único; dizem que o melô do papel embalou uns casórios

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[mas todo mundo canta]

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[mas todo mundo canta]

Dizem por aí que os opostos se atraem, que o destino gosta de bagunçar um pouco as coisas e que dois mais dois são quatro. Dizem que o amor nasce de quase nada, e morre de quase tudo, e que água mole e pedra dura tanto bate até que fura.
Ouvi dizer por aí, que não importa o gosto musical, quando toca aquela musiquinha que te faz lembrar a pessoa amada, o mundo para e a cabeça vira um álbum de momentos vividos.

Changbin, Hyunjin e Felix afirmavam que, tudo o que dizem, se tá na Internet é verdade. E que os três eram o melhor exemplo da primeira e última coisas ditas.

Changbin vestia preto, respirava trevas e nos seus fones de ouvido só se ouvia as nacionais. Era o dito "emo gótico trevoso", mas de trevoso não tinha era nada. Cantava Los Hermanos no chuveiro e chorava pitangas ao som de A Banda Mais Bonita da Cidade nos finais de semana, que é quando a bad bate forte. Também, não podia nem ouvir alguém cantarolando Legião Urbana, pois sabia toda a discografia de cor e salteado e cantava, sem errar uma palavrinha, toda Faroeste Caboclo.

Hwang Hyunjin era um caso sério. Falava tanta gíria que às vezes nem dava pra entender o que ele dizia: Tá ligado truta?
O menino vivia com seu radiozinho, comprado a muito custo, ouvindo suas músicas num volume não muito alto, mas que dava pra escutar ali na esquina. E se o moço do final da rua colocava um Bonde do Tigrão pra tocar nas festinhas, ele já descia até o chão, passava o cerol de fantasia na mão e colocava a aba do seu boné para trás.

Felix fazia cursinho de inglês, sabia até o verbo to be, tinha umas sardinhas bonitinhas e um cabelo que não parava numa cor só. Ele adorava umas musiquinhas internacionais, se derretia todinho ao som de Coldplay e berrava músicas do Panic At The Disco enquanto arrumava seu quarto.

Os três eram mais que conhecidos, eram mais que amigos, eram companheiros, trutas e best friends. No calor de quarenta graus do país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, Felix gastava sua mesada em sorvete e os três se sentavam num banquinho da pracinha pra bater papo, falar de cartinhas de Yugi-Oh e do episódio novo daquele anime legal. Algumas vezes, quase sempre, Changbin os chamava pra jogar vídeo-game no seu quarto cheio de posters de bandas e cds; e Hyunjin, que era filho da dona da padaria com o melhor bolo de chocolate do Brasil, direto chamava seus manos para lancharem na sua casa. Mas, foi num sábado, às três da tarde, enquanto a mãe de Changbin ouvia Skank no último volume, que Felix disse que 'tava se sentindo meio estranho, o Seo concordou e complementou:

— Eu meio que quero beijar vocês.

E bem, Hyunjin tascou-lhes uns beijinhos de surpresa, pois já tava cansado de não poder beijar aquelas boquinhas bonitas.

Changbin, Hyunjin e Felix eram completos opostos, mas se complementavam que nem pecinhas de quebra-cabeça e ingredientes de massa de pizza. E quando toca a música do momento em que eles finalmente decidiram que não só de brotheragem se vive um trisal, todo mundo canta aquela musiquinha do melô do papel, que fala sobre construção e tem aquele refrão que gruda na cabeça; por que naquele dia, a mãe de Feliz encafifou de ouvir internacionais atemporais.

Não é uma música romântica, tipo aquelas de osts de doramas ou de filmes melosos, mas é a música "álbum de memórias" deles; de quando eles decidiram que andar de mãos dadas e dar uns chamegos era bem bom quando estavam os três juntinhos e que um mais um, na verdade são três.

[mas todo mundo canta]

plot bem aleatório, mas foi tão gostosinho de escrever

1+1= changhyulix galero

[xoxo]

mas todo mundo cantaOnde histórias criam vida. Descubra agora