estava sendo sugada eu corri para elevador apertei incansavelmente o botão do meu andar,
aquele elevador parecia que iria parar, eu estava hiperventilando, eu abria o máximo possível
minha boca e simplesmente não vinha ar para mim, era como se meu corpo estivesse
entrando em um enorme curto, a porta do elevador abriu eu com tudo para frente quase cai
no chão, pego apoio na maçaneta de porta de casa, naquele momento eu só precisava entrar
que tudo estaria bem para mim, mas foi diferente quando eu entrei me jogando no chão e
empurrando a porta, meu corpo não me respondia mais, eu estava buscando respostas em
cada centímetro da minha mente eu precisava saber, porque eu estava assim ? meu deus eu a
Rebeca era tão importante para mim assim ? era obvio eu só queria que ela tivesse ali para
dizer “eu te amo” mas ela não estava talvez não tivesse sido culpa minha ou o destino quis
assim mas meu corpo e minha mente estava nesse pensamento que era culpada por tudo que
se tivesse dado o amor que ela merecia ela não tivesse ido, eu não conseguia me acalmar de
qualquer forma eu fui me arrastando até o sofá mas nem subir nele eu conseguia, eu estava
totalmente tremendo eu não tinha mais nenhum controle sobre meu corpo, eu não conseguia
respirar nada estava mais no meu controle, eu deitei no chão eu estava me contraindo, meu
ossos todo formigando entre si e se contraindo meu punho fechado, aquilo não passava de
forma alguma, minha visão ficando clara eu não sabia o que estava acontecendo, como se a
morte tivesse me dando um gostinho da sua presença e incrível poder, eu queria que alguém
me ajudasse, mas eu estava sozinho como sempre sozinho, eu fui me contorcendo, aquilo não
pararia se não fosse eu mesmo que tomasse tal ato, eu fechei os olhos e fingi que a Rebeca
estava lá, na primeira vez tudo ficou mais forte porem eu tinha que ser forte o suficiente pra
lugar contra aquilo, e foi de repente eu estava voltando a sentir as coisas voltando minha visão
não estava turva, eu estava me levantando já com dificuldade, eu consegui ficar sentado um
pouco mas aquilo ainda estava dentro de mim, eu nem podia imaginar aquilo acontecer justo
comigo mas acontecia e eu precisava dar jeito nisso, naquele momento eu percebi que todos
os meus conhecimentos não se aplicavam totalmente a minha mente e isso me fazia temer
porquê iria ser complicado lidar com aquilo.
Acho que no final todos somos doentes mentalmente, esse mundo corrompe incansavelmente
todos os dias mentes, a maioria das pessoas conseguem lida com isso mas algumas
simplesmente não conseguem e se perdem totalmente em meio a tudo, e essas pessoas
quando estão sozinhas são sempre as piores, são sempre as que fazem besteira por apenas
querer que tudo pare, e pra essas pessoas um abraço e um “vai ficar tudo bem estou aqui pra
tudo” vale mais que mil palavras escritas em um livro que ganhou prêmios acho que mudaremos o mundo quando a humanidade evoluir percebendo que ajuda que alguns doença podem ter e simplesmente dar esperanças novamente as pessoas isso vale mais que qualquer riqueza.

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⏰ Última atualização: Dec 02, 2018 ⏰

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