Hipnose | harry styles

Capítulo 12

*nota de autora no final

Harry Styles 

Isabelle está fechada na casa de banho há quinze minutos só para acabar de retocar a porra da maquilhagem e vestir-se. Apresso-me a vestir a minha camisa e esguicho um pouco de perfume pelo meu tronco. A cama está desfeita, o quarto está um caos. Ajeito o melhor que consigo a cama, odeio ter o quarto desarrumado. O cheiro a sexo difunde-se com o meu perfume amadeirado. Reviro os olhos ao encontrar uma pulseira na cama e mando-a para cima da mesa cabeceira. Ela é sempre tão desarrumada que me dá cabo dos nervos.

 Começo a sentir-me ligeiramente nervoso o que acaba por ser irónico. Só estou nesta situação porque quero. Eu não devia ter sido um idiota com ela hoje ao almoço. Ela consegue sempre tirar-me do sério, não é que seja muito difícil para ser honesto, no entanto ela tem uma capacidade extraordinária de o fazer com ainda mais facilidade. Não sei o que aquela francesa tem, mas dá cabo dos meus nervos. Passo as mãos freneticamente quando vejo as horas, são quase oito e meia e a porra da Isabelle não sai daquela casa de banho. 

Visto o meu casaco e aguardo o mais paciente possível pela morena. É o mínimo que posso fazer para não me sentir tão animal, visto que só recorro à pobre rapariga quando preciso de descarregar a raiva em sexo. Mas ela sabe como sou, todos sabem. 

Sento-me na cama agora minimamente arrumada e pego no meu telemóvel, navego pelas redes sociais e é então que reparo que o caralho do Dylan acabou de postar uma foto com ela. A minha raiva aumenta circunstancialmente, ele só pode estar a brincar. A minha vontade de partir alguma coisa aparece e eu tento controlar-me ao máximo. Calma, está tudo planeado. Eu não faço a mais pura ideia de onde eles estejam a jantar, mas sei que depois do jantar eles irão à festa, John garantiu-me isso. Não sei se é boa ideia levar Indie para aqueles ambientes visto que da última vez ela teve um ataque de pânico, mas eu estarei por perto e conseguirei controlar cada passo daquele cretino. 

Finalmente Isabelle sai da casa de banho e eu quase dou por mim a estender as mãos em direção ao céu e a agradecer a Deus. 

"Viste a minha pulseira?" Ela fala com a sua voz mimada. 

"Na mesinha." Aponto. 

Ela pega no objeto e mete-o em volta do seu pulso com cuidado, os seus olhos escuros estão nos meus enquanto se move lentamente até mim. 

"Tinha saudades tuas." Ela diz enquanto se pendura em mim e deposita um beijo delicado no meu pescoço. 

Levanto-me, evitando mais contacto. Pego nas chaves do carro. 

"Vamos? Estou a morrer de fome." 

Ela parece desapontada com a minha indiferença, não sei o que espera ela ainda. Ao descer as escadas fico feliz por não ouvir qualquer barulho, provavelmente a minha mãe saiu. Agradeço profundamente, pois teria de ouvir o quanto ela odeia Isabelle e a forma como eu brinco com os sentimentos dela. 

-

Depois de jantar com Isabelle, decidi deixá-la em casa. Hoje estou extremamente simpático, além de lhe ter pagado o jantar ainda a levei a casa. Na verdade, foi apenas um pretexto para não a levar à festa. Levar a morena à festa hoje era descer ainda mais dez pontos com Indie. Não é que as coisas estejam bem, mas pretendo melhorar o que causei. 

Assim que saio do carro ouço a música alta, John é louco o suficiente para fazer uma festa assim em casa, sendo que é um bairro e existe uma imensidão de vizinhos. Caminhei até ao portão e abri-o com facilidade. O som cada vez mais alto fazia o meu coração estremecer com as vibrações.  Assim que meto os pés dentro da casa um John completamente bêbedo de copo na mão aparece.