Dia 4

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Olhei no relógio que marcava 04:00AM, me juntei a Ariel que estava sentada no chão e a encorajei para me contar o que tanto lhe perturbava.
Minha cabeça parecia uma máquina tentando adivinhar o que ela iria me contar,tenho certeza que deve haver um monte de engrenagens trabalhando igual nos desenhos animados.
Levantei a cabeça dela e enxuguei as suas lágrimas passando o polegar pelas suas bochechas gordinhas que se encontravam rosadas por causa do choro.

—Respira fundo.—Incentivei e vi a mesma assenti.—Pronto, agora pode contar.

—Jiminnie...—Me chamou pelo apelido fazendo meu coração derreter.—Você percebeu que toda vez que você tenta salvar todos sempre sobra um?—Perguntou e eu concordei com a cabeça,Ariel passou as mãos pelas madeixas louras e respirou fundo.—Você nunca vai salvar todos Jimin sempre um irá morrer é o destino...—Ela ficou de joelhos e aproximou seu corpo me envolvendo em um abraço. —Me perdoa por te contar só agora eu não queria te magoar,mas você terá que deixar um Jiminnie.—Senti seus braços apertarem ainda mais minha cintura.

—Eu terei que escolher?—Perguntei sentindo as lágrimas se acumularem, Ariel mexeu a cabeça concordando sem me largar.—Eu não posso fazer isso Ariel!—Gritei e a mesma me soltou no susto.—Ter que escolher entre eles é crueldade.—Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro prestes abrir um buraco no chão.

—Eu sei Jimin mas é a sua opção todos ou só um.—Sentou-se na cama.—Se quiser eu lhe dou um tempo para pensar...

—Não dá para pensar Ariel!—A cortei. —Não irei escolher entre eles.—Puxei meus cabelos devido ao nervosismo. —A não ser que...—Uma ideia um tanto estúpida surgiu na minha mente.

—A não ser que...—Me incentivou a falar.—Vamos Jimin estou curiosa.—Balançou as mãos em sinal para que eu prosseguisse.

—Se um tem que morrer para que os demais fiquem vivos, eu posso ser essa pessoa.—Sorri vendo Ariel arregalar os olhos.

—Você quer se...

—Sacrificar.—Me sentei ao seu lado.—Eu vou e eles ficam aqui, não aguento viver sem eles, mas aposto que eles podem aprender a viver sem mim.

—Isso é loucura Park.—Ela cruzou os braços um tanto irritada.

—Isso é amor Ariel.—Corrigi sua frase.—O dia já amanheceu, eu volto no tempo de novo e fico na casa enquanto o resto do grupo vai jantar fora, não tem erro.

—Mas...

—Você confia em mim?—Segurou suas mãos macias.

—Sim.—Ela respondeu enquanto abria um sorriso singelo.

Corri até minha escrivaninha, peguei papel, uma caneta e comecei a escrever se eu estivesse certo quando eu morrer algum dos meninos irá morar nesse apartamento se o Bangtan realmente acabar, caso contrário, vai ser apenas uma carta a qual algum desconhecido achará e pensará que foi um louco que escreveu, deixei a carta dentro de uma caixinha e vi Ariel me olhar com o cenho franzido.
Fui ao espelho e arrumei meus cabelos que se encontravam rebeldes,me sentei na cama e fechei meus olhos, sentindo que depois de tantas tentativas falhas essa finalmente daria certo.

[...]

Tae se encontrava do meu lado como todas as outras vezes,convenci todos de irem jantar fora certificando que Yoongi não ficasse, Jungkook não fosse de moto e que Tae não parasse em uma lojinha de conveniência.
Antes de irmos fingi uma dor de cabeça insuportável, atuação digna de um Oscar e fui até o carro com os meninos.

—Adeus rapazes, amo muito vocês.—Sorri sentindo que iria chorar novamente.

—Parece até que vai morrer Jimin, calma que nos vemos daqui duas horas.—Namjoon gargalhou me fazendo arregalar os olhos mostrando meu nervosismo.

É por que eu vou realmente morrer Namjoon...

Vi o carro sumir pela rua e voltei para dentro de casa, me sentei no sofá, respirei fundo e olhei para o teto já que não tinha muita coisa para fazer em alguns minutos aquilo explodiria e me levaria junto.

—Será que vou para o céu me encontrar com Ariel?—Sorri pensando que poderia ver aquele rosto lindo pelo resto da eternidade.

Olhei no relógio e vi que faltava alguns segundo, suspirei aquele seria meu fim.

Foi tudo muito rápido em um momento vi tudo ficar em tons laranjas e avermelhados e depois sentir uma dor insuportável tomar conta do meu corpo que durou apenas alguns segundos(os mais torturantes da minha vida posso dizer.) e depois tudo virou uma tela preta.

Eu havia dado a minha vida para salvar a vida dos meus melhores amigos e não me arrependia nem um pouco da minha decisão

Apenas uma chance(PJM)Onde histórias criam vida. Descubra agora