" - Atenção! Quero toda a atenção dos civis presentes, e peço para que repassem para os demais atrás que não conseguirem nos escutar – bradou o coronel das forças armadas. Emponderado, tal coronel exalava poder em sua voz.
O mesmo estava de pé em cima de um caminhão cargueiro tombado na via principal de entrada e saída da cidade. E era por isto que o trânsito estava parado. Uma única mão estava sendo utilizada e o transtorno para quem passaria foi generalizado.
Enfim, as forças armadas vieram de outras cidades e cataram pra si o problema em questão.
- Guiaremos pela rota de evacuação, ao meu sinal e os levaremos ao abrigo mais próximo. Peço para que não exite. Para aqueles que conseguiram trazer seus documentos, peço também que os deixem em locais fáceis – continuava o coronel em voz alta e firme. Poderiam ver sua garganta avermelhar-se, as veias incharem, enquanto o suor escorria saindo de baixo da sua boina, descendo pelo rosto."
O grupo dos seletos soldados se espalharam pelos veículos e pessoas, que voltavam aos poucos para dentro de seus carros.
Aos poucos o congestionamento de três carros e um trailer para tentar quem passaria primeiro foi aliviando, visto que além do caminhão, os canteiros eram seguidos por um meio fio de alguns centímetros, porém assertivo em situação de trânsito, bloquearem a ultrapassagem arriscada. Com certeza por isso os veículos dali já não haviam atravessado por cima do gramado íngreme de qualquer jeito.
Estava lento demais a passagem. Pensou o coronel, de instantes em instantes olhando para os prédios da cidade no horizonte ao fundo. Demoraria quanto tempo mais para Eles aparecerem ali?
Os soldados seguiam por toda fileira, repetindo brevemente o que o coronel ordenara, a fim de que todos ficassem cientes e não gerassem mais tumultos.
Muito menos da metade da cidade estava ali. Coronel suspeitava que menos de um terço transitava naquele momento. Havia duas hipóteses com ele. Primeira ele temia que a maioria esteja agora morta por aquela coisa, e seria um fato avassalador e segunda é pela optação em fugir para bairros vizinhos e ficarem com seus familiares...
O controle da situação foi durado apenas alguns minutos. O barulho de buzinas começaram a ensurdecer, ecoando pela rodovia.
Norton aproveitou e apertou duas vezes a buzina da camionete, irritado.
Os gritos de Yallow agora se tornavam gemidos compulsivos, acompanhado de choro. Resultado do remédio que Norton relutou para dar a ela.
Recebidos como forma de agradecimento, o padre a viu sua filha chorar, disse que tinha os remédios para amenizar, em troca, Norton tiraria ele dali. Foi uma proposta tentadora, no final, saberia que ele não deixaria o padre para trás.
Na traseira da camionete, o padre sentou-se, em meio as tralhas e bugigangas esquecidas ali dentro, cobertas por uma lona preta.
Dar um remédio de um... estranho, assim do nada? Mas a caixa e os comprimidos estavam intactos, e Stephens conhecia o remédio, embora nunca dado para Yallow, sabia que amenizaria. Por fim, após grandes análises, a entregou num gole de água.
Por onde Bianca andaria? Estaria Morta?
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Entre Nós (Revisando)
Science FictionO que fazer quando aqueles que nos vigiavam cada passo nosso aqui na Terra, o que fazíamos, o que comemos, nossos atos fúteis, o nosso jeito de "desperdiçar" a vida, descerem em nosso solo? Seria o ápice da desordem humana. Nesta obra trago emoções...