As pessoas que não me conhecem sempre pensam que sou fria e não me importo com os outros, mas isso é só meia verdade. Aprendi a desligar certa parte das minhas emoções e ser completamente racional em certas situações. Porém, quando se trata das pessoas que amo, fico sensível a ponto de tornar suas emoções as minhas e isso foi muito prejudicial para mim.
Eu tinha uma amiga que representava muita coisa para mim, ela era divertida e feliz… Bom, era isso que eu achava. Com o passar do tempo ela confiou em mim o suficiente para mostrar um lado dela e da sua vida, um lado obscuro, que pensando nisso agora, eu não estava pronta para lidar.
Ela tinha seus altos e baixos, e nos dias de baixo eu tentava ajudar o máximo que podia, um dia ela me disse que ia começar ir à psicóloga e fique feliz por ela, finalmente uma hipótese de melhora, mas com o passar das consultas veio o diagnóstico que dizia coisas que já suspeitávamos. Entretanto, ela não estava pronta para isso e os dias de altos ficaram cada vez mais raros e por consequência eu ficava mal por não poder fazer nada.
Teve dias que não conseguia respirar direito, era como alguém me enforcando e eu procurando desesperadamente por ar, ficava na cama o dia inteiro e teve uma vez que desinstalei todas as minhas redes sociais para me isolar do mundo e ser só eu e meus pensamentos tentando encontrar uma saída.
Então um dia, só parou, as mensagens, o contato, tudo (não, ela não morreu) e me senti… Aliviada, me senti mal por me sentir assim, mas eu finalmente conseguia respirar de novo.
Então, aprendi a criar um limite, pois, ao mesmo tempo em que quero ajudar meus amigos com todos os seus problemas, eu preciso manter minha sanidade mental.