Delfim (ABO)

Capítulo 5

Caos, essa é a única palavra para expressar a situação. Em frente a afronta, milhares de alunos espantados ou esperançosos, discutiam. A disputa entre aqueles que não queriam as mudanças e aqueles que acham que ela é necessária, chegou em situações alarmantes, precisando de três ou mais professores para parar uma única briga. Um verdadeiro transtorno, onde o respeito e a tolerância foram deixados de lado pelos demais.

Chega ! - Uma voz de comando forte e dominante, foi jogada em meio a desordem afetando todas as classes. Aqueles que não se encolheram e tremeram, ficaram meio desnorteados.- Todos vão para sua devida classe, mais tarde eu passarei para conversar, isso não vai sair impune !

Na fala do diretor tinha fúria, e isso não pode ser considerado um bom sinal. Dentre as pessoas da escola, o Chae mais velho era o mais temido entre todos. Ele era considerado intolerante e injusto, sempre favorecendo a classe mais forte e aplicando castigos por coisas insignificantes. Mas a grande parte do medo das pessoas não vinha apenas por isso. Ele era quase com um alfa nato, sua voz forte e dura impõe medo e liderança, sua aparência era severa e grosseira, tornando o ambiente ao seu redor denso e pesado, oprimindo a maioria das pessoas. Características fortes para um verdadeiro dominador.

Após a saída de todos, sozinho na capela, pode começar a visualizar a clara ameaça, a fim de poder encontrar um provável culpado, mas a única pista deixada no local foi uma flor, Delfim. Uma flor considerada tóxica, mas com bonito significado, de esperança e um novo começo.

Furioso, é o estado do alfa. Uma das coisas que mais prezava na vida é o controle. Ter tudo e todos na sua mão, fazendo sua vontade sem questionar. E quando as coisas não saiam como planejado, a raiva o dominava, tendo que encontrar uma maneira de se desestressar. Nesse momento, foi nos restos dos móveis ainda inteiros dentro da capela, deixando-os em pedaços, mas mesmo assim ainda não aplacou a fúria do alfa, só o deixou ainda mais sedento para encontrar o responsável pela afronta. Com certeza isso não iria sair impune, e só de pensar nos castigos que poderão ser aplicados, o deixava meio excitado.

𝝮

Jooheon estava feliz, ver a reação das pessoas e principalmente de certo diretor o deixou positivo, ao ponto de ir para sua classe depois de muito tempo sem marcar presença, apenas para ver a cara de alguns professores e alunos, e principalmente para poder olhar nos olhos do diretor em um sinal de desafio. Mas nada que comprometa muito o seu plano, afinal ninguém pode provar nada.

Tudo foi muito bem executado, de madrugada enquanto a escola estava fechada, os três pularam o muro da escola, com o intuito de apenas deixar apenas um aviso. O primeiro passo para a ruptura dos pensamentos primitivos, e início de uma nova concepção moderna.

Ver o velho Chae entrar pela porta, foi melhor que o imaginado. O reitor tentava manter sua pose de inabalável, mas dava para ver sua raiva incubada. Em sua mente só se passava uma coisa.- Hilariante

Antes a sala até então pouco barulhenta ficou em silêncio no momento em que o alfa cruzou a porta, alguns até abaixaram a cabeça,   em resposta aos feromônios de dominância soltados pelo mais velho.- Caros alunos, em decorrência ao incidente ocorrido mais cedo algumas questões serão revistas mudadas.- Falou imponente, observando cada aluno dentro daquela sala, mas o final fixando o olhar no ruivo, o único que encarava de volta.- A partir de hoje a vigilância será maior e implantada durante a noite, aqueles que forem pegos o castigo e o horário dentro da escola será dobrado, em em último caso isso poderá ocasionar em expulsão. Só poderá ir no banheiro ou beber água durante as aulas, acompanhado de um instrutor. E será implantado câmeras de segurança, vigilando as vinte quatro horas do dia. Não vamos deixar barato essa afronta, o culpado deverá receber sua devida punição.