CAPÍTULO 11 - Inesperado

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Alycia ficou feliz pelo fato de Charlie ter sido muito bem recebido por suas amigas. Parecia quase uma sensação de dever cumprido, como se de alguma forma ela precisasse provar para elas que ele era um cara legal, o que, de certa forma, era bem estranho.

Eles haviam comido um pote inteiro de sorvete, conversado sobre ex, e dado risada enquanto O Diário de Uma Princesa passava na televisão, pelo aluguel que Zoe havia feito para aquele momento. Alycia se segurava para não dar risada quando notava que Charles conhecia o filme, e principalmente quando formulava piadinhas de princesas na cabeça.

— Obrigado por hoje. — Charles disse depois de as meninas terem ido embora. Alycia cruzou os braços e sorriu, recostando no batente da porta.

Lúcifer miou pedindo pela atenção da dona no sofá. Charlie preferiu não olhar em sua direção e evitar um espirro.

— Qualquer coisa para os amigos. — Falou e quem sorriu foi ele. Charlie se aprumou e ergueu uma das sobrancelhas.

— Então eu sou seu amigo? — Questionou cheio de si.

— Sempre foi. Não foi? — Ele deu os ombros.

— Pensei que fosse somente um conhecido da época da escola. — Explicou e ela negou com a cabeça.

— Pocahontas não é um apelido que nós damos para qualquer um, princesa. — Ele revirou os olhos e puxou um cartão do bolso e uma caneta. Rabiscou algo no verso e entregou pra Alycia.

— Se estiver livre amanhã, vamos almoçar juntos. Ficar fora do escritório me ajudou a ficar menos estressado que o de costume. — Ela pegou o papel e enfiou no bolso.

— Pensarei no seu caso. — Piscou para ele. Charlie gargalhou.

— Por favor, faça isso, Vanderbilt. — Charlie se aproximou e beijou a bochecha da moça. — Até mais.

— Até mais, Heisenbolt. — Disse de volta enquanto ele dava meia volta com as mãos nos bolsos e seguia para o elevador no final do corredor.

Charles chegou ao apartamento e só então notou o celular, que até então estava perdido no fundo do teu paletó enquanto ele estava ocupado o suficiente para não precisar pensar em trabalho.

Havia algumas mensagens de Gabrielle com os acontecimentos dos dias, além de alguns questionamentos preocupados. Sua caixa de e-mail, como de costume, estava abarrotada de e-mail corporativos do banco e ofertas que ele sabia que não eram tão ofertas assim.

Havia outro e-mail de Roxanne. Dessa vez, não sabia ele se felizmente ou infelizmente, era um e-mail automático para todos da sua lista de casamento. Sua lista de presentes, e notou ele, que todos eram um tanto quanto presunçosos.

Suspirou, enquanto arrancava a gravata com força e seguia para o banho. A água fervente não era dolorosa o suficiente para sanar sua dor de cotovelo, ele sabia disso, mas ainda assim era o máximo que poderia fazer.

Ele tinha tido um dia bosta por conta dela, ao mesmo tempo que havia sido bom pelo mesmo motivo. Roxanne era uma eterna montanha russa na sua vida, quase como um prego que toda vez que ele tentava martelar, pegava em seu dedo ou furava o teu sapato.

Quando saiu do banheiro, jogou-se na cama sem ao menos passar pela cozinha, mesmo que seu estômago gritasse pedindo por atenção. A gastrite, como sempre, prometendo uma morte dolorosa.

Pegou o celular de novo, dessa vez a fim de responder os e-mail pertinentes e caçar algo caro o bastante para dar de presente e mostrar sua superioridade fingida, todavia, um número desconhecido o chamou atenção.

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2019 ⏰

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