Love's a game, wanna play? - Mark Tuan -

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Sexta, 2:45 AM

Era madrugada de quinta para sexta, eu e alguns garotos do meu time estavamos treinando para o campeonato que iria acontecer em alguns dias, com isso, iriamos viajar para Los Angeles. Minha casa estava uma bagunça, roupas para todo lado, bandeiras do nosso time e algumas (várias) camisetas para usarmos nos jogos.

No canto da tela do meu computador marcava 03:13 da manhã, os garotos estavam pilhados, não conseguiam dormir de ansiedade por ser seu primeiro jogo em um campeonato tão grande assim, não era o meu primeiro, mas eu os entendia, era muita pressão vindo dos nossos treinadores.

-Meninos, eu acho que vou dar uma volta, estamos aqui faz muito tempo. - Me ajeitava na cadeira enquanto falava perto do microfone.

-As três da manhã? - Hyunjin questinou, fazendo Chan rir.

-Seoul não é perigosa igual Daegu, Hyunjin. - Ele nunca havia saído á noite por que, segundo ele, a cidade é muito perigosa.

-Vai lá então Sayu-ssi, conversamos amanhã. - Chan disse repentinamente, me despedi dos garotos e desliguei a call, eles com certeza iriam jogar a madruga inteira.

Assim que desliguei o computador, me levantei e peguei um casaco em cima da minha cama, meu celular e fones, tranquei minha porta e parei em frente ao elevador, coloquei "Fetish" da Selena Gomez para tocar, era minha música preferida. Logo o elevador chegou, meu vizinho estranho me cumprimentou com uma série de reverências enquanto saia de lá de dentro, ele vestia uma máscara e um boné, ficava difícil de ver seu rosto.

-Sayu-ssi, como vai os treinos? - Ele perguntou assim que eu entrei no elevador, de uma forma bem curiosa.

-Ótimos, Kwan. Espero que veja nossos jogos. - Sorri simpática, percebi que ele sorriu envergonhado e baixou a cabeça assentido, logo a porta do elevador começou á fechar e me despedi rápido, assim que se fechou completamente suspirei fundo, desde que ele descobriu que eu era sua vizinha começou a me tratar dessa forma, estranho.

Arrumei minha franja no espelho atrás de mim e saí do elevador, segui meu caminho até a saída do prédio e me deparei com um grande movimento, enquanto seguia, percebi que a maior parte das pessoas eram garotas, menores de idade e com alguma coisa de um grupo que estava fazendo show por aqui, como sai sem meus óculos não conseguia deduzir de qual grupo era, só conseguia enxergar um lightstick verde em suas mãos.

Uma garota esbarrou em mim quando estava perto da cafeteria, e nem se quer pediu desculpas por isso.

-Aish, os pais de hoje não ensinam essas crianças serem educadas? - Disse baixo passando á mão no braço, ela também tinha um lightstick verde em sua mão, fãs loucas.

Entrei na cafeteria e me deparei com o atendente dormindo no balcão, quando me aproximei bati forte na mesa, fazendo o grande dar um pulo e me olhar sem entender nada, quando deduziu que não era alguém desconhecido soltou um suspiro fundo enquanto eu ria de seu susto.

-Poderia ser um pouco mais delicada, né Song - Changbin resmungou olhando para o chão tentando recuperar seus sentidos.

-Na próxima vez, Chang. - Me sentei á uma mesa próxima.

-O capuccino tradicional? - Assenti.

Na tv passava algumas reportagens aleatórias, enquanto lá fora não parava de passar as colegiais. Isso me fez lembrar da minha época no colégio, não faz muito tempo, mas eu já sinto falta, inclusive, Changbin e eu estudávamos na mesma escola, ele é mais velho, porém nos damos bem.

-Essas crianças ali fora não deveriam estar em casa não? - Resmunguei para ele, que me entregava meu café e se sentava em minha frente.

-Ouve um show do Got7 aqui por perto, sabe como é adolescente. - Se encostou na parede e gemeu de alivio por sentar.

-Ah, tá explicado as luzinhas verdes. - Tomei um gole do café e ele me encarou confuso.

-Enfim, como estão os treinos para os jogos? 

-Normais, e a vida de treinee? 

-"Normais" - Ele parecia cansado pelas olheiras e postura.

Eu fui treinee com meus 15 anos, não sabia oque queria, até que me dei conta que não era muito fácil debutar e que meu caminho não era esse, sorte e talento nunca foram meu forte.

[...]