3°Capítulo- "quer conversar?"

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Assim que ela me viu, veio correndo em minha direção, demos um abraço tão forte, acho que ficamos uns 5 minutos abraçadas, assim que a emoção passou, perguntei:

- Nossa mano, o que cê ta fazendo aqui, voltou pro Rio de Janeiro?

- Simm, voltei a morar aqui tem 1 mês.- ela respondeu empolgada.

- Aaaaa jura? Ta morando aonde? No mesmo lugar?- Perguntei

- Si....- ela foi interrompida.

-Que fofoca é essa ai?- A diretora da escola vem, pra acabar com a nossa graça.

- Nada não diretora estamos entrando pra sala já..- respondi empurrando a Lara.

-Na hora da saída me encontra aqui.- ela cochichou no meu ouvido e eu assenti.

Na hora da saída

Estava eu lá, esperando a Lara sair pra podermos conversar melhor. Logo ela sai da sala, me avista de longe, e vem em minha direção.

- Vamos lá em casa?- Disse à ela.

- Bora, só vou avisar pro meu pai. - assenti, ela ligou pro pai dela que deixou, e fomos.

No meio do caminho..

- Nem consegui te perguntar, e você ta morando no mesmo lugar?- ela me pergunta.

- Estou sim, na Rua Daniel Machado, ao lado da farmácia naquela Vila.- respondi olhando pra frente.

Depois disso, fomos em silêncio até em casa.
Chegando lá..

- Mãe, lembra da Lara? Minha amiga de infância, que estudou comigo na creche e tudo, mas quando estávamos no 5° ano teve que se mudar pra São Paulo, por conta da mãe dela.. cê lembra né, não gosto de ficar falando sobre isso.- Disse pra minha mãe num clima desconfortável.

- Não tudo bem, estou bem. - responde Lara

-Lógico que lembro, vocês eram inseparáveis, sempre caíam na mesma turma, era impressionante.- Minha mãe responde e da um abraço nela.

- Qualquer coisa estamos lá no quarto, ta mãe? - disse a ela, balançou a cabeça dizendo que sim e fui pro quarto.

- Desculpa por aquilo.- me desculpei assim que entramos no quarto.

- Não tudo bem já nem ligo mais. - ela respondeu com uma voz estranha.

- Mais o que aconteceu com ela mesmo? - perguntei sentando na cama.

- Ela faleceu tem 3 anos por causa de um câncer. - responde ela

- Meus pêsames.- dei um abraço nela.

Depois disso ficamos lá no quarto a tarde toda conversando sobre tudo, e quando olhei no relógio ja eram 21h da noite.

- Que isso como a hora passou rápido, ta com fome né?- perguntei pra ela com minha barriga roncando.

- Pior que não mas se quiser comer pode comer, eu te espero.- disse ela.

Não gosto de comer na frente dos outros se eles não estão comendo também, então vou pedir pra minha mãe te levar em casa de carro, e depois eu como qualquer coisa, pode ser?- Perguntei a ela

- Pode sim- ela diz

Uma semana depois..

Estou no meu quarto, quando começo a ouvir umas gritaria na sala, abro um pouco a porta pra ver o que está acontecendo e ouço:

- TA IMPOSSÍVEL CONVIVER CONTIGO DESSE JEITO, PARECE ATÉ UM OGRO FALANDO.- minha mãe grita com meu pai.

- SE VOCÊ NÃO FOSSE CHATA PRA CARALHO, TALVEZ EU TE TRATARIA MELHOR.- meu pai responde ela.

Me tranco no quarto pra ver se consigo escutar minha série,e esquecer o que estava acontecendo, mas até com o fone de ouvido estava impossível de escutar, então sai do quarto e disse:

- TEM COMO OS DOIS PARAREM DE BRIGAR.- falo gritando pra me escutarem.

- Não tem ninguém brigando aqui não minha filha, sua mãe que é insuportável.- Meu pai diz pra mim, tentando me acalmar.

- Toda vez é a mesma coisa, sempre brigando por motivo bobo, estou cansada disso tudo.

Fui pro meu quarto e bati a porta. Logo em seguida escuto alguém batendo na porta,

- Pode entrar- disse com um tom de choro

- Oi, amiga sua mãe acabou de me ligar dizendo que você não está muito bem, quer conversar?

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2018 ⏰

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