Capítulo 22

19K 874 73
                                    

-Tu tá brincando comigo?- ele perguntou extremamente estressado, mas era como se eu estive em outro mundo, em um bem paralelo.- VADIA DO CARALHO! OS TIRO ROLANDO A SOLTA E TU DANDO DE DRAMÁTICA?! VAI TE FUDER!

E simplemente pegou meu braço, me puxou pra cima e me jogou dentro do quartinho, fechando logo em seguida.

Não era um quarto grande, pelo contrário, era pequeno. Tinha uma cama de casal, um freezer pequeno e uma TV na parede, além de alguns brinquedos pelo chão.

Olhei pro Oli e ele está completamente desesperado. Meu menino está com tanto medo que tá se tremendo em meu colo.

Comecei a balançar ele de um lado pro outro enquanto tentava acalmar ele.

Posso está aqui em corpo presente, mas na minha mente só passa no fato da Débora ter fugido e acontecido alguma coisa com ela.

Eu falei, falei tanto pra ela não sair pra gente fazer isso outro dia. Mas tudo isso é culpa do desgraçado do Pistola!

Ela estava sussa com esse lance, aí o filho da puta começou a brincar com a porra dos sentimentos dela e ela se acabou, se destruiu! Ele acabou com a Débora! Quando que ela iria fugir de algo? Ah Débora, minha amiga irmã? Ela nunca ia fugir, já passou por tanta barra e não fugiu! Mas veio aquele desgraçado e fudeu com o psicólogo dela!

Quando fui perceber lágrimas já desciam pelo meu rosto de novo, olhei pro Oli e ele estava mais calmo só soluçando um pouco e bastante agarrado em mim.

Me sentei na cama e fiquei agarrada com meu bebê, a preocupação com a Déh a mil!

Aqui dentro os tiros são abafados, mas da pra ouvir muito bem que os tiros só aumentam. Por alguns míseros segundos passou em minha mente em como o Demo estava, se ele está bem ou se levou um tiro, mas logo balancei minha cabeça afim de afastar esses pensamentos. O que não rolou muito.

A imagem do Demo ferido me fez arrepiar e um nó se transformar em minha garganta.

-Mais que caralho, Melinda! Para de pensar nele!- sussurrei pra mim mesmo.

[...]

Já tinha passando bastante tempo que nos estávamos no quarto, o Oli já tinha dormindo, mas ainda soluçava.

A preocupação com a Débora está além do nível máximo e meu coração diz que aquele tiro foi nela.

Aos poucos os tiros foram acabando e mais fogos de artifícios foram soltados. Depois disso começaram a gritar, grito de vitória e então  mais tiros foram soltados, fazendo o Oli se acordar assustado e olha pra mim logo lágrimas foram soltadas dia olhinhos dele.

-O meu amor, tá tudo bem! Shiii!- falei me levantando da cama e balançando ele.

A porta do quartinho foi aberta e eu levei um susto, mas fiquei sussa quando o Demo apareceu. Ele estava completamente cheio de sangue e a perna sangrando, o que causou com que ele mancasse.

-Eu posso fazer um curativo.- sorri de lado, ele me fitou e depois balançou a cabeça com os pensamentos distantes.

-Vou tomar um banho.- falou com a voz grossa.- Vai da aquela água doce pra dele.

E então se virou, sai de dentro do quartinho e eu saí logo atrás.

Desci as escadas tentando acalmar o Oli e quando cheguei na cozinha peguei um copo e coloquei água com açúcar.

Fui da pra ele, mas ele virou o rostinho e fez não com a cabeça.

-Ôh meu amor, toma só um pouquinho!- falei preocupada e nervosa. Ele tá muito desesperado.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora