A Dor Do Silêncio

Capítulo 1

Oi, meu nome é Megan. Aualmente tenho 18 anos e moro na Flórida. Futuramente irei me mudar, pois finalmente fui aceita na faculdade que eu tanto almejava e (in?)felizmente não posso continuar aqui.

Sim. Isso é um diário. Não, eu não estou fazendo isso por vontade própria. E sim, isso foi algo que minha psicóloga indicou que eu fizesse.

E é nessa hora que você se pergunta: "Psicóloga?"

(Ou você talvez não tenha se perguntado nada mesmo e só continuou lendo).

Sim. É isso mesmo que você leu. Psicóloga.

Digamos que eu tive uma infância um pouco... conturbada. Algo que acabou me agregando certos.. traumas.

Por agora, vocês não vão entender. Mas vou explicar tudo aos poucos.

Me recordo apenas de partes, mas tudo começou quando eu tinha 5 anos.

Era uma tarde ensolarada, como todas as outras. E como qualquer criança de 5 anos, lá estava eu, brincando em meu quarto. Desde sempre gostei de quebra cabeças, talvez o desafio de montá-los fosse interessante... não sei ao certo.

Ao meu lado, estava minha mãe. Sempre vigilante e protetora. No seu tempo livre ela gostava de escrever e desenhar, só não sei o que ela tanto escrevia. Talvez uma história? Contos reais? Poesias? Ou quem sabe.. um diário?

Mãe: Meu amor, o almoço tá pronto. Vamos lavar as mãos para irmos comer? - Disse minha mãe, com aquela sua voz meiga e delicada, enquanto tocava suavemente em meus cabelos.

Fiz um sinal positivo com a cabeça, enquanto segurava suas mãos e a seguia até o banheiro. Quando chegamos na cozinha, lá estava ele, fazendo os últimos retoques do almoço. Todo sorridente e feliz, como sempre.

Meu pai.

Corri para dar um abraço no mesmo, que retribuiu espantado, pois não tinha nos visto chegar.

Pai: Oi minha princesa, o almoço já está pronto. Sente-se com sua mãe que já já irei servir as duas madames. - Após concluir sua fala, ele deu uma piscada brincalhona pra mim, era como se essa piscada fosse o nosso "toque especial".

Lembro como se fosse hoje..

[...]

Enquanto meu pai nos servia, vi que ele parecia estranho. Ele estava fora do normal. Sua respiração parecia mais ofegante, e de uma hora pra outra, aquele sorriso contagiante havia sumido.

Até que me lembro de ouvir o barulho dos pratos caindo no chão se juntarem com os gritos da minha mãe.