Acordando ao seu lado

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[...] atacando os dois sacos de gomas de gelatina que havia no frigobar do quarto. [...]

Quando pousaram no aeroporto de Nova York Natasha soltou um grande suspiro de alívio. Quando chegaram ao carro Phillip já estava esperando, Nat ficou surpresa com a rapidez dele, nem o viu sair do avião. Assim que as malas foram guardadas John pediu que fossem direto para a casa de Natasha:
- Está cansada? É madrugada – Beijou a cabeça dela recostada em seu ombro.
- Sim – Concordou em um sussurro – Nós saímos que horas da Suíça?
- Era cinco da tarde. É uma viagem de oito horas – Ele esticou o braço olhando seu relógio no pulso – E são quase duas da manhã.
- Eu só espero que o Ethan não esteja me esperando acordado para pegar seus presentes, senão eu juro que arremesso a mala direto no lindo rosto dele
- Ele é tão obcecado assim por presentes? – Sorriu esfregando sua mão no braço dela.
- Muito. Minha mãe é a única que consegue controlar ele quando volta de viagem com uma mala cheia de presentes.
- E você como uma boa irmã compra tudo o que ele pede
- Sim. Ele acha que me trazendo comida da faculdade é o suficiente para conseguir seus mimos.
- Há! Há! Há! Comida da faculdade em troca de presentes caros, é bem a cara do Ethan
- Nós chegamos senhor – Phil avisou quando parou em frente a casa dela.
- Certo – Consentiu e o motorista saiu do carro para abrir o porta mala e tirar a bagagem dela. John segurou o queixo dela erguendo seu rosto encontrando aquele par de olhos quase se fechando – Você quer almoçar comigo amanhã?
- Sim – Passou os braços em torno dele abraçando-o – Não quero me separar de você.
John beijou sua testa retribuindo o abraço:
- Você quer ir para casa comigo? Amanhã deixo você no trabalho – Ele estava torcendo para que ela dissesse que sim. Ele sempre dormia tranquilamente com ela ao seu lado. Ele teve que conter seu imenso sorriso quando ela disse que não queria se separar, seu homem das cavernas interior batia no peito sentindo-se grandioso.
- Quero
- Tudo bem – John abaixou o vidro do carro e chamou Phil que assim que aproximou disse que ela iria para o seu apartamento e pediu que guardasse sua bagagem novamente. Obedecendo as ordens Phillip entrou no carro e seguiu viagem. Natasha recostou sua cabeça no peito de John ainda abraçada a ele, colocou os pés para cima do banco. O moreno a envolveu em seus braços deixando-a o mais confortável possível. Ele a amava tanto que sentia seu coração acelerado sempre que ela estava por perto, e lento quando estava longe. Precisava dela para viver, Natasha se tornou seu universo e não tê-la mais por perto seria como matar tudo isso, tudo pelo qual conquistou para chegar até ela.
Quando entraram no estacionamento do apartamento John tocou o rosto da jovem que dormia tranquila:
- Minha linda – Chamou fazendo carinho em sua bochecha.
- Hmm – Gemeu.
- Nós chegamos – Falou baixinho esboçando um leve sorriso.
- Hmm – Gemeu em protesto.
- Há! Há! Consegue andar? Só ate o elevador – Ergueu o rosto dela e a viu abrir seus brilhantes e sonolentos olhos azuis que tanto adorava. Não resistindo ele lhe deu um selinho, antes de abrir a porta do carro e sair junto dela.
- Cadê o Phil? – Olhou para os lados procurando-o.
- Ele foi na frente – Passou o braço envolta da cintura dela trazendo para junto do seu corpo para mantê-la de pé.
- Eu odeio você – Ela disse em um resmungo.
- Por quê? – Ergueu uma sobrancelha olhando-a.
- Por me fazer não conseguir dormir sem você – Abraçando-o ela esfregou seu rosto no peito dele – Você se tornou meu vício, droga.
- Fico feliz em ouvir isso – Ele a abraçou dando um beijo em sua cabeça sem conseguir tirar o enorme sorriso do rosto.
O elevador parou no último andar e abriu as portas:
- Venha – John se afastou um pouco passando um braço por trás das pernas dela pegando-a no colo.
- Eu adoro quando faz isso – Recostou sua cabeça no ombro dele. – Me sinto em um filme romântico quando o galã leva a mocinha ate o quarto.
- Não sei se sou galã, mas com certeza estou levando a mocinha para o quarto.
- Você é sim, o mais lindo de todos – Beijou seu rosto. Foi então que ela percebeu que John tinha uma covinha que sempre ficava escondida – Olha só que lindo – Pressionou o indicador sobre a covinha – Eu nunca reparei nessa sua covinha. É tão fofo.
- Nunca prestei atenção nisso – Respondeu subindo as escadas.
- É bem discreta, mas dá para ver principalmente quando você empurra o sorriso para esse lado – Assim que ela falou ele sorriu do jeito que dissera, o que a deixou encantada mostrando um largo sorriso e pressionando novamente aquele charmoso furinho – Olha ela de novo – Beijou o local.
Ele atravessou o corredor seguindo para seu quarto. Ele abriu a porta e ao entrar fechou novamente empurrando com o pé. Natasha estava bocejando quando eles pararam ao lado da cama:
- Consegue ficar em pé meu amor? – Ele perguntou.
- Sim – Concordou sonolenta. John a deixou no chão segurando seus braços por alguns segundos ate que ela estivesse equilibrada. Ele andou a passos largos ate o seu closet e voltou em poucos minutos trazendo consigo um vestido e uma calça de dormir.
- Erga os braços – Pediu, e assim ela o fez. John tirou a blusa dela deixando sobre a cama, voltando sua atenção para tirar a calça dela, abrindo o botão e empurrando o zíper. Natasha estava com as piscadas lentas, mal mantendo os olhos abertos, John mantinha seu sorriso observando-a. Beijou sua têmpora antes de descer puxando a calça pedindo que ela levantasse uma perna por vez. Ele beijou o pescoço dela quando subiu novamente.
- Não se aproveite da minha incapacidade de se quer ficar com os olhos abertos – Abriu ligeiramente seus olhos encontrando uma expressão divertida no rosto dele.
- Eu jamais faria isso – Tentou parecer o mais sério possível, mas seu tom condenava a brincadeira.
- Hmm – Resmungou. Olhou para baixo – Falta o sutiã – Ergueu a cabeça olhando-o.
- Ah! Que tortura – Torceu a boca dando um passo para frente passando os braços por trás dela segurando o fecho do sutiã tirando-o. Aproveitou para dar um longo selinho nela. Se curvou ao lado dela pegando o vestido – Erga novamente os braços.
Ela ergueu os braços sentindo o tecido deslizar sobre seu corpo parando na metade de suas coxas. Era um vestido de seda prateado, com uma fina alça e um delicado bordado próximo ao seio.
- Eu tinha esquecido que você comprou metade de um closet para mim
- Me agradeça depois – Sorriu – Ficou muito bem em você... Se bem que em minha opinião o azul ficaria melhor – Puxou o lençol da cama, segurou a mão dela trazendo-a para deitar.
- Azul? – Perguntou quando encostou a cabeça no travesseiro.
- Se tornou a minha cor favorita há algumas semanas – Ele respondeu tirando a blusa seguida da calça, pegando a roupa que havia deixado sobre a cama e vestiu. Ela não tinha entendido muito bem o porquê da escolha da cor, talvez o sono pesado não a deixasse pensar com clareza, mas perguntaria outra hora.
John passou para o outro lado da cama deitando e puxando o lençol para cobri-los. Natasha virou em busca do contato físico e do calor do corpo dele, o que o deixou bastante contente. Se agarrou a ele sentindo seu rosto subir e descer com a respiração dele.

John foi o primeiro a acordar. Respirou fundo passando uma das mãos no rosto, foi quando sentiu Natasha encostada em seu braço, com as duas mãos perto do rosto e as bochechas rosadas. Ela parecia um anjo. Ele abriu ligeiramente a boca sorrindo tocando o rosto dela esperando que acordasse. John a olhava com tamanha adoração que se perguntava como havia vivido esse tempo todo sem ela, como não sentiu nada por ela quando ainda eram jovens, porque não se aproximou dela quando iam as festas da família Donovan com seus pais, o que ele tinha naquela época que não conseguira enxerga ela como hoje. Era impossível um homem não se apaixonar por ela, e seu homem das cavernas batia no peito sentindo-se sortudo por tê-la, e faria o inevitável para manter assim ate o fim.
John achava engraçado isso tudo, há quase um ano ele repetia a si mesmo que nunca mais ia se apaixonar, apenas teria uma mulher para satisfazer suas vontades, sem compromisso ou reclamações, apenas prazer. E aqui estava ele, deitado ao lado da única mulher que pode mudar seu mundo, deixa-lo mais bonito ou tenebroso. Ela tomara as rédeas da vida dele como nenhuma outra fez, e ele muito pouco se importava em tomar de volta, só queria que ela ficasse em sua vida, que o amasse e que fosse feliz. Quantas concessões que ele fizera a ela que nunca fez as outras, quantos assuntos sobre sua vida ele expos a ela sem sentir medo de ser julgado, como um dia ele poderia ter pensado em esquecer essa mulher por ter medo do que estava sentindo?! Minha nossa, ele adorava o chão que ela pisava. Natasha era o seu próprio paraíso.
Ela respirou fundo e gemeu esfregando o rosto no peito dele, algo que já estava virando um habito bem divertido para ele. John riu quando ela sentiu onde estava esfregando o rosto e continuou jogando o braço sobre a barriga dele abraçando-o:
- Minha gatinha manhosa não vai acordar?
- Não – Negou balançando a cabeça.
- Mas eu adoro ver esses olhinhos quando acordam
- Eles não querem abrir – Falou toda manhosa.
- Vamos, faça um esforço – Desenhou círculos com o polegar sobre a bochecha dela.
- Hmmm – Ela abriu lentamente seus olhos deixando-os se acostumarem com a claridade, para assim ergue-los e encontrar um olhar bem aberto e apaixonado.
- Olha só! Eles ganham um brilho especial de manhã. São lindos.
- É ficam mais brilhantes por causa da lágrima quando bocejo – Riu.
- Pode ser – Beijou a testa dela esboçando um divertido sorriso – Que tal nós levantarmos, tomarmos banho e depois tomar café para ir para o trabalho.
- Hmmm! Eu não quero trabalhar – Fechou os olhos escondendo seu rosto na curva do pescoço dele.
- Ah não? E como vai se sustentar se não trabalhar? – Era impossível tirar o sorriso do rosto.
- Eu tenho você para pagar minhas contas. Você é bilionário, é dono de metade de Nova York – Riu baixo.
- Oh! Mas se eu fizer isso significa que vai ser completamente dependente de mim, vai ter que me pedir dinheiro para comprar algo, vai perder sua independência que tanto preza. – Apesar de ser uma divertida brincadeira, ele não acharia nada ruim que ela fosse dependente dele, seria uma forma de ficar ligada a ele para sempre. Mas sabia que isso jamais aconteceria, Natasha ficaria na miséria, mas não dependeria de ninguém.
- Eu posso ter um cartão vinculado a sua conta, assim não preciso pedir nada – Respondeu.
- É uma opção. Bom então façamos um acordo, eu arco com todas as suas despesas, crio um cartão conjunto com minha conta para usar e gastar o quanto quiser, mas em troca quando chegar em casa quero ser recebido todos os dias com você correndo e pulando nos meus braços para me dar um beijo, jantar comigo e dia sim dia não preparar algo surpreendente para comermos, e a última coisa, mas não menos importante, deve ser sempre inovadora na cama
- Podemos chegar a um acordo sobre isso, talvez acrescentar algumas coisas já que me quer como sua escrava sexual
- Estou pedindo o justo não acha? E você gostaria bastante
- Talvez sim, você é bom no que faz – Deu um beijinho no ombro dele – Mas eu tenho uma ideia melhor.
- Qual?
- Ir trabalhar, ganhar meu próprio dinheiro, ter meu próprio cartão, cozinhar algo dia sim dia não para nós dois e ser uma mulher inovadora na cama digna do homem lindo e gostoso que eu espero ansiosa voltar para casa. O que acha?
- Hmmm! É uma proposta interessante, acho que vou aceita-la
- Então temos um acordo – Olhou para ele.
- Temos – Segurou o rosto dela com uma das mãos e a beijou ficando por cima da mesma. Ele puxou levemente seus lábios sentindo a maciez. Ele dizia a si mesmo como era bom acordar daquele jeito, com ela. A beijou mais uma vez – Que tal a gente levantar e tomar banho?
- Não quero, ainda estou com sono
- Mas precisa ir para a agência
- Só mais cinco minutos
- Hunf! Tudo bem, eu vou te dar esses minutos enquanto vou lá embaixo pedir para a Tina preparar um café para você. Ok? – Admirou aqueles brilhantes olhos azuis que o fez esboçar um ligeiro sorriso de canto.
- Tá bom! – Sorriu roubando um selinho dele.
- Ok! – Foi sua vez de roubar um selinho dela antes de se levantar e sair.
Natasha se espreguiçou e virou para o lado abraçando o travesseiro.


Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora