Eu e André estávamos na mesa conversando sobre como estava sendo lá na universidade e ele me dizia que lá no trabalho dele tem sido muito difícil, eles estão quase no vermelho e eu fico triste ao ver a tristeza no coração dele, se eu pudesse ajudar em algo, mas não entendo essas coisas de contabilidade essa não eh minha área na universidade
- você sente muita falta da sua mãe não é? - André pergunta me olhando sério.
- sim - respondo triste e o olho, olhando para ele ali parece que ele é uma pessoa tão boa, tenho vontade de o abraçar e dizer para ele que aquela mulher que está com ele não presta, mas ele parece que nunca me ouviria.
- quando chegar as férias você poderá passar um tempo lá com ela, mas depois retornar para terminar seu curso da universidade.
- sério? - falo quase sem acreditar,achei que ele ia me proibir de ver ela.
- sim,ela é sua mãe eu não iria te proibir de ver ela - responde lendo meus pensamentos.
- é minha mãe, e você meu pai.... - dou uma pausa e logo jogo a pergunta - porque é tão difícil para mim ter uma família ?
- você tem uma família.
- eu não tenho uma família, minha mãe tá lá, você tá aqui e eu tô soz.... - sou interrompida por Carol que chega dando um oi e já sentando na mesa, eu não acredito que o André fez isso agora que estávamos no entendendo, era tudo um jogo para mudar meus pensamentos, ele é igual ela..
- Oi como tá sendo o passeio de vocês? Agora será melhor ne ? - diz ela olhando para mim.
- melhor por que? - pergunto ríspida
- por que agora a família toda esta unida - ela diz e o André continua parado no mesmo lugar observando nos duas.
- você não faz parte da minha família - levanto da mesa com raiva e olho para André - e você e igual ela, idiotice a minha, achar que você só estava sendo enganado - falo e saio correndo, mas sem antes ver o olhar de tristeza e confusão.
- espera Melissa - ele grita - do que você está falando? - olho para trás e o vejo tentar correr mais Carol o segura, saio dali as pressas eu queria sumir, queria ficar sozinha.
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depois de ter pegado um ônibus, que era o que eu podia pagar com as moedas que tinha, desci perto no parque sentei em um canto e fiquei lá observando os pais com suas filhas,a alegria no sorriso delas, o carinho do pai, e eu só queria isso,um pouquinho de carinho e amor, nem notei que as lágrimas escorria do meu rosto e nem que havia uma pessoa se aproximando, mas nem olhei para cima- o que aconteceu Melissa? - ouça falar e olha para cima e vejo o Vitor ali na minha frete prestes a se sentar do meu lado.
- quero ficar sozinha.
- eu não sou uma companhia ruim, quero saber o que aconteceu, ninguém chora a toa - ele diz tocando minha mão.
- não encosta em mim, e não tenta me ajudar com esses assuntos que envolve sentimentos, pois você não tem um - falo ríspida me levantando mas ele me puxa - voce tá louco, me solta Vitor
- eu quero saber por que você está desde jeito - ele se levanta - e cara você só me ver de longe, não sabe nada da minha vida como pode dizer que não tenho sentimentos? - ele coça a nuca de uma maneira que dá a entender que está sem graça perto de mim.
- eu só quero guarda tudo para mim pode me deixar sozinha? - falo tentando segurar o choro
- às vezes é preciso desabafar pode confiar em mim - ele fala se aproximando.
- eu nunca vou confiar em você - digo lembrando do que Rebeca me contou
- você precisa desabafar olha como está - ele diz me analisando.
- eu estou bem - falo já chorando e ele simplesmente me abraça me aperta e diz que tudo vai ficar bem, eu só precisava daquilo sabe, de alguém,
Ele passa o polegar sobre meu rosto e me beija no rosto, beija minhas lágrimas, eu nunca recebi isso de alguém, um homem nunca me tocou assim.
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Confiança Depositada
RomanceMelissa sem sua própria vontade vai para brasilia morar com o seu pai André, que abandonou ela e sua mãe quando ainda estava grávida, uma garota meiga,simpática, educada, obediente e cheia de sonhos e planos para o futuro. Tudo muda quando ela vai p...