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   No caminho de casa, novamente passei pela a rua onde estava localizada a casa do Gabbies, me lembro que tinha alguém na janela, e só pelo o fato que vi algo tão macabro detrás daquelas árvores, prefiro evitar qualquer tipo de contato a aquela casa tão estranha. Enquanto caminho, lembro de cada detalhe daquele animal, pelos negros, dentes afiados, olhos vazios, grandes e destacados, a forma como se movimentava chegava a me arrepiar de tanto medo, aquilo não podia ser um cachorro, ou um lobo, e lembro que ele estava comendo algo, geralmente nos filmes de terror, coisas desse tipo são chamadas de lobisomens, mas não devo me basear em filmes, aliás aquilo de quatro patas, estava a 9km de distância de mim.
Chego em casa cedo, minha mãe até estranha, não sou muito simpática então, entro e subo de cara fechada, minha infância foi bem caótica, meu pai; alcoólatra, minha mãe; uma louca psicótica, já devemos deduzir que essa combinação não deu muito certo, e constantemente vi cenas, quando criança, de meu pai batendo em minha mãe, era algo que me assustava, tinha vezes que me enfiava no meio, pois não achava nada correto, e por essas vezes, de um soco que era para pegar em minha mãe, acabou acertando em mim, e por consequência, deslocou meu dedo. Senti uma tremenda dor e jamais vou me esquecer disso. Tenho um irmão de 19 anos; Pedro, não só como eu, como ele também sofreu bem mais na infância, viu coisas que jamais deveria ter visto e nisso, ele se fechou para o mundo; rebelde, orgulhoso; psicótico; tentativas de suicídio mas sem resultado.
E aqui estou na minha cama, sou uma pessoa extremamente calorenta então rapidamente tiro minhas roupas e tomo banho. Enquanto a água escorre pelo o meu corpo, escuto um grito, não muito longe, provavelmente devia ser crianças da outra fazenda, que aliás, queria que elas morressem, a peça que elas aprontaram para cima de mim, foi algo que me deixou nos nervos. Saio do banheiro, pego uma toalha que estava em cima da minha cama, e me visto rapidamente, quando desço, vejo a mulher da fazenda vizinha; Anabel morta bem em frente a nossa porta, ela estava em um estado completamente destruturado, se observasse atentamente, dava para ver suas tripas de fora, que por sinal, foi uma cena beeem assustadora e nojenta, meus pais ficaram aterrorizados com aquela cena e rapidamente ligaram para o sherife. E um pé em outro, ele já estava lá em casa, e só foi passar dez minutos, que minha casa já estava cheia de pessoas inúteis que não tinham nada para fazer e veio admirar a defunta lá em baixo (desculpem pela a palavra usada, rs, nunca gostei daquela víbora mesmo)
*Telefone toca, pego e olho de quem é o número*
- Amor? - Richard me liga em plena oito horas da noite, e por coincidência estava com a voz bem trêmula.
Respondo: Richard? Tudo bem? Algo aconteceu, de forma que seja pior que do houve aqui ? *Ironizo como sempre*
*A ligação começou a chiar e bem no fundo, dava para ouvir a voz do Richard*
- Se der para me ouvir, vou passar na sua casa, o clima aqui em casa, não está nada bem, aconteceu algo bem macabro no quintal...
Por final, não dava para entender nada, a única coisa que deu para eu deduzir, simplesmente foram uma frase incompleta "se não .. saiba .. ele .. é.. te amo"
Desligo e fico bem pensativa no que ele quis me falar, não fiquei amedrontada com nada, porém estava começando a ficar.

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⏰ Última atualização: Jan 06, 2019 ⏰

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