Capítulo 18

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Steve narrando:

-Tudo certo pra hoje a noite?- perguntei ao Pistola, WL, CZ, Pequeno e mais três vapor que estavam na minha sala.

-Lembrando que eu vou ficar com 80% e vocês com 20%.

-Ih fiote, vai ser o contrário.- dei dois tapão nas costas do Pistola.

-Ai, filho da puta.- reclamou e eu lasquei um tapa na nuca dele.

-Respeita minha coroa, desgraça.

-E o pivete? Vai ser o novo herdeiro mesmo?- CZ falou, ele sempre tem interesse nesse assunto, mas já tô de olho nele. Só não mandei pastar porque Pistola diz ser de confiança.

-Já falei que vai, abuso do Caraí! Aliás vocês tão fazendo o que aqui? Só quero ver a cara de vocês as onze da noite.- eles foram saindo aos poucos e o filho da puta do Pistola ficou.- Escutou não?- ele riu se jogando no sofá.

-Se meu tio tivesse aqui ele ia te da um tapa na nunca por ter falado assim com os pavor.- ri sem humor.

-Eles que faziam o coroa de besta.- ele negou com a cabeça.

-Tu sabe que não era assim.- preferi ficar calado.- Tô com saudades dos meus coroas, tá ligado? Lembra quando a mãe e a tia foram buscar nos dois pelas orelhas? Só porque nos estavamos roubando manga? A gente passou pela praça as novinhas ficaram tudo olhando. Vergonha do Caraí nos passou.- ele falou rindo e eu ri também.

-Tempo bom era aquele que nos não tinha preocupação.- ajeitei o pivete no colo.- Não gosto do CZ, cara não passa confiança, tá interessado de mais se o pivete vai ser ou não herdeiro.- fechei a cara.

-Tudo neurose da tua mente, o cara só não acredita que tu vai colocar o moleque que nem teu é, Mano. Além de ser um atirador do caralho.- falou colocando os braços atrás da cabeça.

-A gente tem melhores.- ele me olhou e negou com a cabeça.

-Vou nem me estressar, falou.- e foi embora.

Fiquei lá com o pivete resolvendo os B.O, até que a fome bateu e eu fui pra casa. Coloquei o menor no tanque da moto e sai subindo pra minha goma.

Assim que parei na frente, estava os quatro vapor que faz a segurança da parte da frente sentados no batente da casa e tendo altos papos com a Morena.

Já desci da moto com o sangue fervendo. Assim que eles me viram se levantaram rápido.

-Eu pago vocês é pra fazer a segurança desse caralho, né pra tá batendo papo com amante minha não!- falei sério e frio.

Peguei o braço da Morena e a puxei pra dentro jogando ela no chão.

-Seu eu te pegar de conversa com macho de novo, eu vou te matar sua vagabunda!

E continuei meu caminho pra cozinha. Olhei pro fogão nada de panela, olhei pra mesa, limpa. Abri a geladeira nada, ela só pode tá brigando comigo.

Sai da cozinha e encontrei a mesma no sofá, que olhava pro nada e negava com a cabeça. Puxei o cabelo dela fazendo ela me olhar e fui direto.

-Cadê a porra da minha comida?

-Tá lá no armário, é só cozinhar e comer.- falei dois tapas na cara dela, fazendo ela cair no sofá.

-Não vêm com brincadeira para o meu lado, vadia do caralho!- ela se levantou rápida e meteu um tapa no meu rosto que não vou mentir não, doeu.-Tu pensa que eu sou quem pra tu tá batendo na minha cara?- lasquei um soco na barriga dela, fazendo ela arfa.

-E TU ACHA QUE EU SOU UM SACO DE PANCADAS? CARALHO, EU TÔ VIVENDO UMA VIDA QUE NÃO PEDI! TÔ SENDO AGREDIDA TODO DIA E AINDA TENHO QUE CUIDAR DE UM BEBÊ! EU TENHO QUE VOLTAR PRA ESCOLA, PORRA!

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora