Capítulo 10

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Peter

Joguei minhas chaves sobre o balcão da cozinha. Abri a geladeira e peguei uma cerveja, aquela casa ultimamente era um vazio oco sem vida alguma desde que Matt e Kat deixaram de morar ali. Eu reclamava de viver viajando na maior parte do tempo, mas as vezes era um alivio não ter que ficar por ali sozinho, meses atrás eu estaria pensando em uma pessoa que agora estava do outro lado do oceano, mas agora a única coisa que percorria todos os cantos da minha mente era outra coisa. Caramba por que ela tinha que ser aquela maravilha de mulher? Porra só de pensar no seu corpo nu pressionado contra o meu na janela me fazia começar a ter uma ereção. Srta. Foster. Que criatura maravilhosa ela era, e ela sabia disso ainda que não admitisse em voz alta.

Eu simplesmente não pude me controlar em estar com ela sozinho naquela sala de reuniões, durante quase todo momento eu queria enfiar as minhas mãos por de baixo daquela sai e sentir sua pele sobre o tecido fino das suas meias e cinta liga. Porra eu queria ela sem calcinha. Eu queria estar dentro dela. Eu queria foder ela todinha. E hoje quando eu pedi que ela fosse a minha sala eu ainda queria aquilo.''Então, o que você quer Sr.Morris?'' Você! Era a resposta, mas eu tive que me controlar para não a jogar em cima da minha mesa e arrancar toda a sua roupa novamente. Que delicia ela era.

E mal ela sabia, mas seu jeito de ficar com raiva de mim só me deixava ainda mais tentado e não me ajudava em nada a não a desejar. Eu precisava de outro banho frio, que era mais uma coisa que ela não sabia, eu vinha tomando banhos frios todas as manhãs antes de ir para empresa tudo por causa dela. Malditos pensamentos.

Peguei uma faca para abrir uma caixa que minha mãe havia me enviado. A última vez que estive com ela pedi que me enviasse algumas coisas que eu tinha deixado no meu quarto antigo em Montana.

Dentro da caixa havia coisas realmente antigas das quais eu não me lembrava, como vinis de bandas que eu já não gostava mais, minha primeira bola de futebol americano, a camiseta que eu usava no time da escola, o troféu que eu havia feito o time ganhar nas minhas últimas semanas em Montana e uma foto da minha formatura, meu último dia no lugar em que eu costumava chamar de lar. A foto tinha sido tirada na escola, eu vestia todo aquele traje horroroso de formatura e erguia o tubo do diploma no ar em meio aos meus antigos amigos do time de futebol Marcus e Samuel, minha irmã Katherine aparecia na foto ao lado de Marcus enquanto sua amiga uma garota de cabelos longos e loiros estava ao meu lado com um sorriso tímido e olhos brilhantemente doces. Emily. Emily Tate Foster. Tate. No fundo eu sabia que a reconhecia de algum lugar passei meus dedos sobre sua imagem ao meu lado me lembrando de que Katherine praticamente tinha a obrigado a sair naquela foto e minha mãe também.

Eu não tinha percebido naquela noite no hotel, mas quando vi seu nome sobre o contrato foi como se minha mente viajasse diretamente para o meu passado e lembrasse do por do sol de seus olhos e segredos compartilhados. Seus olhos já não eram mais tão ingênuos daquela maneira. Ela era uma mulher agora. A mulher com quem eu tinha me envolvido em uma noite em um quarto de hotel. A minha assistente a qual eu não conseguia parar de pensar desde o momento em que acordava até o momento em que ia dormir. Droga! Aquilo não podia ser real.

Emily representava tudo aquilo que eu havia deixado para trás em Montana. Um futuro que eu não veria, que eu não teria. Segredos. Nós compartilhamos um ou mais. Eu ainda me lembrava do dia em que a deixei escapar entre os meus dedos sem nem ao menos perceber. Ela era o motivo por me sentir um pouco receoso quando descobri sobre a minha irmã e meu melhor amigo, porque de alguma forma eu tinha medo de ele fazer o mesmo que eu fiz no passado, mas de uma maneira muito mais dolorosa.

Meu primeiro erro foi ela.

Tate, a garota que deixei para trás.


INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora