Pieris brassicae {Jikook}

first chapter :Pieridae

Minha história não é daquelas digna de se destacar como a biografia do ano, ou daquelas que você ouve em um círculo de poesia e deseja sair espalhando com os amigos.
 
Não.
 
Minha narração  na verdade é apenas um conto curto e singelo, sobre um garoto apaixonado que viveu por seu único amor e apenas por isso.

 
Eu não me sinto culpado por pensar assim, por mais patético que soe pois, se você já amou um dia você vai me entender. E caso você não tenha amado, eu só espero que essa história te dê essa sensação mesmo que por alguns segundos. Talvez eu não consiga transmitir meus sentimentos mais íntimos mas peço que se esforce pra entender essa magia... pois é disso que trata essa história...
 
O milagre que pairou sobre minha vida e me fez me sentir verdadeiramente vivo.
 
Meu único e precioso milagre que também se chamava Park Jimin.

 
Minha infância sempre fora tranquila, se parar pra analisa-la de perto. Eu era um garoto tímido, de poucos amigos e com um amor imensurável por objetos em miniatura. Possuía uma coleção longa de actions figures de variadas revistas em quadrinhos e meu maior pecado que havia feito na vida até aquele momento fora roubar brigadeiros nas festas de crianças. Isto é, desconsiderando o momento em que me dirigi a progenitora da criança aniversariante pedindo-lhe desculpas pelo meu ato indigno e insistindo-a em ajuda-la na distribuição de docinhos em troca do seu perdão.
 
Resumindo, eu era o tipo de criança considerada exemplar.
 
Meu pai trabalhava como médico e minha mãe era dona de casa e tínhamos o costume tradicional de ir a igreja todo domingo. Não perdíamos um jantar em família não importa o compromisso que tivesse marcado e estávamos sempre dispostos a ajudar o próximo; seja em doação de alimentos ou aluguel de um quarto na nossa própria casa para algum sem teto.
 
Foi em uma das idas na igreja que acabei conhecendo Kim taehyung, que posteriormente passou a ser meu – único – melhor amigo. Passávamos a maioria do tempo juntos fosse simulando guerras civis ou conversando sobre HQs, uma das coisas que descobri termos em comum, e antes que eu percebesse havíamos completado três anos de amizade. Nossos pais eram tão amigos entre si quanto nós e logo estávamos cada um vivendo mais na casa do outro do que na própria. Nos formamos na mesma escola e entramos para o Ensino Médio juntos e junto a ele, vieram as novas descobertas e... novas mudanças.
 
_kookie! – Chamou-me o kim.
 
Virei-me para trás em direção ao som apenas para perceber que ele já estava praticamente em cima de mim. Senti o choque contra meu corpo e logo estava levando uma chave de braço impiedosamente.
 
_Yah, Hyung! – Chamei-lhe a atenção. – Não da pra segurar suas brincadeiras pra mais tarde? Hoje é o primeiro dia de aula na nova escola! Tente ao menos parecer normal perante os veteranos.
 
Tae gargalhou diante minhas palavras e relaxou o aperto deixando o braço apenas apoiado sobre meus ombros. Achava engraçado termos a mesma idade – com alguns meses ao seu favor – e ele ainda comparava o seus meses a mais  como algo super significativo. 
 
_Não importa o que pensam de nós. – Disse ele – Se gostarem ou não de mim, eu ainda sim vou continuar sendo quem eu sou. Já disse pra parar de se importar com o que os outros pensam de você.
 
Fiz um bico involuntário. Eu até poderia dizer que não me importava com o que os outros diziam de mim, mas eu estaria mentindo pra mim mesmo e o Hyung sabia bem disso.

 
_Vem, vamos procurar a numeração da nossa sala.
 
O Kim me deu um leve empurrão e começamos a nos encaminhar em direção ao mural no corredor principal onde os números das salas estavam apresentados. Retiramos os papéis do bolso onde indicava nossos respectivos números e descobri pertencer a sala 1-A.
 
_Oh, que desagradável – Exclamou o Kim sobre meus ombros – Minha sala é a 1-C. Acho que nos separaram por nota.
 
Deixei um riso breve escapar.
 
_Isso significa que você não estudou para o exame. –Ele fez uma careta debochada.
 
_Significa que não vou poder me dar ao prazer de admirar vossa agradável presença esse ano. – Em sua face se fez um bico, decepcionado.
 
_Nós podemos nos encontrar no almoço. – Afirmei e o mesmo sorriu.
 
_Com certeza! – Rimos cúmplices e o som estridente do sino se fez presente. – Nos vemos no almoço então. Vou tentar conseguir uma carteira na frente. Boa aula.
 
Kim se despediu com um aceno e o assisti sumir de vista pela escada. Em seguida me dirigi para a sala - que pelo o que o quadro indicava, ficava no fim do corredor – me sentei na última carteira na fila que beirava a janela. Logo os alunos começaram a entrar e tomar seus assentos, seguidos do professor que após se apresentar pôs-se a escrever no quadro negro a lição do dia.

Os minutos passaram rápido e todos estavam imersos em seus cadernos, quando a porta se abriu com um barulho alto. Todos os olhares se voltaram para a criatura que adentrava a sala e eu segui o mesmo caminho.
 
_Com licença, professor. – Pediu o rapaz que possuía uma voz vibrante  e extremamente doce  demais para sua aparência.
 
Sua pele era clara, em total contraste ao seu cabelo que possuía um tom escuro mais profundo que o próprio preto. 
 
_Você está atrasado, senhor Park. – Disse o professor e o garoto apenas o encarou com tédio antes de tomar um acento na cadeira vazia exatamente ao meu lado.
 
Acredito que o professor já o conhecia de outro lugar ou apenas decidiu que não queria brigar ou levar alguém pra detenção no primeiro dia de aula. Preferi acreditar nas duas opções juntas pois a feição do rapaz embora parecesse jovial, dizia que ele não possuía a idade exata para aquela série.
 
 
Apenas percebi que o observava quando o mesmo retirou o caderno e uma caneta da mochila antes de suspirar e se virar pra mim. Senti um leve incômodo na base da espinha enquanto o mesmo me encarava com aqueles olhos pequenos e felinos que pareciam ler minha alma, e mesmo assim não consegui desviar o olhar.
 
_Você precisa de algo? – Começou ele e ouvindo seu tom vibrante sobressaltei-me voltando a prestar atenção no lugar em que estava.
 
_Como disse? Oh, não. Perdoe-me, eu não quis ser inconveniente.
 
Ele me encarou com o cenho franzido por mais alguns segundos antes de levantar as sobrancelhas e formar um bico com os lábios rosados e chorinhos enquanto assentia com a cabeça repetidamente.
 
-Tudo bem. – Respondeu por fim.
 
E pelo resto da aula estranhamente me senti inquieto. Sendo capaz de respirar apenas quando o sinal veio a tocar pela quarta vez no dia indicando o horário de almoço.
 

 
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Yoo, bem essa é nossa primeira fic postada aqui no watppad, então não sabemos muito como funciona essa plataforma, mas esperamos que todos nos compreendam e nos ajude a se estabilizar por aqui *^* ♡

Essa fic já estáfinalizada, então os cap vão sair todos os dias :3
ela é bem curtinha, então não haverá muitos caps.

Ela tbm se encontra em outras plataformas, como social spirit.