6. Uma Conspiração no Polo Norte

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― Então, vamos recapitular as coisas ― recitava Sebastiana, novamente caminhando floresta adentro com Rômulo logo ao seu lado, o casal de amigos se aninhando cada um ao seu casaco para espantar um pouco o frio

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― Então, vamos recapitular as coisas ― recitava Sebastiana, novamente caminhando floresta adentro com Rômulo logo ao seu lado, o casal de amigos se aninhando cada um ao seu casaco para espantar um pouco o frio. ― O Parque da Floresta Áurea é gerido por esse tal Amácio Breterram, seu chefe, que possui uma desconfiável amizade com o oficial da Intrépida Guarda designado para investigar este caso.

Remi fez que sim.

― Exato. Mestre Breterram e o oficial Gengibre foram sempre muito chegados. Todos sabem que eles têm uma confiança quase inabalável um no outro.

Seguindo a lógica do amigo, Sebastiana assentia com a cabeça, ajeitando bem aquelas informações dentro de seu cérebro.

― E aquele casebre que vimos... ― ela lembrou-se, folheando as anotações apressadas que fizera em seu bloquinho de notas durante as entrevistas. Não havia muita coisa escrita, uma vez que as entrevistas não tinham sido tão frutíferas, mas era o que a moçoila tinha. ― O casebre na clareira onde as estrelas foram roubadas... Ele está desativado.

Rômulo assentiu novamente.

― Ninguém vinha muito para esta parte da floresta, então acharam melhor desativá-lo, isso desde antes de eu começar a trabalhar aqui ― explicou o duende, olhando a outra anotar suas palavras no bloquinho com uma velocidade impressionante.

― Logo não havia ninguém guardando a clareira na noite do roubo... ― concluiu a moçoila, achando as informações periclitantes. ― Isso é problemático.

O outro concordou mais uma vez.

― Bastante. Por isso nenhum dos funcionários foi capaz de dar um depoimento muito esclarecedor. Se houvesse alguém na clareira quando tudo aconteceu, com certeza toda essa investigação seria muito mais fácil.

Intrigada com as peças daquele quebra-cabeças, Sebastiana colocou no queixo os dedos, acariciando-o devagar. O que Rômulo lhe dizia era verdade, certamente, o que fazia a moçoila revirar os olhos para o quão inconveniente era aquela coisa toda. Sério que não havia ninguém guardando a clareira? Era esquisito, aquilo. Muito, muito esquisito. Quase como se tivessem suspendido a vigia daquele ponto de propósito...

― Sim, sim, mas... Mesmo assim dá pra gente inferir algumas coisas com as informações que temos ― falou a duende, pensativa, no que o amigo ergueu uma sobrancelha, decerto curioso acerca do que a outra devia estar desdenhando. ― Por exemplo: as árvores que foram assaltadas... Elas eram bastante altas para um duende escalar sozinho, não acha? Isso me faz pensar que, muito provavelmente, havia mais de um duende envolvido na coisa toda...

Arregalando olhos, Rômulo fitou a amiga, impressionado.

― Quer dizer então que... Eu estava certo? Houve algum tipo de conspiração ou plano para que tudo isso ocorresse?

O Paradeiro das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora