My sexy boy

My boy

~POV~ CAN

Mais um dia no qual o estresse toma conta do meu corpo, não sei o que vou fazer, finalmente as férias da faculdade estão chegando, contudo, não quero fazer nada, não aguento mais viajar, não aguento mais sair, mas sei que não fazer nada também não vai ajudar a aliviar o meu estresse, o qual só aumenta com o trânsito caótico que está bem em minha frente. Eu só quero chegar na faculdade, contudo, hoje será mais um dia daqueles. Os carros andam lentamente, aproveito para pegar o meu telefone e ver se tem alguma mensagem, péssima escolha, quando olho para frente novamente vejo que tem uma pessoa bem próxima do carro, meu pé pisa forte no freio e por sorte consigo evitar um acidente. Meu coração está acelerado, o pedestre olha irritado para mim, o mesmo vem até a janela do meu carro, bate no vidro e juro que se fosse um pouco mais frágil ele teria quebrado. Abro a porta e saio lentamente, tentando me manter calmo, afinal de contas, eu que estava errado.

-Eii tampinha, você não olha por onde dirige?

Seu olhar de desprezo, seu tom debochado e o simples apelido me fazem perder toda a calma que eu estava me controlando para manter.

-Você nunca ouviu falar em faixa de pedestres? - respondo.

Minha mente está fervilhando, qual o problema das pessoas com minha altura? Odeio quando os apelidos começam por conta dela.

-Se você olhar para baixo vai ver que eu estou diante dela, ou você não consegue largar essa droga de celular?- Sigo a direção do seu dedo, droga, ele está certo, estamos parados diante da faixa.

-Seu namorado não pode esperar você chegar na faculdade para que você possa responder suas mensagens?- No mesmo instante sinto meus punhos se fecharem, tento controlar minha raiva, mas não dá certo, quase que instantaneamente meu punho direito se move e vai direto no rosto dele.

-Seu idiota, eu estava pronto para pedir desculpas, mas você tinha que fazer graça, primeiro menospreza minha altura, agora insinua que eu gosto de homens- rosno para ele igual um cachorro raivoso.

Não me contenho, furioso, entro no meu carro e fecho a porta, ele ainda está parado, sua mão agora em sua boca inchada, um pouco de sangue escorrendo, bem feito, ele mereceu, quem ele pensa que é? Babaca, eu não me deito com homens seu idiota.

Volto minha atenção para o trânsito, não quero acabar causando outro incidente como esse, mas o rosto daquele infeliz não sai da minha mente, ele tem um rosto bonito, mas agora foi desmanchado pelo meu murro, no mesmo instante uma pontada de culpa me atinge, mas a afasto, não Can, você não fez nada de errado, ele mereceu, repito isso para mim mesmo muitas vezes, para ver se assim eu mesmo consigo acreditar.

Chego na faculdade e ao entrar em meu prédio percebo que estou recebendo mais olhares que o normal, o que é estranho, olho para minha roupa e não tem nada demais, estou igual a todos os dias. O que será que está acontecendo?

-Can, não sabia que você gostava de bater em bolsistas- É a voz de Pond ao meu lado.

-Do que você está falando?- Pergunto, confuso, no mesmo instante ele me mostra o seu celular, e nele estou eu socando um garoto.

-Como isso aconteceu?- Pergunto, furioso.

-Estamos me 2018, tudo que acontece vai para a internet, ainda mais quando tem pessoas brigando no trânsito

-E por que você perguntou se eu gosto de bater em bolsista?- Minha mente está em um turbilhão de pensamentos.

-Idiota, olha a farda dele, ele é da nossa universidade, além disso, eu já vi ele pelo campus e sei que ele é bolsista. Fora tudo isso, rola uns boatos que ele é garoto de programa, um estudante disse já ter visto ele em um desses sites. Você não faz nada da sua vida além de dirigir esse seu carro de riquinho?