(In)esperado presente

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Era 24 de Dezembro, toda a beleza e encanto natalino abrasavam os moradores da pequena Vila Abril.

Na casa de Diego não era diferente. Em algumas horas chegariam a parentada toda para mais uma ceia de Natal.

- Chegamos, mamãe! - falou Diego, ofegante, no instante que pôs as sacolas sobre a mesa da cozinha.

- Achei que vocês tinham se perdido no caminho - brincou sua mãe, enquanto levava o peru para o forno. - Uma simples ida ao mercado para comprar o queijo e vocês me voltam quase uma hora e meia depois.

- Sabe como é nessa época, - Flora começou a explicar. - A cada dez passos você encontra alguém que não via há anos. Conversa vai, conversa vem, e o relógio não tem dó nem piedade, continua sempre apressado. - riu e retirou os pacotes da sacola.

- Eu tive que praticamente arrastar a tia rua afora.

- Garoto, cheguei ontem aqui, tenho muito papo para pôr em dias. E essa época deixa todo mundo sentimental, afetuoso e bem mais receptivo, te garanto!

- A melhor época do ano é o Natal, sem dúvida alguma. Diego ama esse mês, não é, filho?

O garoto confirmou com um largo sorriso.

- Escreveu carta para o Papai Noel esse ano, sobrinho? - indagou Flora.

- Não exatamente, tia. Mas sei que serei atendido. Ele não vai me deixar na mão.

Nesse mesmo instante, a audição aguçada de Diego fez com que ele percebesse que um carro acabava de estacionar.

- Meus tios chegaram! - exclamou e saiu da cozinha para ir ao encontro deles.

Ajudou com as pequenas bagagens e acomodou seus primos nos quartos, inclusive no dele.

Diego irradiava felicidade, natal sempre foi sua época favorita. Amava ter sua família por perto e sentir o amor que emanava por todos os cantos da casa.

***

(In)esperado presente (Amostra)Onde histórias criam vida. Descubra agora