A outra noite tinha terminado com ela e Lucas cantando "Dancing on my own" toda. Depois os amigos se juntaram a eles. Maya era mais do rock, mas a letra contava a história inteira daquela festa em que viu Josh, então decidi cantá-la no "show de talentos". Josh não estava mais lá, só pra deixar claro. Ficou tão atordoado com a conversa que foi embora pouco depois.
No outro dia acordada com "beijos" do seu furão, Ginger. Os dois ficaram por um tempo pegando um sol que vinha da janela de seu quarto. O furão nem queria sair dali, além do sol, a criatura que mais amava nesse mundo, sua dona, estava fazendo carinho nele. Com a outra mão, Maya desenhava no caderno que ganhará de Shawn, o melhor amigo de Cory, a pessoa que a entedia como ninguém. Seu pai também foi embora. Ele também teve problemas na vida. Eram bem parecidos na verdade. Mas ele gostava de fotografia, ela da pintura. Ainda sim eram duas artes, o que fazia a garota adorar ainda mais Shawn.
Desenhou seu furão, naquela posição mesmo, porque ele estava adorável.
Depois ela desenhou uma menina que teve seu coração arrancado, e que em suas costas as veias que estavam conectadas ao coração eram como cordas de uma marionete, e uma mão segurava esmagando seu coração, a controlando. Em sua frente, haviam mãos tentando segurar as suas com delicadeza, para ajudá-la a se equilibrar e andar.Eram amigos.
Dois desenhos bem diferentes para uma só manhã.
Lágrimas borraram o desenho. Ela entendeu que estava sentindo que seus problemas controlavam suas emoções e pensamentos, mas que as pessoas que a queriam bem a ajudavam a sair daquilo. Era um misto de alegria e tristeza. Ginger, sentindo a tristeza da dona, se enroscou mais nela.
Secou as poucas lágrimas e foi preparar algo para comer. Vovó Hart não estava em casa, muito menos sua mãe, mas ficava feliz porque agora Katy trabalhava com Topanga, onde era mais valorizada. Sua avó, nem fazia ideia onde poderia estar, era uma mulher de muitos mistérios.
Colocou comida pra Ginger e pra ela na mesa. E tiverem um ótimo almoço.——————-
Dias depois, se não bastasse a sua vida, em que o normal era complicado, Riley e Maya tem uma briga. Séria dessa vez.
A morena se incomoda pelas "brincadeiras" ( o que ela faz questão de pronunciar debochadamente, enfatizando bem as aspas) da loira, que não entende o motivo disso a incomodar só agora. Maya era assim, gostava de zoar. Ela não admitia, mas era seu escudo do mundo.Aquilo dividiu um pouco o grupo de amigos.
Farkle sempre ao lado de Riley, defendendo com unhas e dentes o seu amor da primeira série.
Zay fingindo que estava neutro, mas estava com Maya. E até Lucas, que sempre foi o grande alvo das piadas da loira estava ao lado dela. Era único que podia contê-la caso ela...se as coisas tomarem outro nível.
Mas acima de tudo, acreditava que ela nunca faria mal a ninguém. Por que aquela era Maya, por dentro, ali no fundo, debaixo dessa casca grossa, havia um coração de ouro.Maya não conseguia conversar direito com a amiga, ela se recusava a ouvir e conversar, na verdade nem sabia direito porque estavam brigadas, como isso começou. Então propôs um duelo...de sorvetes. Os jogariam uma na outra. Claro que não era de verdade, Riley nunca iria fazer nada com ela e elas ainda iam comer sovertes juntas.
Bem, era o que Maya achava.
———
Riley não tinha chegado no local marcado para a "briga", que era a Topanga's. Maya e os garotos arrumavam tudo enquanto a família Mathews estava atrás do balcão, para assistir de camarote a reconciliação das melhores amigas.
Estavam todos em um clima agradável, apesar da preocupação de todos, principalmente Lucas, de como Maya estava se sentindo, e do sentimento estranho no peito de Farkle, que tinha tomado as dores de Riley. Mas parecia que era mais do que isso, algo mais profundo. Era como se houvesse algo na sua garganta pronto pra pular pra fora e gritar, um desconforto que o deixava agoniado.Maya quase gargalhou quando Lucas a disse que ele estava ali para contê-la.
-Você acha que eu preciso ser contida?- perguntou enquanto ele a entregava sua arma de sorveteNem conseguiu responder, ele já estava todo envergonhado.
Riley chegou bem na hora, com cara de poucos amigos.
Com seus sorvetes em mãos, as duas se encararam como não faziam a dias.
Ao se aproximarem, Maya, surpreendente, entregou seu sorvete ao Sr. Mathews e abriu seus braços para um abraço.
-Filha, tome consciência e acabe logo com isso
-Isso só vai acabar quando você me tratar como uma pessoa comum, que ninguém presta atenção -disse Riley olhando com
raiva para Maya
- Você não é comum. Você é esquisita, brincalhona e eu te amo do jeito que você é. Lide com isso.
Mas o que não esperavam, era que Riley não entregasse o sorvete para alguém.
O sorvete foi direto no rosto de Maya.
Riley saiu furiosa.
Todos chocados.
Maya calmamente limpou o sorvete que caiu no chão e seu rosto.
-Viu Lucas? Você não precisou me conter, eu estou bem
-Bem?! Você não parece bem
Ela suspirou
-Aquela não é a Riley, ela nunca faria issoA família Mathews estava indo resolver as coisas que quando Maya os impediu. Dessa vez era ela, sozinha, que tinha que resolver isso.
Farkle, que estava calado até então, sentiu muito as palavras de Riley, de ela querer ser comum, invisível. Começou a pensar quando sentia essa vontade urgente e se lembrou de quando haviam bullies na sua vida, como faziam se sentir nada importante, inútil, queria desparecer na terra. E então tudo fez sentindo:
Riley estava sofrendo bullying na internet e não sabia outra maneira de pedir ajuda.Farnel deu um jeito de falar a sós com Maya e fez ela perceber o que estava acontecendo.
Quando ouviu aquilo, subiu correndo atrás da amiga. Agora ela, o raio de sol, precisava de um pouco de luz.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hope is for Suckers
FanficQuando se perde a esperança, deve ter algum motivo? Ou seria alguns? Nessa história, acompanhamos a vida de Maya hart, enquanto vemos suas razões à dizer "a esperança é para otários"