A resposta de Durca fez com que Marina arqueasse a sobrancelha como quem acha que está aprontando algo, então seu celular toca.
Marina como um péssimo hábito, atende sem olhar quem é.- Alô?
- Gostaria de falar com Marina?
- Sim, é ela.
- Estamos ligando do Hospital Saint. Marcus.
- O que seria?
- Seu pai acabou de dar entrada com um princípio de infarto.
- O que? - falou ela em estado de choque. - estou indo para ai agora.
Parecia perdida, mas precisava reagir, então não pensou muito antes de decidir parar o que fazia e ir até seu pai.
- Durca, preciso ir. Meu pai. Hospital. - foram as únicas palavras que ela conseguiu pronunciar.
- Eu te levo Marina. - disse Durca a levando rumo a garagem.
Então saíram em disparada para o hospital.
- Durca eu te disse, não dava para deixar ele sozinho, é minha culpa, eu devia estar com elen se algo acontecer. - falava completamente perdida. - Não,meu pai não... - lamentava Marina colocando o rosto entre as mãos, sentindo um buraco se abrir no meio do seu peito. - É tudo minha culpa.
- Marina, não é sua culpa, seu pai estava bem e estava se virando, você não pode ser a mãe dele, ele existe desde antes de você, ele estava bem de saúde, você mesma me disse, agora respira, calma, tudo vai ficar bem. - disse Durca sem saber como reagir, como acudir.
Logo chegaram ao hospital, Marina entrou correndo e foi a recepção.
- Gostaria de saber o quarto que está o meu pai, Eder Ribeiro, sou Marina Ribeiro.
- Quarto 203. Segundo andar.
As duas foram até o quarto e encontraram o médico por lá, o pai de Marina estava todo entubado.
- Dr. o que aconteceu? Ai meu Deus, meu pai - disse Marina com os olhos marejados enquanto cobria a boca.
Durca assistia sem nada dizer, mas vendo o sentimento de Marina, apoiou suas mãos em seu ombro como sinal de que estava ali. O médico olhou para as mulheres ali e então fez sinal para saírem do quarto.
- Olá Srta. Ribeiro, meu nome é Thiago, ou cardiologista daqui. Bom, seu pai deu entrada há umas 3 horas e precisaremos fazer uma cirurgia de desobistrução na veia orta, colocar um cateter, não conseguimos lhe dizer o que ocorreu, somente que a namorada dele ligou para a Samu e ele foi trazido imediatamente.
- Namorada? Ele nem me disse que estava namorando. - divagou. - Ok. doutor, o que for preciso, onde estão os papéis?
- Vamos a minha sala.
- Desculpa doutor, vou querer falar um segundo com Marina, nós já vamos. - disse Durca, pegando-a gentilmente pelo braço para conversar de lado.
- Ok, aguardo vocês.
- Marina, nossa família tem plano de saúde, poderíamos incluir seu pai nele, sei que não vai gostar da ideia de repente, mas seria um meio de conseguir um "seguro" para ele. - Durca, fez aspas com as mãos. - Quero o melhor para o seu pai, irei ver uma casa para vocês entre o caminho da minha casa e da casa de minha avó, reconheço ter sido muito egoísta e não ter pensado em seus problemas também, então irei tomar eles para mim.
- Que idéia, Durca? Não tem como colocar ele como dependente no plano de saúde, não legalmente, pois nem eu tenho plano. - disse Marina, pensativa. - E aculpa não é sua, eu acabei deixando ele de lado também, olha só, nem sabia que ele tinha uma namorada, que agora estava tocando a vida.
- Temos um modo mais rápido de conseguir, sabe, o seguro, nós podemos cas... - Durca não pode concluir pois o auto falante atrapalhou sua fala.
"DR. Thiago Mendes, comparecer no quarto 203."
- Ai meu Deusn, é o quarto do meu pai. - Marina saiu correndo em direção ao quarto a tempo de ver ele tendo mais uma parada cardíaca, e o corpo cair sem vida.
- NÃÃÃÃÃÃO! MEU PAI NÃO. MEU PAI NÃO. É TUDO CULPA MINHA. NÃO ACREDITO NISSO. EU DEVIA TER CUIDADO DELE. NÃO. NÃO. - tentou ir até o corpo de seu pai já desfalecido na cama, e foi impedida por um par de braços que lhe segura com força, mas com carinho.
Marina então é carregada para fora do quarto e sentada nas cadeiras de espera onde ela somente chora. Chora. E chora.
- Marina, se acalme, se não você vai ter que tomar um calmante.
- Meu pai, meu pai. - dizia olhando para as mãos.
Durca preocupada, olha para frente e vê uma enfermeira a observar as duas e faz sinal para que ela se aproxime, ao acontecer isso ela pede para que chame o Dr. Thiago.
- Dr. Thiago, não há mais nada para ser feito? - questiona Durca quando o médico se aproxima.
- Infelizmente não.
- Eu estou preocupada com Marina, o senhor poderia administrar algum calmante a ela? E quais seriam os procedimentos para com o pai dela? - pergunta de forma automática.
- Posso sim, dona? - pergunta dr. Thiago, em dúvida.
- Ah, me desculpe, é Durca. - se apresenta.
- Pois bem, farei o que pediu, você pode ir até a recepção e lá lhe darão os papéis para a liberação e dirão quais os passos a seguir, enquanto isso cuidarei de Marina, meus pêsames. - apertou a mão de Durca, se dirigindo a Marina.
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Nosso Show Completo (EM REVISÃO)
RandomUma ama loucuras, com uma vida pronta, sem complicações ou questionamentos. A outra tem dedicação total as pessoas a sua volta, não viveu nada, ou quase nada, no seu interior vive a famosa chama. Um amor louco? Arrebatador? Ardente? Tudo pode flores...