[...] dando um molhado beijo. [...]
Quando eles chegaram à casa da jovem a chuva estava fraca, John saiu do carro para abrir a porta para Natasha e a acompanhou ate a porta:
- A gente se vê amanha então? – Ela perguntou parando de frente para ele.
- Sim. É uma pena que vá demorar tanto – Segurou as mãos dela.
- Verdade. Talvez quando você chegar eu esteja na reunião com Maxime
- Pensei que iria só depois que eu chegasse
- Também pensei, mas ele me mandou uma mensagem hoje de manhã marcando para mais cedo, pois terá um compromisso. Quando eu voltar você já vai estar no hotel.
- Hunf – Bufou em desaprovação – Deixe o Phil ir junto com você.
- John – Relaxou os ombros olhando para o lado.
- Por favor, eu prefiro que vá com você assim saberei que estará segura e não irá se perder
- Segura? Mas o que pode acontecer?
- Qualquer coisa. Você vai estar em outro país, do outro lado do mundo, tudo é diferente.
- Eu já saí desta parte da América sabia?
- Minha linda você sabe o que estou querendo dizer
- Sim, eu sei – Suspirou voltando seu olhar para ele – Vai ficar mais tranquilo se eu aceitar que o Phil vá comigo?
- Muito – Mostrou um sorrisinho.
- Tudo bem, ele pode ir comigo. O Phil parece ser um cara legal.
- Que bom que aceitou minha linda – A abraçou pela cintura – Ele vai passar aqui de manhã para leva-la ao aeroporto.
- Certo – Tocou o rosto dele – E quanto a você? Quem vai pega-lo no aeroporto?
- Não se preocupe, eu vou ligar para o Phil, se você estiver em reunião eu peço para ir me buscar e depois volta para pegar você.
- Hmm! Tudo bem, só não quero atrapalhar você
- Não vai – Ele abaixou o rosto raspando seus lábios sobre os dela – Só prometa que não dará brecha para o idiota do Max se aproximar de você.
- Pode deixar. Ele não vai se desviar do assunto de trabalho – Sorriu passando os dedos por entre os cabelos dele – Mas se preferir eu posso usar um colar com seu nome, acho que assim demarca melhor de quem é o território.
- Você consegue isso em quanto tempo? – Olhou para ela erguendo uma sobrancelha.
- Eu estava brincando – Bateu no braço dele – Seria ridículo.
- Acho uma ideia divertida
- Há! Há! John
- Só quero que ele fique longe de você – A puxou para mais perto colando seus corpos – Se ele encostar um dedo em você eu juro que vai se arrepender.
- Hmm! Olha só o macho alfa falando – Ela riu ficando na ponta dos pés passando os braços por trás da nuca dele – Se Max não sabe, vai saber que o único que pode me tocar é você.
- Sim, só eu – A beijou praticamente tirando-a do chão. Pediu passagem com sua língua encontrando a dela com seu suave toque. Seus lábios eram tão macies que pareciam seda com uma camada fofa por baixo. Era tão delicioso beija-la que só de pensar em se afastar e voltar para casa seu corpo se agarrava mais a ela.
Natasha apalpou uma das bochechas de John parando lentamente o beijo com vários selinhos:
- Ei! Por que não fazem isso em outro lugar? – Eles foram surpreendidos por Ethan que estava saindo do carro – John desgruda da minha irmã.
- Ela é minha namorada, é normal a gente se beijar
- É, mas essa ainda é minha casa e minha irmã
- Ethan eu não falo nada quando você beija aquelas loiras cheias de batom vermelho. Por que a implicância em eu beijar o John?
- É diferente – Parou ao lado dela.
- Diferente por quê?
- Você é minha irmã
- Há! Há! Há! Por favor, Ethan.
- Eu acho que entendo o que o Ethan quer dizer, mas infelizmente não vou parar de beijar a Natasha só porque você se incomoda em ver. Basta você olhar para o outro lado e resolve o problema.
- Há-Há engraçadinho. Eu tô de olho em você Harris, é melhor não tentar nenhuma gracinha – Apontou para ele passando por trás da irmã.
- Tarde de mais amigo – Sorriu com ironia. Nat bateu no braço dele e abaixou a cabeça sorrindo.
- Idiota – Segurou a maçaneta e quando abriu a porta falou – Não demora para entrar.
- Tá bom papai – Escutou o barulho da porta fechando – Você tem que parar de provocar o Ethan assim.
- Eu achei que tivesse de me preocupar só com o ciúme do seu pai
- Há! Há! Ethan sempre foi assim, liberal com as garotas com quem fica, mas severo quando se trata de mim
- Por que isso?
- Eu não sei. Amor de irmão mais velho talvez – Deu de ombros ajeitando o bolso da jaqueta dele.
- Hmm! Pelo menos é ele, então não importo com esse grande amor, é seu irmão. – Sorriu de canto – Espero que seja só ele e seu pai.
- Também espero que sim – Segurou o rosto dele ficando na ponta dos pés novamente e o beijou – Agora eu preciso ir, a gente se vê amanhã grandão.
Ele gemeu em desaprovação:
- É o jeito
- Há! Há! Eu adoro quando fica todo dramático por causa de mim
- Eu queria ficar mais tempo com você – Recostou sua testa sobre a dela.
- Vamos ter três dias para ficarmos juntos, sem ninguém para nos atrapalhar com problemas, surpresas inesperadas e ciúmes sem motivos – Apontou para porta rindo.
- É! Vai ser divertido, três dias com você do outro lado mundo e dividindo a mesma cama – Ele jogou seu olhar malicioso, o qual sempre a fazia ficar toda arrepiada de desejo – Mal posso esperar.
- Eu também não – Deu um último beijo e se despiu entrando em sua casa.
Natasha se afastou da porta, passando pela sala indo para a escada quando Ethan apareceu da cozinha comendo um pedaço de bolo:
- Por que chegaram agora? Saíram antes de todo mundo.
- A chuva estava muito forte e então paramos no acostamento e esperamos ate diminuir.
- Ah! Sim. Fez bem. Mamãe me ligou varias vezes perguntando por você depois que eu disse que havia ido embora com John. Eu disse a ela que talvez vocês tivessem parado em algum lugar esperando a chuva passar.
- Foi isso. – Concordou.
- O Harris vai para Suíça também?
- Vai, ele também tem uma reunião com Maxime
- Hmm! Muito coincidência ele ir no mesmo dia que você e ainda mais viajar sendo a semana de moda? É sempre a mais importante e mais agitada semana para a revista. Ele fica atolado de trabalho.
- E ele está indo para resolver um trabalho, e não por minha causa. John sabe o que faz – Se aproximou dele pegando um pedaço do bolo – E você deveria parar de ser tão ciumento. John é meu namorado, ele me faz feliz, estou mais do que contente em estar com ele, isso deveria bastar para você.
- Eu me sentiria melhor se soubesse que você o ama
- Então sinta-se melhor – Comeu o doce na sua mão e subiu as escadas deixando seu pobre irmão com metade do bolo parado em frente à boca aberta paralisado com a confissão que acabara de escutar da morena. Sua cara seria motivo de risadas por dias para a garota.
De manhã cedo Natasha já havia acordado tomado banho, separou seus documentos e vestiu a roupa que havia escolhido noite passada, uma calça cáqui branca, tênis branco, uma blusa de mangas compridas de cor verde clara que a deixava bem quentinha e levava um sobretudo feminino preto devido ao clima frio da Suíça. Ela tomou um café rápido, e quando saiu Phillip já estava esperando no carro:
- Quem é? – Susan perguntou parando na porta ao lado da filha.
- É o motorista particular do John, ele vai comigo
- Vai com você? Isso tudo é medo de você ir e não voltar?! – Sua mãe brincou acompanhando-a ate o carro.
- Há! Há! John apenas gosta de ter tudo sob seu controle – Quando se aproximou Phil se apressou em pegar a mala dela – Oi Phil.
- Senhorita Donovan – Cumprimentou com um assentimento da cabeça.
- Você vai no mesmo voo que minha filha?
- Sim senhora. O senhor Harris me pediu para acompanha-la.
- Phil é um cara legal – Nat falou enquanto Phillip colocava a mala no parta malas.
- Eu já vi que sim – Sorriu – Prazer, sou Susan Donovan – Esticou o braço.
Ele esticou o seu pegando com gentileza a mão delicada de Susan:
- Prazer senhora Donovan, sou Phillip Walker motorista do senhor Harris.
- É um prazer conhece-lo Phil – Susan o achou bastante encantador, apesar do porte físico forte ele parecia ser jovem. Ela gostou ainda mais de John – Tenham uma boa viagem, cuide bem dela Phil – Segurou o rosto da sua filha e lhe deu um beijo em sua testa.
- Estou aqui para isso – Sorriu.
- Tchau mãe, eu mando mensagem quando chegar – Deu um beijo na bochecha da senhora
- Tudo bem – Susan respondeu acenando. Nat seguiu para dentro do carro quando Phil abriu a porta. Depois ele deu a volta e entrou no lado do motorista e ligando o carro deu a partida.
Quando chegaram ao aeroporto, Phillip foi fazer o check-in enquanto Natasha procurava um lugar mais sossegado para telefonar. Sentou em um banco perto da banca de revista que estava vazia e discou o número de John, há essa hora sabia que ele estava acordado e se preparando para embarcar em seu jatinho particular. No terceiro toque ele atendeu:
- Oi minha linda – Aquela voz doce a derreteu.
- Oi grandão – Não conseguiu conter o sorriso.
- Estão no aeroporto?
- Sim, daqui a pouco nos chamarão. Apenas liguei para avisar, e também usei como desculpa para escutar sua voz. Droga! Eu estou com saudade, mesmo sabendo que em algumas horas nos encontraremos.
- Eu sugeri que viesse comigo, mas você é teimosa – Ela notou o tom divertido na voz dele.
- Será que ainda dá tempo de eu me arrepender?!
- É claro, meu jatinho sai daqui a duas horas, você vem para casa e ainda temos tempo para fazer algo. Estou me vestindo, mas juro que se disser que está vindo para cá eu recebo você apenas de cueca... Minha mãe está em casa então tenho que ser civilizado – Esse comentário fez Natasha rir, o que John dizia ser o som mais maravilhoso do mundo, faria qualquer acordo para sempre faze-la sorrir assim.
- Bom eu... – Ela parou de falar quando viu Phil se aproximando – Acho que não vai ter como, Phil está voltando e nossas malas já foram despachadas, então temos que esperar ate a Suíça.
- Droga – Resmungou frustrado.
- Senhorita Donovan – Entregou a passagem – Aceita alguma coisa?
- Aí, sim, por favor, um café preto com açúcar. Se não se incomodar.
- Não será incomodo nenhum – Sorriu e se dirigiu ate a lanchonete mais próxima.
- Phil é um cara legal, gostei dele, vamos ter um bom tempo para conversar.
- Ele gosta de você também, com certeza não viu nenhum incomodo em ir com você. Ele sempre fica tenso comigo quando viajamos.
- Há! Há! Por quê?
- Ele tem certo de medo de voar, não gosta de aviões.
- Sério? Nunca pensei nisso.
- Houve um acidente no avião em que ele estava quando servia ao exército, desde esse dia nunca mais quis saber de depositar sua vida em uma máquina voadora, como ele sempre diz.
- Oh! Isso é terrível. Já que ele não gosta de voar porque o mandou? Não podia contratar um motorista na Suíça?
- Ate poderia, mas além de ser meu motorista Phillip é meu segurança, ele não confia em mais ninguém além de si mesmo para me proteger. E sabendo que você vai estar lá ele mais do que nunca disse que queria ir. Como eu disse, ele gosta de você.
- Há! Há! Acho que vamos ser bons amigos – Sorriu vendo Phillip voltar com dois copos de café nas mãos – Amor, eu preciso desligar tem um café super quente esperando por mim, e confesso que não resisto a ele. É uma paixão antiga.
- Eu sabia que você me traía – A diversão na voz dele enquanto brincava fez Natasha sorrir corada – Nat você é naturalmente elétrica, e ainda vai tomar café?! Sério? Quer fazer os passageiros enlouquecerem com seu pico de energia ou vai forçar Phil a pular do avião por não aguentar suas maluquices?!
- Ei isso foi cruel. Saiba que café tem o efeito contrário em mim, eu fico mais focada, e calma. Seu riquinho chato.
- Há! Há! Há! Há! Minha linda, o que eu não daria para ver você fazendo biquinho emburrada.
- Rum! Eu preciso de café, e não consigo dormir em aviões e é uma viagem de oito horas – Pegou o café e agradeceu vendo Phil se afastar.
- Eu prometo recompensa-la quando chegar
- Quando chegar vai me encontrar dormindo
- Sem problemas, eu posso acorda-la
- Vou fingir que entrei em estado vegetativo, vai dormir decepcionado
- Eu sei como convencer você. E tem mais, ontem você fez greve comigo, prometeu que quando estivéssemos na Suíça compensaria.
- Às vezes gosto de quebrar minhas promessas – Brincou dando um gole em seu café que estava do jeito que ela queria.
- Há! Há! Eu sou um cara persistente
- E eu sei bem como é – Sorriu. De repente uma voz rompeu do auto falante chamando os passageiros para a sala de embarque. Ela olhou para o homem de cabelos castanhos sentado mais a frente e ele apontou com a cabeça dizendo para irem, ela assentiu e Phillip ficou de pé esperando-a – Meu amor eu preciso mesmo ir, estão nos chamando, vejo você em algumas horas.
- Certo! Nos vemos logo. Tenha uma boa viagem minha linda, e me mande uma mensagem assim que aterrissar para saber que está bem.
- Pode deixar. Beijos. – Desligou. Ela teve de morder a língua quando ficou tentada a dizer "eu te amo". Era uma necessidade imensa dizer isso, e precisava contar a ele o que sentia, mas não sabia se John estaria pronto para ouvir, ou se um dia estaria.
Quando eles pararam na porta do avião para entregar as passagens, a aeromoça sorriu, deixando Natasha confusa:
- A primeira classe fica mais na frente, passando a porta – Apontou na direção indicada.
- Primeira classe? Mas eu não fiz reserva para primeira classe – Franziu a testa. Será que Phil havia pegado a passagem errada? Impossível.
- Senhorita Donovan? – Ela perguntou lendo o nome na passagem.
- Sim, sou eu
- Me acompanhe, por favor – Ergueu o braço deixando os dois passarem primeiro. Passou por todos os outros passageiros, que a olhavam sabendo para onde iria, e alguns rapazes ate sorriam para ela, mas isso pouco importava agora. A aeromoça abriu a porta e os deixou entrar. Com certeza a primeira classe era bem melhor. Poltronas grandes, espaçosas e confortáveis, com uma tela de TV em cada cabeceira. Apenas dois assentos lado a lado, talvez apenas 30 pessoas coubesse ali. Também, com o valor que era cobrado. A moça chamada Lidia de acordo com a plaquinha dourada do seu uniforme mostrou as cadeiras deles – Se precisar de alguma coisa a aeromoça Jane virá atende-los. Logo passaremos com algo para beber e comer. Tenham uma boa viagem. – Ela se retirou sempre com um sorriso congelado no rosto.
Phillip pegou a mala de mão da morena e abrindo o compartimento de cima a guardou junto de sua bolsa. Ela ainda estava confusa e então resolveu perguntar:
- Eu não estou entendendo. Como posso ter comprado à passagem para cá?
- O senhor Harris modificou – Ele respondeu.
- O que? Quando?... Como? – Ficou chocada.
- Ontem ele ligou para a companhia pedindo para transferi-la para a primeira classe
- Ah! Meu Deus, e faz isso sem me consultar antes. É típico dele.
- Ele só queria que a senhorita viajasse com conforto – Justificou tentando apaziguar a provável onda de fúria – Deveria aproveitar, já que o voo vai ser longo.
- É tem razão, já que ele quer tanto que eu me sinta a vontade é exatamente isso o que vou fazer – Soltou de uma vez e passou para a poltrona ao lado da janela. A reação dela o deixou bastante confuso, imaginara que ela bateria os pés no chão com raiva, ou ate que pediria para voltar para a outra classe, mas a fácil aceitação dela fez com que ele perdesse mais alguns parafusos na tentativa de entender as mulheres. Apenas sentou e se acomodou em sua cadeira.Continua...
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Simply, I love you
RomanceO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...