- William eu... - nem termino de falar, William soca a parede ao lado e eu me assusto com seu olhar furioso.- Não me desobedeça Felipe. - diz e se afasta saindo do banheiro em seguida.
Me recomponho e saio do banheiro perdido em pensamentos e sensações, William só pode estar brincando comigo e eu não gosto disso.
Vou direto pra sala e como esperado a professora já estava lá, peço para entrar e ela me libera, vou direto para minha mesa de cabeça baixa e assim que me sento Emma gruda em mim.- Porque demorou tanto? Não me diga que teve uma dor de barriga? - diz rindo baixo para não chamar a atenção.
- Claro que não garota, é só que... deixa pra lá. - digo por fim.
- Ok, depois da escola vamos pra minha casa? - pergunta fazendo cara de criança.
- Claro. - digo rindo.
As duas outras aulas acontecem normalmente, por vezes percebo o olhar de William sobre mim mas, assim que o olho ele desvia o olhar.
Assim, que bate o sinal saímos da sala.- Vamos Lipe, to morrendo de fome. - diz Emma de cara feia.
- Vamos, eu também estou com fome mesmo. - digo e saímos pro estacionamento, pegar o carro. Emma entra no carro e eu faço o mesmo.
- Seus pais vão estar lá?
- Não sei mas, tomara que não. - diz Emma meio incomodada e eu não digo mais nada, ligo o rádio e seguimos o caminho em silêncio, prestando atenção na música.
Assim que chegamos Emma abre o portão automático e entramos, a casa na nossa frente é enorme e bem planejada, Emma desliga o carro após estacionar.- Vem, vamos entrar. - diz e nós dois descemos do carro e vamos em direção a porta. Emma abre a porta e no meu campo de visão vejo uma sala de estar muito bem decorada, tudo parece combinar.
- Nossa Emma! Sua mãe tem um ótimo gosto para decoração. - digo e ela ri.
- Ela dedica todo seu tempo livre nisso. - diz Emma rindo. - Vamos pra cozinha, vou falar pra Rosa fazer alguma coisa pra gente comer.
- Tá bom. - digo e Emma me guia para a cozinha, assim que entramos me deparo com uma senhora de uns 40 anos, lavando as louças.
- Oi Rosa!! - Emma quase grita, a senhora se vira com um olhar carinhoso e Emma vai a abraçar.
- Oi minha filha. - diz Rosa.
- Rosa esse aqui é meu amigo Felipe. - Emma aponta para onde eu estou e Rosa vem até mim com um sorriso.
- Olá Felipe. - ela diz e aperta minha mão, eu sorrio para ela.
- Oi dona Rosa, pode me chamar de Lipe. - digo e ela assente.
- Rosinha será que você pode preparar alguma coisa pra gente comer, eu to morrendo de fome. - diz Emma e Rosa da um sorriso.
- Desde pequena sempre foi comilona né dona Emma? - Rosa diz e eu dou risada.
- Eu amo comer, vocês sabem. - diz Emma.
- Eu levo pra vocês quando eu terminar minha filha, vou fazer dois sanduíches com tudo o que vocês tem direito. - diz Rosa.
- Estaremos no quarto Rosinha e obrigada. - diz Emma e da um beijo na bochecha dela.
Saímos da cozinha e vamos para o quarto de Emma. Assim que entramos percebo como tudo é arrumado e limpo.- Seu quarto é bonito e organizado. - digo e Emma faz careta.
- Rosa vem limpar todos os dias, assim que saio pra escola. Por mais que eu já tenha dito que posso fazer isso sozinha. - Emma diz frustrada.
- Ela é muito importante pra você não é? - pergunto me sentando na poltrona e Emma se senta na cama.
- A Rosa é como uma mãe pra mim, ela me criou, me educou enquanto meus pais viviam longe. - diz Emma meio cabisbaixa.
- Ela te ama, deu pra vê nos olhos dela o quanto você é especial. - digo.
- Eu sei. - somos interrompidos com a batida de Rosa na porta e ela adentra o quarto.
- Aqui está meus amores, o lanche e um suco natural pra acompanhar. - ela diz e coloca a bandeja sobre a mesinha.
- Obrigada rosinha, você sempre é um amor comigo. - Emma diz.
- Que nada filha, se precisarem de mais alguma coisa me avisem crianças. - ela diz e Emma revira os olhos e eu dou risada. Rosa sai do quarto e nós começamos a comer nossos lanches.
- Seus pais não estão em casa?- pergunto.
- Eles nunca estão, então não faz muita diferença. - Emma dá de ombros e comemos em silêncio.
Ficamos a tarde toda vendo filmes de terror, gênero preferido de Emma.- Chega por favor Emma! - digo com medo do próximo filme que ela pode escolher.
- Para de ser medroso Lipe, vamos assistir mais um. - diz Emma.
- Emma eu não aguento mais ver exorcismos e sangue. - digo fazendo careta e Emma da risada. - E também agora já são 17:00 horas, eu preciso ir pra casa. - digo e Emma bufa me tacando uma almofada.
- Ah que droga, amanhã a gente continua então. - diz e eu a encaro.
- Errado! Amanhã vamos assistir meu tipo de filme mocinha. - digo e ela revira os olhos.
- Ah! Eu acho que amanhã vou acabar vomitando de tanto amor. - Emma se joga no chão e finge vomitar.
- Para com isso besta. - digo e taco uma travesseiro nela que se levanta.
- Você não deveria ter feito isso Felipe Foster, agora irá sangrar. - ela diz e pega uma almofada, automaticamente faço o mesmo é começamos uma guerra de travesseiros. Claro que eu perdi feio pra ela é já não aguentando mais...
- Chegaaa! Eu to ficando sem ar. - digo tentando respirar normalmente.
- Ai Lipe eu sempre ganho. - diz Emma se gabando e eu mostro o dedo do meio para ela.
- Olha o respeito Felipe. - diz e eu reviro os olhos.
- Vamos então? - pergunto e Emma assenti com a cabeça, pego minha mochila e descemos as escadas com Emma levando a bandeja que Rosa nos deu mais cedo. Vamos direto pra cozinha e Rosa estava lá.
- Rosinha, aqui está a bandeja. - Emma diz e entrega a bandeja pra Rosa.
- Vocês já vão? - Rosa pergunta.
- Ah eu só vou levar o Lipe na casa dele e já volto ok? - Emma pergunta.
- Claro filha, tomem cuidado crianças e Felipe foi um prazer conhecer você.
- Foi um prazer Rosa. - digo e saímos da casa, Emma entra no carro e eu também.
- Ela gostou de você. - diz Emma assim que viramos a primeira esquina.
- Ela é bem simpática. - digo.
- Rosa sempre é um amor de pessoa, então vamos tomar sorvete? - pergunta Emma sorrindo.
- Que tal a gente comprar um pote e ir pra minha casa? - pergunto.
- Boa ideia, seus pais chegam logo.
- Já devem estar indo pra casa. - digo, Emma para o carro na frente de uma sorveteria.
- Essa sorveteria tem o melhor sorvete da cidade, meu pai me trazia aqui quando pequena. - Emma diz assim que entramos.
- Ótimo, vamos comprar dois potes? - digo pegando a carteira e Emma me impede.
- Eu pago Lipe. - diz Emma.
- Nem pensar, vamos dividir. Eu pago um e você o outro. - digo e pego dinheiro na carteira me virando para o atendente. - Queremos dois potes, um de flocos e o outro misto. - digo e entrego o dinheiro e Emma faz o mesmo em seguida. Pegamos o sorvete e vamos pra minha casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Novela JuvenilWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...