Capítulo 19

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Melinda narrando:

Fiquei por alguns segundos encarando o Demo e me perguntando porque ele me abraçou. Bem o Oli estava no meio, mas mesmo assim não deixou de ser um abraço.

Ele se virou para sair de casa, mas segurei o seu braço, que propósito ele estava sem camisa mostrando os seus músculos, que não são poucos.

Ele me olhou sério e frio.

-Ele ainda não comeu.- falei com a voz falha, esse frio no olhar dele me faz estremecer.

Ele olhou pro Oli e depois pra mim, entregando ele logo em seguida.

-Por favor, não deixa essas coisas no alcance dele.- ele simplesmente me ignorou e saiu.- Não faz mais isso com a mamãe, ok?

Ele apenas riu e eu balancei a cabeça negando.

Tinha deixado ele assistindo no sofá enquanto fazia a vitamina dele, juro por Deus que não demorou mais do que cinco minutos. Quando eu voltei com a mamadeira já em mãos pra dar pra ele eu vi aquela cena, meu coração por alguns minutos simplesmente parou de bater e derrubei a mamadeira no chão, fazendo a vitamina sair todinha.

Voltei pra cozinha e fui fazer mais uma vitamina, porém deixei ele dessa vez bem seguro na cadeira dele.

Assim que terminei de fazer, dei pra ele que fez questão de segurar a mamadeira sozinho e fui tomar café.

Mal coloquei a xícara de café na boca escutei a porta sendo aberta e uma voz de puta irritante.

-AMOR!- gritou.- AMOR CADÊ VOCÊ? ESTOU AQUI PROTINHA PRA SER SÓ SUA.

Me levantei da cadeira e fui até a sala vendo uma cena que vou ficar traumatizada pelo resto da vida.

A Keyla estava simplesmente sentada no sofá nua e toda aberta. Assim que ela me viu fechou o sorriso e se levantou.

-Era com você mesmo que eu queria vê!- ela falou tentando me assustar e se aproximou mais.

Em um passe rápido ela pegou em meu cabelo e puxou.

Ah não Mano, já basta o Demo, se essa puta tá pensando que eu vou apanhar calada pra ela, ela tá enganada.

-Só vou te dizer uma coisa, fica longe do meu homem.- eu não consegui conter a risada e dei um tapa na cara dela e depois um soco na barriga, fazendo ela me soltar. Fui até ela e a puxei pelos cabelos.

-Se eu pudesse eu já estaria longe do TEU HOMEM! Só que TEU HOMEM não que me deixar sair daqui.- o Oli começou a chorar e ela abri os olhos interessada.

Se soltou de mim e me encarou.

-O enjeitado da tá aí é?- ela abriu um sorriso. Cheguei perto e lasquei três socos na cara dela.

-Olha como você fala do meu filho, sua desgraçada, filha da puta!

Ela me pegou desprevenida e me empurrou tão forte que cai. Se sentou em cima de mim e tenho que me lembrar de jogar essa roupa fora.

Ela me deu um tapa no rosto que doeu pra caralho! Ela ainda consegui da um soco na minha barriga, antes de me virar e começar a soca-la com força e arranhar seu rosto. Enquanto ela tentava revidar e gritava.

A porta foi aberta e eu só senti meu  cabelo ser puxado com força, me fazendo cair.

-QUE CARALHO É ESSE? TU TÁ SURDA QUE NÃO ESTÁ ESCUTANDO MEU PIVETE?- chutou com força minha barriga, me fazendo arfa.- TU PREFERE TÁ BRIGANDO DO QUE CUIDADO DO PIVETE? VADIA DO CARAÍ!

E depois disso ele me bateu muito, chutou tanto minha barriga que eu cheguei a cuspir sangue. Ele bateu no meu rosto, braços, pernas, enfim até eu ficar totalmente sem forças.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora