|CAPÍTULO 13|

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Helena

Entrei em casa radiante. A noite não foi 100 % perfeita, mas terminou muito bem.

Estou namorando, que máximo!

Namorando meu professor bonitão!

Morram de inveja, suas patricinhas da sala que só faltam se jogar em cima dele. Nathan agora é meu, meuzinho!

Será que eu sou uma besta por estar nas nuvens desse jeito? Foda-se, ele é meu namorado e pronto.

Cheguei de mansinho em meu quarto para não acordar a minha avó e corri para o banheiro. Tomei um banho para relaxar e fiz minha higiene. Pulei na cama e antes de dormir me lembrei de tudo que ele me contou.

Sei que terei trabalho em ajudá-lo. Não é fácil esquecer de alguém importante que se foi de forma tão trágica. Mas se ele me escolheu para ajudá-lo nessa, darei o melhor.

Preciso contar para a minha mãe. Vou dormir para amanhecer logo e contá-la.

(...)

Na manhã seguinte, levantei animada, fiz o que tinha que fazer e segui para a cozinha onde a minha avó estava.

- Bom dia, Helena - ela disse me dando um beijo.

- Ótimo dia, vovó. - respondi

- Vejo que a noite foi ótima, heim.

- Foi, vovó. Na verdade, parte dela foi horrível, - falei. Ontem Nathan me levou para conhecer seus pais, mas eles não gostaram de mim. A mãe dele me acusou no final do jantar de estar com Nathan por interesse.

- Que filha da mãe, minha filha. Como assim ela disse isso? Você não precisa se aproveitar de ninguém por interesse. - minha avó disse indignada.

- Pois ela falou. Mas Nathan a repreendeu e me levou embora. Aí, depois de uma breve conversa, a gente viu que deveria definir o que tínhamos, precisávamos conversar. Foi aí que fomos para a casa dele e lá eu tive uma enxurrada de informações. Nathan me contou que foi casado e que a esposa grávida faleceu em um acidente de carro que ele também estava.

- Que isso, Helena? Que homem sofredor, meu Deus. Uma mãe megera e ficou viúvo de uma forma tão trágica. - ela disse espantada.

- Pois é. E na casa dele existem várias fotos dos dois nos melhores momentos. Foi aí que ele me disse que queria se livrar de tudo aquilo, queria recomeçar e me pediu para ajudá-lo. Ele disse que eu era a primeira pessoa que fazia com que aquela vontade de se libertar viesse e foi aí que ele me pediu em namoro. - contei

- E você aceitou?

- Aceitei sim, por que? Fiz mal?

- Isso quem decide é você, minha filha. Mas o rapaz é vivido, foi casado, perdeu a mulher e filho. Então não vai ser fácil. Eu não quero que sofra. Você é tão novinha - minha avó me acariciou.

- Penso nisso também, minha avó. Mas eu gosto dele. Se eu não tentar, não saberei se dará certo.

- Se vocês se gostam, já é um bom começo. Mas seja forte, meu amor. Ele vai precisar. Tenha paciência, porém, não se anule, jamais.

- Prometo que terei paciência. Iremos enfrentar muita coisa juntos, principalmente os falatórios na universidade.

- Como assim, na universidade, Helena?

- Uai vovó, por eu namorar um professor, muitos irão falar que serei beneficiada.

- Esta parte de ser aluna dele a senhorita não me contou. - ela questionou.

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora