– Muito que bem – Dumbledore disse alegremente de seu posto, os braços atrás das costas e balançando-se para frente e para trás sobre seus calcanhares. Seu olhar passou pelo Salão Principal estranhamente vazio, apenas 40 alunos se encontravam ali. Ele se virou brevemente para os outros professores que residiam atrás dele, como se estivesse conferindo. – O sétimo ano estará muito ocupado com os N.I.E.M.s e o quinto com os N.O.M.'s. – Ele fez uma pausa dramática, seus olhos brilhando por cima dos oclinhos de meia-lua. – Decidimos fazer uma espécie de competição com vocês, sexto ano, valendo pontos para as casas, já que entre os últimos anos vocês são os que estão mais folgados.
Um muxoxo percorreu a pequena plateia, seguido de varias exclamações baixas de indignação. Dumbledore esperou pacientemente que todos acalmassem seus ânimos.
– Eu sei que particularmente neste ano as equipes de quadribol estão dando tudo de si, portanto estão com poucos pontos de diferença. E eu sei também – ele deu um sorriso maroto – que os quatro capitães dos times são do sétimo ano e logo precisarão de um sucessor. Por que não encaram como uma oportunidade de ganhar pontos e conseguirem se tornar os próximos no comando? – Albus deixou que a informação fosse absorvida antes de continuar. – Juntamente com os diretores das Casas, decidimos que valerá 50 pontos, mas isso não quer dizer que apenas ao fazer terão os pontos garantidos. – Ele ergueu as sobrancelhas cinzentas e apontou para a mesa da Grifinória. – Sr. Potter, o que me diz?
James Potter ajeitou os óculos na ponte de nariz e apoiou o cotovelo na mesa, o queixo repousando no punho fechado. Alguma garota da mesa da Lufa-Lufa suspirou.
– Acho que já ganhamos os 50 pontos, professor. – Ele respondeu calmamente. – Temos a Evans.
A Evans em questão lançou para ele um olhar mortal.
– Evans até pode ser boa. – Donald Wrayburn respondeu sentado a duas mesas de distância e abriu os braços, fazendo um gesto abrangedor. – Mas ela não é da Corvinal.
– Ela vale mais do que vocês arrumadinhos da Corvinal! – Sirius Black disse de volta, se levantando. Lily Evans baixou a cabeça, mas era possível ver o rubor que tomava conta de seu rosto através de sua testa descoberta. – E nós temos o Remus também! – Ele falou apontando para o amigo.
Um Remus incrivelmente pálido revirou os olhos.
– Se acalmem, crianças. – Dumbledore disse de um modo animado. – Encerramos por aqui. Sigam seus diretores até vossos respectivos Salões Comunais para receberem as diretrizes.
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Emmeline Vance, do último ano, havia emprestado para Lily um Aproximador. Sim, era exatamente esse o nome que a mais velha tinha usado. Basicamente, se parecia com um telescópio, mas não era usado apenas para observar corpos celestes. "Você vai conseguir contar todas as crateras da lua" Emmeline tinha dito em tom de brincadeira.
O dormitório feminino do sexto ano da Grifinória encontrava-se completamente escuro e Lily era guiada apenas pela luz da lua enquanto tentava equilibrar o objeto na janela. Suas companheiras de quarto e todo o restante dos alunos estavam no Salão Principal desfrutando do jantar, enquanto ela insistiu em ficar no quarto e testar o Aproximador. Ela sabia que com suas amigas ali ela não teria concentração nenhuma. Portanto, já pediu para Dorcas trazer alguma coisa para ela comer. Ou várias.
Lily levantou a lente e passou com ela pela Casa dos Gritos. Emmeline tinha razão, o Aproximador era muito bom, ela podia ver claramente as janelas da casa e um vulto que passava por detrás das cortinas parcialmente rasgadas. Um uivo rasgou a noite, chegando abafado aos ouvidos de Lily.
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Meanwhile.
FanfictionSexto ano em Hogwarts, James e Lily deixaram as brigas de lado e agora agem normalmente como colegas de casa. Mas um trabalho, assim como alguns segredos revelados, são os responsáveis por aproximá-los ainda mais.