Nathan
Durante aquela semana que passei com Helena, tive uma sensação de que aos poucos eu estava me libertando de toda a frieza que habitava em meu coração. Aquela menina estava aos poucos, me conquistando.
Liguei novamente para a minha irmã e pedi a ela para me ajudar a ter um momento especial com Helena. Eu queria levá-la para jantar e conversar sobre tudo que me aconteceu e assim, me livrar de vez dos fantasmas e quem sabe, assumir um relacionamento sério.
Gi sugeriu que fossemos jantar com meus pais. Nisso, eu apresentaria Helena a eles e ela entenderia que eu gostaria de algo mais firme.
Em um primeiro momento, não gostei muito da ideia, mas Gisele acabou me convencendo.
Sendo assim, convidei Helena para sairmos e expliquei que seria especial. Ela ficou cismada mas acabou aceitando.
Já na casa dos meus pais, senti que ela não foi tão bem recebida pela a minha mãe. Diferente de Gisele que a tratou muito bem a minha morena, minha mãe foi indiferente, tentou testá-la a todo momento. Meu pai é um caso à parte. Ele só falta lamber o chão que a minha mãe anda e se ela não gosta de alguém, ele também não irá gostar.
Fiquei mais fascinado ainda com a postura de Helena que não deixou as alfinetadas de minha mãe a abalar. Helena com todo orgulho, mostrou suas origens de forma casual e isso me deixou orgulhoso.
Gisele pelo jeito a adorou. Minha irmã, apesar de mimada, sempre gostou de coisas simples.
Eu tentei deixar Helena o mais à vontade possível. Solicitei na cozinha um prato de sua preferência.
Minha mãe com seus gostos peculiares também gosta de provocar. De qualquer forma, eu tinha que ter perguntado Helena o que ela gostava de comer. Minha mãe não tinha bola de cristal para saber.
Houve indelicadeza por parte de minha mãe para com Helena. Ela insinuou que minha morena estaria comigo por interesse, para se dar bem na área.
Entendo a preocupação de minha mãe, afinal eu me isolei por muito tempo. Helena era a minha primeira tentativa de me livrar. Minha mãe provavelmente gostaria que eu me envolvesse com uma mulher bem sucedida assim como Maria Elisa era.
De fato Helena não era da "sociedade" que a minha família costuma frequentar. Suas raízes são de gente simples e isso incomodaria a minha mãe. Mas não a mim.
Saí dali com raiva do tiro no pé que eu dei com a ideia de apresentar Helena a minha família tão precocemente. Pensei que seria um passo certeiro, mas acabei sendo infeliz com essa atitude.
No caminho de volta, houve o questionamento por parte dela sobre algumas coisas e sugeriu que conversássemos.
Não tinha jeito, era a hora de eu me abrir com ela.
A levei para a minha casa num impulso e só depois me lembrei que lá ainda havia fotos de Maria Elisa e o quartinho da nossa pequena estava intacto.
Merda.
Como eu já estava lá, era melhor mesmo ela vê tudo que eu estava passando e entender a minha dificuldade de sair daquela situação.
Assim que entramos no meu apartamento, de cara Helena viu no móvel da sala uma foto em que Maria Elisa está em meu colo.
Há outras fotos, inclusive do nosso casamento e dela grávida.
Helena não disse nada, ela foi pegando cada porta retrato, olhando com calma e nada falava.
Sentei-me no sofá aguardando-a ter alguma reação e a partir daí, eu começaria a contar o que ocorreu.
Foram alguns minutos até que ela enfim sentou-se do meu lado e me questionou?
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Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)
RomanceProibido para menores de🔞 Livro 1 - Nem o tempo apaga. (Respostado) *PLÁGIO É CRIME - FAÇA VOCÊ MESMO E NÃO COPIE* Helena passou a vida tendo o amor de sua família e todo o apoio em tudo que almejou. Ela sempre foi firme em suas decisões, o que lh...