16° capítulo

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Estava dormindo quando derrepente escutamos fogos...

Eu: que merda é essa?

Gaby: invasão! Descobriram que você tá aqui! Vem comigo! - ela abre a janela e me ajuda a pular.

Eu: você faz idéia de que morro seja? - digo quando estamos correndo pelos becos, ela olha pro lado e me puxa pra nos escondermos atrás de um lixeiro.

Gaby: Maré! Acabei de ver o dono do morro!

Eu: então vem comigo! - coloco ela atrás de mim e o Luís aponta uma arma pra mim depois abaixa - ela vai comigo! Me ajuda a tirar ela daqui!

Luís: o que? A irmã do DJ? Sério? Eu vim te tirar daqui! Não ela!

Eu: o DJ vai matar ela se ela continuar aqui!

Luís: você acha que eu me importo? - debocha.

Eu: ou ela vai ou eu fico! - digo com raiva.

Luís: você acha que tá em posição de decidir alguma coisa? - atira em um vapor atrás de mim que cai no chão - vamo logo embora daqui!

Ele vai na frente e nós vamos seguindo ele, até que eu escuto um tiro, olho pra trás e a barriga da Gaby tá sangrando.

Gaby: vai embora! Me deixa aqui! Salva sua vida! - olho pra direção de quem atirou e o DJ tá chorando... Depois o Luís dá um tiro nele e ele cai no chão com um tiro no peito.

Eu: não vou te deixar aqui! - carrego ela mas ela é pesada d+ - Luís... Carrega ela? Eu dou cobertura!

Luís: você sabe atirar? - assinto e ele me dá a arma, faz sinal pra um dos vapores avisando pra recuar e pega a Gabriela dos meus braços.

Fomos pra entrada do morro e entramos numa BMW, os outros vapores foram em vans mas nós fomos pro hospital da barra.

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Horas se passam até finalmente recebermos uma notícia...

Enfermeira: a mãe infelizmente não sobreviveu! Mas conseguimos salvar a vida dela! - me dá a criança nos braços - você que vai registrar?

Eu: sim! - vou com o Luís e ele registra a criança como filha dele e eu como minha.

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Quando já estamos no carro o Luís para do nada e vira o meu rosto pra olhar pra ele.

Luís: que nome você deu pra ela?

Eu: Gabriela Gonçalves! - ele sorri.

"Gabriela Gonçalves Tales" ~ penso

Eu: por que você assumiu ela? - ele olha pra janela do lado do motorista e fala:

Luís: ela não tem culpa! E uma criança não pode crescer sem um pai! - baixa a cabeça e liga o carro denovo.

Eu: a culpa é minha! - baixo a cabeça - ela tava tentando me ajudar! - coloco as mãos no rosto e choro.

Luís: não! A culpa não é sua! A hora dela chegou! Ia chegar de qualquer jeito! Ninguém é imortal!

Eu: mas não precisava ser agora!

Luís: mas era pra ser! Ela morreu e a única culpa é do idiota do irmão dela!

Eu: por que você recuou? - ele sorri.

Luís: nós ganharíamos! Mas não posso arriscar perder meus vapores! Íamos ter muitas perdas! Mesmo vencendo!

Eu: entendo! Isso te deixaria vuneravel a invasões! E você poderia perder o morro! - ele assente sem tirar os olhos da rua.

Ele para em um supermercado e pede pra eu ficar no carro, depois ele aparece com várias sacolas com tudo que a neném precisa.

O hospital liberou deu uma fralda que veio na neném e nos deu uma lista do que comprar, qual leite ela tem que tomar, fraldas, roupas e etc...

Ele coloca tudo no porta malas e entra no carro dirigindo pra Maré.

Eu: chamou muita atenção estando todo sujo de sangue? - ele sorri antes de ligar o carro.

Luís: lógico que sim! Mas chamei mais por ser um puta gostoso! - reviro os olhos e olho pra bebê.

Eu: você é a cara da sua mãe! Que bom que você não nasceu com cara de joelho! - o Luís ri - eu tô falando sério doido! Achei que os bebês todos tinham cara de joelho! Mas olha que coisa mais linda! - estico e coloco na cara dele.

Luís: para de mexer nela como se fosse brinquedo! Ela é sensível!

Eu: desculpa! - coloco ela no meu colo e ele liga o carro.

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Agora só falta um que não sei se vou postar hj ou amanhã, mas depois é só segunda, eu não postei segunda e terça por causa do Natal que eu acabei me ocupando muito.

Minha MarrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora