CAPÍTULO TRINTA E DOIS

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Eu já não sei mais quem sou eu!

Sei que eu posso ter errado em ter deixado o Pablo me beijar, mas não foi proposital, jamais faria isso com minha amiga e com o cara que eu sou apaixonada.

Eu sou verdadeira com todos ao meu redor, nunca magoaria de propósito. Eu só queria me explicar, dizer o que aconteceu e pronto! Resolver tudo. Mas nada é como queremos. Nunca é.

Depois do ocorrido, eu entrei no carro e pedi para o Jean seguir para a minha casa. Estou triste demais, cansada, exausta, destruída. Não sei o que falar para eles. Fui para casa, deitei. Tentei descansar, porém lembrei que George trabalhava hoje. Fiquei acordada até às 21h, meu pai foi para a Rocinha, minha mãe tinha saído e Lorenzo, bem, Lorenzo sempre fica fora de casa brincando, com minha mãe ou apenas dormindo.

Tentei conversar com ele, eu juro que sim. Mas George disse que iria seguir, me esquecer e pediu para eu esquecê-lo também. Ao ver ele descendo o morro, eu entrei em casa, me tranquei no meu quarto e chorei muito.

***

Mais um dia…

Novamente eu fiz a mesma coisa, porém, dessa vez não sentir a mesma coisa que da primeira. Bom, eu não senti nada. Estar meio difícil de esconder, já que só estou andando de casaco e hoje estar muito calor. Minha mãe já estar desconfiando, todos os dias ela pergunta porque estou de casaco, isso só faz dois dias e ela sempre pergunta, vem conversar comigo para perguntar se estou bem e saber sobre o George.

O que digo? O mesmo, que não sei.

Eu não consigo nem se quer olhar para a cara dele, por mais que eu queria, eu não consigo. Me dar vontade de chorar, abraçar, beijá-lo, mas não posso fazer nada disso. Ele realmente se afastou.

Me levantei da cama e tomei o meu banho, coloquei um fino casaco e uma calça escura. Ajeitei minha mochila rapidamente e desci as escadas seguindo para a cozinha.

Não tinha ninguém mais lá.

Me sentei na cadeira e coloquei o meu café.

Estava comendo quando ouvir passos nas escadas, olhei para trás e vi o meu pai entrar na cozinha.

— Não acha que estar calor demais para você estar de casaco, Serena? – perguntou.

— Hmm, estar tudo bem. – respondi.

— Tu que sabe, o Jean já chegou. – saiu da cozinha. – Tô indo trampar.

— Tudo bem… – sussurrei.

Comi um pouco e depois escovei meus dentes, peguei a minha mochila e sair de casa.

— Bom dia, Alice. – Jean falou ao abrir a porta da frente do carro.

— Bom dia. – abrir a porta do fundo e me sentei a fechando em seguida.

— Ok. – ouvir ele falar. Jean entrou e ligou o carro. – Quer ouvir alguma coisa, Alice?

— Não, obrigada. – coloquei meus fones de ouvido e reproduzir as músicas de Konai.

Jean me olhava pelo o retrovisor observando meus movimentos, eu levantei os olhos lhe encarando também e fiz um sinal para ele começar a dirigir. Saímos do morro depois de uns 2 minutos e já estávamos na avenida seguindo para o meu colégio.

Minutos depois, ele para o carro em frente ao colégio e eu desço tirando os fones. Ouvir o som de uma moto conhecida se aproximar. GSX-S1000, preta por sinal. George.

Olhei para trás e tive que uma reação não esperada. George estava com Andressa em sua garupa. Ela desceu, ele a ajudou a tirar o capacete e logo em seguida desceu da sua moto carregando os capacetes e ela a sua mochila. É sério isso?

FILHOS DO MORRO (GDDM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora