Eu mesmo

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Pois bem, meu nome é Rafael Lopes, nasci no Canadá e só tenho esse nome pois meu pai é brasileiro e minha mãe adorou o nome. Tenho cabelos caramelo e olhos verdes (eu realmente gostaria que eles fossem normais).

Meu pai se chama Gustavo e minha mãe Kateryne, ele é empresário e ela aeromoça. Minha mãe se sentia culpada por não passar muito tempo comigo, já que seu trabalho fazia com que ela viajasse por muito tempo, então aos oito anos entrei numa escola de etiqueta bem severa, pois minha mãe pensava que se não podia me educar da melhor forma, pagaria os melhores profissionais para isso. Em troca eu poderia fazer varias coisas que me agradassem, como receber uma mesada, escolher minhas próprias roupas, sair para comer várias vezes, etc. Assim aceitei facilmente as aulas de etiqueta.

A história que eu vou contar não é sobre mim, estou falando do amor da minha vida: Natália. Eu a conheci com seis anos e eu ainda não era apaixonado por ela, ela era a melhor amiga da minha prima Letícia. Natália tinha cabelos loiro escuro olhos castanhos, tinha um tamanho normal pra idade de cinco anos (ela é um anos mais nova que eu), era meiga e um pouco tímida, porém fizemos amizade rapidamente já que ela gostava dos mesmos desenhos animados que eu, Letícia era bem diferente dela, (eu mal entendia porque elas eram amigas na época), ela tinha uma personalidade forte, e era reamente um exemplo de inspiração para qualquer criança de cinco anos, ela era creativa e educada, além de ser muito engraçada.

Aos treze anos eu fui vizitar minha família e passar as festas de fim de ano no Rio de Janeiro, que é onde minha família paterna mora. O tempo que passei lá foi incrível, me aproximei de minha família e fizemos um dia de ações de graças no Brasil. Mas eu não podia me esquecer da primeira vez que revi a Natália, ela estava linda, eu não conseguia parar de olhar pra ela, que corou quando percebeu isso, foi aí que eu vi que ela ainda era tímida. Ela não tinha mudado nada por dentro mas por fora estava bem mudada, seu cabelo escureceu um pouco e seu corpo estava começando a se desenvolver.

Nossas famílias eram amigas e eu fui almoçar na casa dela. Nossas cadeiras estavam frente a frente e eu ainda não conseguia parar de olhar para ela. ela morava num condomínio bem legal. Um tempo depois do almoço ela perguntou se eu queria dar uma volta pra conhecer o condomínio com ela, topei na hora. Ao sair da casa ela estranhou o fato de eu abrir a porta pra ela, então ela disse:

Natália- Rafa, você gosta mesmo de suas aulas de etiqueta?

Eu pensei que ela estava achando que eu era um frutinha, sei lá. Mas eu disse que sim.

Natália- Que legal, eu adoro meninos cavalheiros, são uma raridade!

Agora era minha vez de corar. percebi que eu estava enganado, ela não estava mais timida. Ela se sentou num banco em um lugar bem isolado, sem ninguem por perto e pediu para eu me sentar do lado dela, aproveitei para ficar o mais perto possível. Nossas pernas estavam se tocando e eu percebi seu arrepio, não conseguimos puxar um papo, então eu fui direto ao ponto:

Rafael- Natália, eu gosto muito de você, queria que tivesse algo mais que amizade entre nós.

Disse isso colocando o braço em volta de seus ombros, estava um pouco confiante. Que menina não gostaria de um cara do Canadá, que seja cavalheiro e legal? porém eu me perguntei se era o tipo dela, ou se ela gostaria mesmo de ter um namoro à distância.

Natália- Rafael, eu estou apaixonada por você, mas...

Naquele momento eu percebi que não aguentaria ouvi-la acabar com minhas esperanças, e a beijei, eu a calei com um beijo, nunca tinha beijado ninguem antes e aquela sensação foi indescritível, quando nos afastamos percebi que tinha uma lágrima em sua bochecha, e ela correu, eu não sabia pra onde ela tinha ido mas não foi pra sua casa. Eu só fiquei lá pensando no que fiz. Por que ela não podia namorar comigo? E por que ela havia chorado e corrido?

"Eu estraguei tudo, toda aminha amizade com Natália".

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⏰ Última atualização: Aug 23, 2014 ⏰

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