Cortejo

Capítulo XI

"Quanto mais longe é isso?" Bilbo não pôde deixar de perguntar.

"Não muito longe", Thorin sorriu para ele por cima do ombro. Bilbo ignorou a agitação em seu estômago com a facilidade da surpresa. Embora ele teria que admitir que, neste caso, foi apenas em parte por causa de Thorin. Bem, foi tudo por causa de Thorin, mas só um pouquinho por causa de seu sorriso e muito por causa de sua surpresa. Bilbo teve surpresas suficientes por uma vida inteira.

Então, novamente, sua última surpresa acabou dando certo, mesmo que demorasse muito tempo para Bilbo ver isso. E incluía muito perto da morte para o gosto de um hobbit.

"Eu não vejo porque você não pode apenas me dizer para onde estamos indo." Bilbo murmurou e não pela primeira vez. Thorin o ignorou, assim como fez todos as outras vezes. Bilbo suspirou e resignou-se ao seu destino. Claramente, não havia como escapar disso, então ele poderia muito bem encarar a situação e acabar logo com isso.

Então eles finalmente chegaram.

"Onde estamos? Eu não acredito que já tenha estado nesta parte da montanha antes” Bilbo ficava na biblioteca, em seus aposentos ou em companhia da empresa. Erebor era tão grande e ele era tão pequeno. Ele temia se perder.

“Não é de surpreender que pouco trabalho tenha sido feito aqui. A área está longe do tesouro, por isso tem pouco dano a ser reparado. Além disso, não é como se tivesse urgência em consertar está área.”

"E para que é usado?", Perguntou Bilbo.

Thorin parou diante de um grande conjunto de portas, o primeiro de muitos similares em um pequeno corredor.

"Quartos para visitantes de fora, especificamente não-anões que não estão acostumados a passar tanto tempo no subsolo."

“Oh,” Thorin abriu as portas e Bilbo ofegou de prazer. Luz solar! Luz do sol de verdade!

A sala estava inundada de luz, a parede diretamente à sua frente, bem como a da esquerda, quase toda feita de janelas. Eles alcançaram do chão até o teto e através deles Bilbo pôde ver uma varanda curvando-se ao redor do comprimento e da largura da sala.

Bilbo estava tão extasiado com sua primeira visão do céu em semanas que demorou um longo tempo para perceber que havia algo decididamente estranho na sala.

Era grande, com uma enorme lareira em frente às janelas, com uma porta de cada lado, mas não havia mobília no que ele supunha ser a sala de estar da suíte. Em vez disso, havia canteiros elevados de pedra habilmente preenchida, cheios de terra escura e rica.

Eles eram todos diferentes formas e tamanhos e cobriam quase todo o chão. O espaço entre eles criava caminhos sinuosos cobertos de pedras de pavimentação, em padrões geométricos que Bilbo esperava de um paradeiro. Era incrível e Bilbo já podia imaginar o quão estonteante ficaria bem plantado.

"O quê?" Bilbo não tinha certeza do que ele estava perguntando. Seu coração insistiu que só havia uma coisa que isso poderia significar, mas sua mente não acreditava. "Thorin?"

“É um jardim. Seu jardim” Os olhos de Thorin eram intensos enquanto eles encaravam os seus. Ele não podia desviar o olhar. “Eu sei que não é muito para se olhar agora, mas na primavera, você pode plantar o que quiser. Flores ou tomates ou" Thorin fez um gesto complicado que Bilbo não conseguiu nem começar a decodificar. “Ou o que você quiser."

"É seu, para fazer o que você quiser."

Oh.

Oh.