Assassinato em Cartwood

Prólogo

18 de maio de 1945
Inglaterra

Cara Srta. Cavaliere

Já faz 5 anos que perdi meu amado marido na terrível guerra, ainda não superei e recentemente recebi a carta do meu falecido filho, enquanto via diversas pessoas comemorando que havia acabado, tudo que me falaram foi "Ele morreu como um herói", derramei tantas lágrimas que agora tenho medo de acabar me afogando na mágoa. Porém fiquei em dúvida se deveria ficar feliz por uma guerra que tantas pessoas inocentes morreram ter acabado ou ficar triste pela morte de uma dessas pessoas que era tão especial para mim.

Contudo, vendo pelo lado feliz a guerra finalmente acabou e agora vou poder andar pelas ruas sem medo de morrer, mas como pode perceber que estou com uma grande falta de sorte, o doutor passou na minha casa esta manhã e me deu a triste notícia sobre minha filha, Lilian, adoeceu e de acordo com o ele pode acabar morrendo pela péssima condição que estamos financeiramente. E já não dá mais tempo para aceitar a ajuda do nosso tio, que não responde minhas cartas.

Consegui um pouco de dinheiro enquanto trabalhava na fazenda de um primo de Rubert e com ele gasto com medicamentos sem cura, peguei o restante do dinheiro e comprei uma passagem como destino para Cartwood.

Não sei quando a carta chegará em sua residência, porém quero dizer que finalmente aceito o convite de passar um tempo com vocês, arrumarei a mala e partirei dia 23 de maio com a minha filha, talvez sua casa seja mais confortável e traga a saúde dela de volta.

Com muitas saudades,
Katrine Alba