Capítulo 3

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Analú

A minha noite foi incrível, mas voltei pra casa com a Bianca. Mal conhecia Rodrigo e não queria que ele soubesse aonde eu moro logo de cara, ela não estava tão bêbada então viemos tranquila e falamos sobre a nossa noite. 

Bianca: cara, aqueles amigos dele são demais – falou rindo – mas aquelas duas mulheres –fez careta e ri ainda mais –.

Analú: fazia um tempo que não me divertia assim –encostei a cabeça no banco e sorri ao pensar em Rodrigo –.

Bianca: dona Analú, por favor não resolva se apaixonar – me olhou de lado e voltou a olhar para a avenida –.

Analú: sai fora Bia – fiz careta e rimos –.

Quando deitei na cama senti tudo rodar mas já estava acostumada com aquela sensação que nem me importava mais, fechei meus olhos e peguei no sono rapidamente. Acordei e a casa estava um silêncio, Manu sempre respeitou a privacidade de todos em casa e mesmo na própria casa ela não me acordou, a cortina estava aberta e o sol invadindo o quarto sorri ao ver o calor que estava. Levantei e fui direto para o banho, estava precisando renovar a alma. Saí enrolada na toalha e coloquei o primeiro biquíni que achei,  vesti e coloquei uma saída de praia, peguei minha bolsa com alguns pertences e saí.

No relógio marcava 13h, até que não tinha dormido tanto assim. Cheguei na cozinha e havia um bilhete da Manu “Mana, fui resolver algumas coisas no escritório e depois vou passar para comprar algumas coisas, estou com o Bruno. Divirta-se, te amo ❤". Ela deixou algumas notas de R$100 junto e sorri, ela era demais. Tinha combinado com a Bianca e não demorou pra ela me mandar mensagem avisando que já estava lá embaixo, fechei o AP e desci comendo uma maça o estômago ainda estava revirado. 

Bianca: ressaca que fala? 

Analú: culpa sua – rimos –.

O sol estava estralando, iria pegar uma marca fácil. Passei o protetor e pedimos uma água de coco, deitei na canga e torrei um pouco no sol. 

Bianca: que saco – resmungou e levantei o óculos pra olhar –.

Analú: o que foi? 

Bianca: Daniel, a nojenta da sua irmã e o príncipe do seu irmão e claro as vacas das amigas dela – fez cara de nojo e ri, olhei e eles vieram em nossa direção –.

Daniel: coé, se tivesse marcado não teria encontrado você aqui.

Bianca: tu me persegue, sabe né? – riu –.

Aquele cara não parou de me olhar, e sinceramente ele era um novinho gato bem gato. Passamos o dia todo na praia e Manu me ligou para sairmos e jantar, fui caminhando com a Bia e olhando a paisagem do Rio de Janeiro, quando estava entrando no prédio meu celular começou a tocar “R CHAMANDO”. 

IDL 

A: Olha só, quem é vivo sempre aparece – rimos –.
R: que isso morena – falou em um tom baixo que me deixava maluca – queria te levar pra sair hoje. 
A: vou sair para jantar com a minha irmã, não pode ser depois? 
R: tu ainda pergunta? – ele riu e mordi os lábios – posso te pegar às 23h? 
A: claro, vou te mandar a localização.
R: até mais tarde morena.

FDL 

Bianca: ele está caidinho por você 

Analú: tu acha é? – rimos –.

Bianca: tu ainda pergunta cara? Sem contar que ele é um gato, fisga mesmo. 

Analú: não vim pra cá pra isso, você sabe – fiz careta e rimos –.

Bianca: qualquer coisa tu me liga.

Analú: como é que vocês falam, jaé? 

Bianca: boa garota – riu e saiu do elevador –.

Segui até a cobertura, cheguei lá e Manu havia acabado de sair do banho fui direto para o meu quarto tirar aquela areia do corpo, lavei meu cabelo e saí enrolada no meu roupão, fiquei de calcinha e sutiã enquanto sequei as madeixas, fiz uma make e coloquei uma saia cintura alta preta e um cropped que realçava meus seios, coloquei um salto e me perfumei, saí do quarto e ela estava me esperando. 

Analú: noite das irmãs? – ri –.

Manu: Bruno vai encontrar a gente lá e vai levar um conhecido – falou me olhando e rimos –.

Analú: hm, amigo – ri –.

Saímos e Manu foi dirigindo, falei meio por cima que iria sair e ela não reclamou e percebi que queria me dá espaço e isso de certa forma era bom. Fomos ao Outback e estava faminta, chegamos e Bruno já estava lá com o tal amigo que por minha surpresa é o irmão de Daniel. Fomos caminhando até a mesa e o olhar dele fixou em mim.
O olhar dele me acompanhou até eu me sentar, dei um sorriso de lado e ele também. Manu me olhou e estava segurando a risada, conheço ela e não é de hoje. 

Bruno: Esse é o Victor pentelha – falou tirando onda com a minha cara e revirei os olhos –.

Analú: Muito prazer Victor –estendi a mão para cumprimenta-lo e pra minha surpresa ele beijou a mesma me fazendo corar –.

Victor: O prazer é todo meu Analú – falou olhando em meus olhos –.

Tirei minha mão rapidamente e sentei novamente, senti minhas bochechas ardendo de tanta vergonha e Manu riu feito uma criança. Conversamos sobre tudo e Victor falou sobre a faculdade de administração e sua paixão pelo surf, mas em nenhum momento citou os seus irmãos que encontramos na praia hoje cedo. 

Victor: e você Analú, pretende cursar algo? 

Manu: direito – falou sorrindo e me olhou, fiquei séria de início mas dei um sorriso para disfarçar –.

Analú: é, ainda estou pensando o que quero pra mim – Bruno olhou pra Manu e balançou a cabeça – Mas o surf parece ser legal, desde quantos anos você pratica? 

Victor: desde sempre – rimos, mas ele ficou pensativo e mudou o assunto logo e não questionei –.

As horas foram passando, comemos e bebi um copo apenas de chopp já que iria sair com Rodrigo de lá, não avisei para Manu com quem iria apenas falei que eram conhecidos e que talvez Bianca também iria. Rodrigo mandou uma mensagem e pedi para me buscar no Outback, mandei a localização e peguei minhas coisas e Victor levantou para ir ao banheiro. 

Manu: já vai? – fez bico –.

Analú: marquei com o pessoal, mas foi bom conhecer o seu amigo Bruno – olhei pra ele e dei linguá –.

Bruno: pensei que fosse gostar – ele riu –.

Analú: até que ele é gatinho vai – eles riram – bom, podem se despedir dele por mim tá, diz que mandei um beijo – fiz careta e eles riram mais ainda –.

Manu: cuidado tá bom? Qualquer coisa me liguei – deu um sorriso e mandei um beijo no ar –.

Assim que estava caminhando para a saída esbarro com Victor, aquele cheiro dele era tão bom que foi impossível não sorrir ao olhar pra ele. 

Victor: já vai? Que pena... 

Analú: compromisso marcado – sorri –.

Victor: a gente se vê, quem sabe não encontro com você na praia outra vez. 

Analú: quem sabe, né? – rimos –.

Victor: uma ótima noitada, Analú – sussurrou em meu ouvido me fazendo fechar e abrir rapidamente meus olhos  –.

Nem todo erro é errado ||Onde histórias criam vida. Descubra agora