PRÓLOGO

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Helena

Muitos falam que a família é a base de tudo. E é verdade. Sempre tive na família o meu refúgio para me consolar todas as vezes que eu sofria por não conseguir tirar uma nota boa na escola, sempre os tive para comemorar comigo as vitórias diversas e também sempre pude contar com todos para me aconselhar quando a dúvida me envolvia.

Meus pais são os melhores que eu poderia ter.

Mesmo eles não sendo casados e não estando juntos, um ou o outro sempre esteve perto, mesmo que longe, porém, sempre por mim.

Meu tio também..

Está certo, ele não é meu tio, mas Antony é meu segundo pai.

Já houveram situações em que eu queria chamá-lo de pai e até sentia inveja dos meus irmãos por poderem o chamar assim, mas lá no fundo eu sentia que poderia estar traindo meu pai, que sempre foi meu herói também.

Tio Antony é um super homem, que toda garota gostaria de ter como pai.

Meu pai também é. Sempre me incentiva, briga também e está presente em todos os meus momentos. Ele, a minha também tia que não é tia, a Raquel e meu macotinho tchuquinho, Miguelzinho.

É uma família numerosa, tenho 3 avós incluindo as mães do meu pai, do tio e da minha mãe e dois avôs, pais do meu pai e do meu tio Antony.

Há alguns anos atrás, minha mãe descobriu que seu pai, que nunca te deu amor, faleceu.

Eu vi que ela sofreu, mesmo sem o contato com ele, ela chorava escondido e meu tio a consolava.

Os dois são perfeitos juntos...

Os dois são meu sonho de consumo no futuro. Desejo ter um amor forte como o deles.

Minha avó Regina me contou que os dois tiveram uma paquera na época da faculdade, porém, o destino os separou e minha mãe conheceu meu pai. Ainda segundo minha vó, minha mãe e meu pai foram felizes mas não havia aquele amor de casal, eram parceiros mas como amigos. E por isso, decidiram cada um seguir seu coração e ser feliz com outras pessoas. Minha mãe e meu tio se reencontraram e hoje são completos com a linda família que construíram.

Eu sempre fui estudiosa e tive todas as oportunidades que uma adolescente e jovem pode ter. Estudei em escolas particulares, fiz inglês e espanhol mas nada foi fácil. Minhas notas foram por mérito, pois meus pais estavam sempre ali me cobrando esforço pois um dia eu seria recompensada.

E todos estavam certos. Enfim eu consegui entrar na tão sonhada universidade federal e em um dos cursos mais difíceis. Consegui passar para medicina.

A euforia foi geral...

Quando vi o resultado, me joguei no chão, agradeci a vitória e chorei.

Minha mãe se jogou em cima de mim, chorando junto. Meu tio chorava mais discretamente, porém, não menos feliz.

Liguei para meu pai, que começou a gritar a tia Raquel como um doido e ao fundo a escutei fazer suas preces em agradecimento.

Meu avós paternos também ficaram radiante. Porém a melhor reação, foi a minha princesa vovó Regina.

Eu não sei porque, mas ela é minha base. Me dá conselhos sem muitos rodeios e vejo nela a minha melhor amiga.

Não que a minha mãe não seja, mas a minha avó é mais realista.

Quando a contei que tinha passado, ela somente falou:

- Eu já sabia, Helena. Você é neta de Regina e filha de Lis. Não seria diferente.

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora