Bussinesman

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"Yeah, you make me feel like

I've been locked out of heaven"

Locked out of Heaven -Bruno Mars

P.O.V Amélie

Acordo com uma sensação de dormência. Abrindo meus olhos lentamente, vejo que é por conta de que rolei para cima de Michael durante o sono, abraçando-o com braços e pernas, deixando por debaixo dele. Tentei sair com o menos de movimento possível para não acordá-lo.

Vou até a cozinha, sentindo o aroma do café da manhã sendo preparado pelas criadas. Decido fazer um agrado, e peço à uma delas que me deixe fazer o café, pois sabia como meu marido gostava.

- Madame Gray, o irmão mais velho do senhor Shelby ligou avisando que estão vindo para uma reunião urgente com senhor Gray, importante, e seria mais rápido vir até ele. - informa Celestine, a criada mais jovem.

- Oui Celestine, prepare o café para todos. - decreto.

Coloco a comida e uma xícara em uma bandeja e levo escada acima, abrindo a porta com o bumbum desajeitadamente, ela estava apenas entreaberta. Deixo a bandeja sob o criado mudo e me sento ao seu lado, na borda da cama, acariciando seus cabelos, vendo-o despertar aos poucos. 

Não, eu não amo Michael Gray, e talvez não sinta nada além de uma breve simpatia por ele, nós somos como água e vinho, nunca completos, sempre separados.

Vou e pego a bandeja, colocando encima da cama, ele toca e afaga minha mão, agradecendo em silêncio.

- Arthur e os meninos chegarão em breve, ordenei que a criada preparasse o café para todos. - aviso.

Michael franze o cenho.

- Por qual razão estão vindo?

- Disseram que é uma reunião importante e que vir até você seria mais rápido do que esperar que fosse até eles.

Levanto, indo até o closet e selecionando um vestido longo belíssimo, presente de Helene, minha querida amiga.

Ao sair, Michael está devidamente vestido, e me analisa. Chegando perto de mansinho, puxando a mim para seu peito, enquanto alisa minha bochecha com as costas de sua mão. Aquele contato me arrepia, mas não sou capaz de afastá-lo.

- Pra quem se veste tão divina, querida esposa?

- Para mim mesma, querido. - devolvo, lambendo os lábios e piscando de canto.

Ele estala os lábios, e cafunga em meu pescoço, me dando cócegas, e rio baixinho, tentando falsamente fugir de seu aperto.

- Vou pegar você, atrevida...

- Hum... eu sou atrevida? - questiono, baixinho, divertida.

- Com certeza você é. - rebate ele, estalando um tapa em meu traseiro.

Esse clima brincalhão e de flerte era novo, e algo se retorceu de forma prazerosa dentro de mim.

- Ok pessoal, depois vocês trepam com gosto, vamos Michael, lá pra baixo.

Pulo para o outro lado do quarto, como um gato pula para longe de algo, e me mantenho dura e firme virada para a porta da parede, roxa de vergonha.

- Arthur, cai fora. - ouço Michael.

Me viro e sorrio, como se nada tivesse acontecido.

- Olá, Arthur.

- Olá Madame. - cumprimenta ele, tirando o chapéu e apoiando no peito. - Está incrivelmente radiante hoje, se me permite dizer.

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