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NAQUELE MOMENTO, O AMANHECER contava com o som de vozes inquietas, sobrepujadas umas às outras na tentativa de serem ouvidas. Christine se levantou com a ajuda de Kai e ele permaneceu ao seu lado — embora soubesse que ela não precisava dele ali, o rapaz não conseguia se afastar. Não queria fazê-lo. Leila e Lino continuaram a costurar ideias enquanto Christine se concentrava em se manter de pé.

A cabeça doía e o coração batia mais rápido do que achava ser possível. Ela ainda conseguia sentir o fogo a incendiar por inteiro abaixo da pele e as imagens ainda pairavam diante de seus olhos.

Depois de responder pela quinta vez consecutiva que estava bem, os outros começaram a discutir o que precisavam fazer em seguida. O mapa havia sido destruído e Christine agora era a única capaz de encontrar as outras safiras lunares.

Tiana ainda estava inquieta, zanzando de um lado para o outro enquanto massageava as têmporas.

— O que você viu? — ela perguntou, parando em frente à Christine. A menina desviou o olhar para os outros, lendo em suas faces concentradas e enrijecidas, a apreensão e ansiedade pela resposta. Todos queriam saber a mesma coisa.

— Eu vi uma estrada de terra... para um lago e uma enorme pedra com um símbolo... Eu não conseguia ver direito, estava tudo... muito escuro e embaçado. — dizia, balançando a cabeça. — O lago... ele projetou uma luz para a superfície...

— Elas estão dentro da água? — interrompeu Leila.

— Não sei dizer — Christine suspirou —, as imagens foram muito vagas e...

— Desconexas. — Completou Tiana, com uma interrogação pairando no ar e Christine assentiu com a cabeça. — As visões não são cem por cento fixas ou exatas, talvez, muita coisa esteja diferente quando chegarem lá. — Ela olhou significativamente para Kai e em seguida direcionou-se à Christine. — Como era o símbolo que você viu?

Christine maneou a cabeça, abrindo e fechando a boca repetidamente, não sabendo exatamente como explicar com palavras. Lino prontamente se aproximou, entregando-lhe uma folha de papel e uma caneta. Christine agradeceu e apoiou a folha na mesa a sua frente. Ela desenhou o símbolo que vislumbrou: um conjunto de linhas e formas, a união de cinco pontos unidos em espiral dentro de um triângulo invertido.

— O marco das águas. — disse Tiana ao ver o desenho no papel. — É um lugar espiritual, dizem, onde todas as águas se encontram. Se esse é o caminho para o Espiral dos Mundos, então sei como podem chegar lá.

Christine sorriu, satisfeita por ter conseguido fazer algo de útil.

— Já sabemos para onde ir. — Lino cruzou o braço, pensativo. Ele ainda evitava trocar olhares com Christine, a culpa socava-lhe o estômago a cada meio segundo. — Quando partimos?

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