Capítulo 1: Hyung, posso te contar uma coisa?
– Hyung, por favor, deixe-me ficar – Jungkook pediu pela milésima vez, fazendo aquele biquinho fofo que eu adorava.
– Não, é melhor ir para o chalé que fica na Floresta do Norte. Ambos sabemos que apenas lá não haverá perigo. E, bem, já disse, não precisa me chamar de hyung a todo momento, use meu nome. Você é maior que eu, moleque – ri, bagunçando seus cabelos.
Mais uma vez, estava eu tendo de dizer a mesma coisa para o pequeno ômega. Ele não entendia que meu cio era perigoso, não entendia que eu poderia atacar-lhe, isso porque Jungkook nunca esteve em um, logo, não sabia o quão desesperador podia ser.
Meus planos eram ficar em casa – provavelmente com meu tão querido vibrador, porque, apesar de alfa, eu amava ficar por baixo, batendo várias punhetas gostosas e preso por amarras fortes –, enquanto Kook estaria protegido e longe. Um alfa, quando no cio, fica louco para achar qualquer ômega com quem possa copular e ele não devia ser esse ômega.
O que eu menos queria era colocar Jungkook em risco, afinal, tornou-se minha única família desde que minha matilha expulsou-me. Tudo porque eu era filho do chefe com uma ômega qualquer, não sua mulher oficial. Fui jogado fora como lixo, deixado de lado por quem deveria ensinar-me como caçar, como viver e misturar-me entre os humanos. Até que foi bom, pois, assim, aprendi tudo sozinho e tornei-me independente. Vejo que minha família devia ser de má índole, melhor então, foi crescer solitário, formando meus próprios valores e aprendendo a me defender sem precisar da ajuda de ninguém.
Meu pequeno – amava referir-me a ele dessa forma, sem ele saber, claro – nunca teve família. Sua mãe fora estuprada por um alfa de outra matilha diferente durante o cio deste (mais um motivo para Jungkook levar o meu heat mais a sério). Quando nasceu, rejeitaram-no. Desde então, foi acolhido por algumas matilhas, mas não permanecia por muito tempo. Era um filhote sem disciplina, desconhecido, e poucos aceitavam o desafio. Encontrei-o machucado perto de um rio, ainda jovem, e, mesmo eu sendo um adolescente sem muito a oferecer, senti-me na obrigação de cuidar dele. Sua pelagem era tão macia, parecia tão indefeso... e aqueles olhos... nossa! Fiquei encantado. E, conforme crescia, ele ficava cada vez mais bonito, seja na forma humana ou na de lobo.
– Serão só quatro dias longe, Jungkook, você vai sobreviver – bufei, com medo de entrar no período antes do esperado ou algo do tipo – Eu vou tentar te atacar se continuar aqui!
– Não vai, não, hyung – sorriu, mostrando seus dentes avantajados, que o deixavam mais lindo – Vai estar amarrado e eu sou tão feio e nada atraente, que não haverá problemas!
Senti uma vontade imensa de bater no garoto. Ele era tão lindo e perfeitinho! Ah, e seu cheiro... puts, estava melhor hoje do que em qualquer outro dia... tão doce...
– Cale a boca, Jungkook – exclamei – Você sabe muito bem o quão é belo! E outra, isso não tem nada a ver com beleza, apenas com o fato de você ser um ômega. No cio, eu posso falar e fazer coisas terríveis, vou te persuadir a ficar comigo, vou te seduzir até ceder. Seu cheiro já está acentuado, afetando-me. Avançar contra seu corpo seria tão simples...
– Não acredito nisso, hyung! Patifaria! – fez um biquinho – Então, posso, pelo menos, ajudar-te com as amarras? Não vai conseguir prender sozinho e eu tenho que levar a chave que as abre para longe.
– Tudo bem, pode ser... só preciso trocar-me.
Kook assentiu e deixou o local, o que me fez suspirar. Certo, deveria manter a calma, mesmo que seu cheiro estivesse deixando-me louco. Daqui uma hora, tudo de pior começaria. As amarras eram fortes e eu conseguiria mover-me pouco, porém, o suficiente para pegar alguns alimentos e a água, os quais ficariam ao meu lado na cama, além do controle do vibrador, e também seria capaz de me masturbar. Seriam dias difíceis, mas eu já estava acostumada com toda essa agitação, afinal, há anos não ficava com um ômega.
Fiquei apenas de cueca, pois seria realmente difícil suportar o calor que sentia no cio com roupas. Comecei a acariciar minha entrada com lubrificante, agradecendo por ter feito enema, massageando-a, visando facilitar o vibrador a entrar. Logo, pouco a pouco, consegui colocar o brinquedinho dentro de mim. Gemi alto, sentindo que já havia batido na minha próstata. Seria delicioso...
Porém, minha preocupação voltou. O cheiro de Jungkook parecia atrativo demais, estava adocicado de uma forma bem diferente da qual deveria. Outra coisa muito estranha eram meus sintomas, pois eles começaram há duas horas apenas, como se não fosse entrar no período agora.
– Posso entrar, hyung? – ouvi Jungkook exclamar do outro lado da porta.
– Pode, sim – respondi no mesmo tom.
O garoto entrou e empurrou a porta, fechando o local. Seus olhos inocentes caíram sobre meu corpo. Vi seu rosto ficar muito corado. Ai, ai, tão fofo... era surpreendente como ainda ficava envergonhado, mesmo que já tenha visto-me nu ou de cueca várias vezes.
Pouco a pouco, fomos amarrando-me. Havia uma em cima pressionando a região do peitoral, acima dos meus mamilos; nos tornozelos e pulsos não poderiam faltar e, claro, uma na cintura. Essas amarras eram feitas para suportar-me até transformado, assim, não havia perigo de acabar machucando quem quer que fosse.
Morávamos em uma cidade pequena, próxima à floresta do norte. A casa era confortável para duas pessoas. Nenhum dos vizinhos desconfiava de nada, achavam que eu e Jungkook éramos amigos ou namorados até, pessoas normais.
– Obrigada, Jungkook. Já pode ir... faltam dez minutos. Por favor, apresse-se.
Vi-o depositar a chave no bolso traseiro da calça. Ele poderia simplesmente sair pelas portas dos fundos e correr numa velocidade sobre-humana, assim, afastaria-se logo e chegaria ao chalé em menos de meia-hora. Aish, eu só não queria que me visse de forma tão vergonhosa...– Hyung, eu vou ficar com você. É perigoso deixar-te aqui assim! E se quiserem se aproveitar desse corpo incrivelmente gostoso? E se alguém entrasse e quisesse quicar nesse pau?
– Eu estou mandando, não pedindo – exclamei – Suma da minha frente!
– Não, hyung, eu vou ficar! Não seja rude assim comigo! Eu quero ficar e que meta seu pau na minha boquinha!
Encarei-o com reprovação; no entanto, aquilo não pareceu mudar sua postura. Algo estava diferente nele, talvez, pelo fato do meu cio atrai-lo, já que ômegas são feitos para acasalar com alfas nesse período, porém, era seu olhar... tornando-se obscuro e malicioso pouco a pouco. Aquele não parecia nem um pouco com o Jungkook que eu conhecia, nunca tinha escutado-o dizer coisas como aquelas! E, infelizmente, não podia negar que estava me excitando.
– J-Jun, p-por que está m-me olhando a-assim? – questionei, meio assustado.
– Está sentindo algo diferente, Jimin hyung?
Seu tom de voz deixou-me ainda mais apavorado, em choque. Olhei para o relógio: meu cio já devia ter começado, mas não senti nada demais.
– Não... – murmurei, franzi o cenho e entreabri a boca em sinal de confusão.
– É claro, Jimin hyung – riu – Você estava tão desesperado que nem ao menos notou que eu alterei o horário do relógio e do seu celular. O que um ômega não faz graças aos sintomas do cio, não?
O quê?! Não, não! Impossível! Mas... seu cheiro estava tão diferente, seu olhar também... como pude ser tão idiota a ponto de não suspeitar?Deuses! O que fazer?! Estou preso, a algumas horas do meu heat, e bem em frente a um ômega no cio. Porra, fim da linha. Eu já sabia o que ocorreria. Não tínhamos opção além de passarmos nossos períodos juntos agora.
– Então, hyung, posso te contar uma coisa? Ou melhor, confessar – não respondi nada, apenas continuei em choque – Não é de hoje isso que sinto, então eu me programei, fiz de tudo para que desse certo. Não se sinta culpado, mas, sim, é culpa sua ter esse corpo gostoso e me deixar louco de tesão, querendo seu pau me arrombando e também comer sua bunda gostosa. Eu quero muito te foder, Jimin hyung!/////
Aaaa, caralho, nem eu acredito que fiz isso! Vai floppar, eu sei, mas foda-se! To afim e vou postar! Espero que, quem acabar lendo kkkkj, goste! É uma adaptação de uma fic hétero minha skksksks ❤️🌈
XOXO
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hyung, Can I?
FanfictionSeu cheiro havia mudado, assim como seu olhar. Como pude ser tão tolo ao ponto de não suspeitar de absolutamente nada? Caí em sua armadilha e, agora, não havia mais nada que pudesse fazer. Estava preso, semi-nu e bem em frente a um ômega no seu prim...