A Garota Estranha

Capítulo Quatro

   - papai eu amo-te. Repetia essa mesma frase chorando. - venha querida vamos sai daqui. Era a mão do Matthew segurando o meu ombro.
  -  você sabe que o seu pai te ama,  não é?  Fiz que não com a cabeça. Como assim me amava, como? Ele sabia que eu não tinha equilíbrio sem ele,  sabia que eu,  quanto a mamãe eramos psicológicamente dependente dele. Porque deixou aqueles Homens o levarem? 

  Pus-me de pé, eu estava com raiva agora.  Os meus pés tremiam,  parecia uma criança dando os seus primeiros passos. -  eu ajudo você. Matthew disse,  passando as suas mãos em torno do meu pescoço.

      A minha visão estava turva e com uma dor de cabeça Indecifrável. Os vizinhos continuavam a olhar para mim,  alguns com pena outros com desprezo.
    
    - Matthew,  o que está acontecendo? Era a décima vez que fazia a mesma pergunta.
     -  Sun a sua mãe,  vai contar tudinho.  Tudo bem?  Eu fiz que sim a cabeça. Limpei a lágrima teimosa que insistia em cair.  -  eu te adoro pequena.  Ele beijou-me na testa indo embora.  Será que ele voltaria?  Eu não sabia e nem tinha a certeza.

     Parei mais de vinte minutos,  para entrar dentro daquela casa que eu entrava sem bater na porta.  A mamãe estava no sofa olhando as nossas fotos e chorava.
    
      Não poderia dizer nada a ela,  nem mesmo perguntar pelo estado em que se encontrava .  Só deixei as lágrimas cairem,  elas poderiam cair e se formarem em um rio,  dentro desta casa vazia.  Ela estava vazia porque faltava o nosso guardião. 

    - vem cá.  A mamãe apontou um lugar no sofá para que eu me aproximasse.  Me aproximei,  mas não muito perto dela,  tinha medo do que ela diria,  medo de ver ela se desmoronando nos meus braços. 

      -  eu te amo muito meu amor.  Disse me abrançando e chorando.
  
     - Eu também mamãe,  agora eu que estava abraçando ela forte. 
    -  mãe, seja forte por mim,  por favor,  eu sou a pessoa mais fraca nesse jogo.
   
     -senhora sabe.  Disse chorando forte, tirando tudo o que estava a doer aqui dentro.
A mamãe beijou os meus cabelos e disse calma :   -  o seu pai é traficante. Tudo que a gente tem é de pecado,  sangue sujo,  violência e destruição.  Eu me mantive calma,  a minha mente processava muito lenta, a informação que a minha mãe transmitia descia lentamente no meu cérebro.

     -  ele não nós merece filha,  não nos merece.  A mamãe gritou depois destas últimas palavras me abrançando forte. Lutei para sair nos braços da minha mãe,  correndo para o meu quarto,  nem eu sabia de onde vinha a força que me levaram na aquelas escadas.

    Trinquei a porta com a chave,  a minha mãe tocava a porta.  Mas eu sinto muito,  não poderia abrir.

   Dizem que : depois da chuva vem a bonança,  ou vem o tempo bom,  mas a minha se tornou em um tempo malvado.  Era como se a chuva tivesse caido dentro no meu coração,  partiu a casa e removeu o tecto hoje eu me tornei mendiga dentro de um lar,  porque eu estava dormindo fora de mim.

      Eu estava cansada de tudo,  chorei,  chorei que nem percebi quando peguei no sono.

   -  você tem que ir para o colégio meu anjo.  Era a voz da dona Lucy,  a mulher que cuidou de mim desde que eu era uma bebé e é a governanta da casa.

     -  eu não vou.  Disse com os olhos inflamados,  porque já chorava de novo. 
  -  por favor Ayanne,  não faça isso abra essa porta.  Ela abraçou-me forte,  depois de abrir a porta.

   - todos vão rir-se de mim tia... Agora eu soluçava. 
  
- não importa Ane,  você é forte não é? Ela disse firme tentando transformar o seu choro em riso. Mas era em vão.

-não,  eu não sou.  Disse a verdade,  eu era fraca,  eu não sabia nem cuidar de mim.

    No táxi estava calma, sim eu disse táxi.  Pela primeira vez na vida, eu estava indo na escola de táxi.  Com os olhos vermelhos e inflamados.  O Matthew não veio trabalhar,  o seu telefone estava desligado. Claro,  ele tem vergonha da minha família,  eu sabia que ele desistiria de mim,  não é normal trabalhar para um traficante.

   Usei as minhas lentes,  graças à Deus eu era quatro olhos,  porque poderia cobrir as olheiras,  inchanço...

   Os meus passos,  estavão tão lentos,  de tanto medo que tinha,  os olhares Estranhas estavão em mim. 

  - Senhorita Nobre,  na minha sala agora. Era a Directora da Escola. Oh!  Meu Deus ele nunca tinha chamado por mim,  na sua sala e estava séria.  Só era isso que me faltava,  vai me expulsar da Escola?