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Fiquei novamente presa àquele ser que despertava em mim sensações nunca antes experimentadas. Sentia o ar ficar rarefeito e ofeguei tentando inalar o máximo possível. Nada do que aconteceu hoje parecia real, nunca um homem tinha despertado em mim o nervosismo só por estar no mesmo ambiente que ele. Já tive algumas paixões, claro, mas foram sempre casos passageiros, a chamada de uma vela comparado ao vulcão que está a entrar em erupção na minha zona mais sensível.
Ele foi o primeiro a quebrar o contacto visual e vi que engoliu em seco antes de virar o olhar para os prédios que passavam à medida que íamos avançado na estrada. Mal sei pelo tempo passar quando senti o carro parar e vi que já estávamos em frente à minha casa, respirei fundo e virei-me lentamente para agradecer a boleia, apesar de não ter achado necessário, tenho a noção que não é seguro viajar sozinha àquela hora da manhã.
Vi que continuava a olhar pela janela, toquei-lhe levemente no braço de forma a chamar a sua atenção.
-Sebastian... - Chamei com a voz fraca.
Vi que fechou os olhos quando ouviu a minha voz, respirou fundo e olhou para mim, estava com uma expressão apagada, cansada e tensa. Não sei em que pensamentos estava preso mas tenho a certeza que não eram os mais agradáveis. Engraçado, conheci-o hoje e mal trocámos palavras, no entanto, parece que quando olho para ele o conheci a vida toda. É fantástico e aterrador na mesma proporção.
-Obrigado por me deixares em casa.
-Não há de quê. Desculpa a forma como te arrastei para o carro, tinhas razão, não sei o que me deu. - Estava mais calmo, talvez e só talvez, estivesse no mesmo turbilhão que eu. Era ridículo, homens como ele não se interessam por mulheres como eu. Tenho a certeza que fiz uma careta com este pensamento pois vi que ergueu uma sobrancelha questionando-me, ignorei.
-Está tudo bem, estava irritada mas já passou. Tens sorte que não guardo ressentimentos. - Sorri.
-Devias fazer isso mais vezes. - Disse sério, fitando-me intensamente. Foi a minha vez de o questionar com o olhar.
-O quê?
-Sorrir, foi a primeira vez durante a noite que parecias verdadeiramente à vontade, sem a expressão de quem tinha visto o porco a andar de bicicleta. - Corei, minha Nossa Senhora, ele estava a fazer piadas sobre mim?
-Acho... - a minha voz saiu patética, limpei a garganta. - acho que vou indo. Foi um prazer.
Virei-me, abri a porta e saí sem olhar para trás, apesar da vontade ser muita consegui fiquei orgulhosa por conseguir resistir, já estava a rodar a fechadura da porta quando o ouvi assobiar.
-Lara... No próximo fim de semana eu e os rapazes vamos nos reunir para tocar, apenas nós como nos velhos tempos, tenho a certeza que a tua amiga vai... Será que gostarias de nós ouvir mais uma vez, já que, não aproveitaste a nossa atuação hoje?
Fiquei boquiaberta, ele estava-me a convidar para ir vê-lo cantar novamente. Abanei a cabeça, não, ele estava a convidar-me para fazer companhia à Luna, bem, se ela quisesse ela própria me ia chamar. Era isso que lhe ia dizer.
-Claro. - O quê? Sorri sem graça. Definitivamente eu estava a precisar acabar o dia de hoje o mais rápido possível. Voltei-me novamente para abrir a porta, mas voltei a ser interrompida.
-Então...-vi quando abriu a porta e veio ao meu encontro- vou precisar do teu numero de telemóvel para te avisar o lugar e as horas. - disse enquanto me estendia o seu IPhone.
Não pensei muito e com os dedos trémulos digitei o meu número no telemóvel, devolvi-o e encostei-me na porta enquanto o vi se afastar.
Não esperei nem mais um segundo e fugi para dentro de casa, senti-a uma energia correr o meu corpo, uma euforia que fazia brotar um enorme sorriso nos meus lábios.
Corri para o quarto, deixei o telemóvel em cima da mesa de cabeceira e fui tomar um banho.
Quando voltei apaguei as luzes e dei-te. Fiquei uns minutos a tentar processar todos os acontecimentos da noite até que desisti e virei-me de lado agarrando a minha almofada como se fosse a minha pedra da salvação.
Estava quase a adormecer quando ouvi o som das notificações no meu telemóvel, abri os olhos e lancei-me para o agarrar.
A mensagem era de um número desconhecido, mas eu sabia quem era desde o momento em ele tocou.
"Boa noite Luna. SM"
Ah, Sebastian, quem és tu e o que estás a fazer comigo?
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By my side
RomanceÉ a minha primeira história. Ainda não tenho uma sinopse decente. Mas espero que gostem.