NBLAH - Capítulo Único

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Esse mundo pode te machucar, mas nada se quebra como um coração

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Esse mundo pode te machucar, mas nada se quebra como um coração.

  Ele quebrou meu coração em mil pedacinhos.
  Com o amor não se brinca, com um coração não se brinca.
  Depois de me humilhar e me enganar, nós terminamos. "Bety, eu não gosto de você". Essas palavras nunca doeram tanto. Todos deveriam quebrar o
coração pelo menos uma vez na vida para saber o quanto doi e não fazer isso com ninguém. Ninguém.
  E agora, Patrick vai embora. Vai sair da cidade. E eu vou vou revê-lo. Talvez fazer as pazes. Talvez. Eu cansei de sofrer. Cansei. De sofrer por pessoas
que não se importam nem com a minha existência.

 Eu e Patrick vamos nos encontar em nosso lugar favorito quando namorávamos

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 Eu e Patrick vamos nos encontar em nosso lugar favorito quando namorávamos. Ou quando ele me enganava. Mas isso seria um recomeço. Eu não quero guardar rancor. Não mais. Serei uma nova pessoa. E nada melhor do que começar isso fazendo as pazes.

Patrick vinha caminhando pela trilha. Ele estava lindo. Voltei a olhar para a paisagem que se estendia na minha frente. Depois do penhasco, onde eu estava, lá embaixo, estava o rio e a floresta. Aquela vista era esplêndida.

Me virei e Patrick esboçou um sorriso:

― Oi Bety. É bom te ver. ― Ele falou passando a mão nos cabelos. Eu dei um leve sorriso. ― Eu quero fazer as pazes. Me desculpa. Não quero sair daqui dessa cidade com peso na consciência. ― Isso você já deve ter muito, pensei.

― É... eu também quero fazer as pazes. Ficar bem. ― falei balançando a cabeça em afirmação.

― Bety... eu não queria ter feito aquilo. ― Não queria!? ― Não queria te trair... não queria te enganar. Eu te amava. E fiz aquilo por impulso. ― eu fiquei sem reação. Patrick é um garoto bom, e ao mesmo tempo mal. Não dava para perceber se ele falava mentiras ou verdades. Prefiro ficar com verdades. Meu coração quebrado prefere ficar com verdades.

― Você me amou, Patrick? ― perguntei ainda sem reação ― Você me amou?...

― Sim, sim. Não quis falar e nem fazer aquelas coisas, Bety. Eu juro. ― pessoas que juram também mentem. O Patrick pode mentir. Ele pode, mas eu não sei se ele está mentindo. Nós acabamos há 2 meses, mas só agora eu quis vê-lo novamente. Talvez se eu o tivesse encontrando antes, ele falaria essas coisas. O que queria falar. A verdade. Mas eu não deixei.

― Então por quê fez? ― eu estava com medo de sua resposta. Já estava me entregando a ele, mas me queria fazer de durona.

― Porque... porque o mundo te corrompe. As pessoas te corrompe... ― fiquei sem reação novamente. Uma pessoa que ama não é corrompida. O mundo é mal.

― Você foi corrompido, Patrick? ― minha expressão ficou séria e minha voz saiu rígida demais. Ele pegou minha mão e me olhou com uma compaixão fingida. O mundo é mal

― Sim... mas... eu não quis, eu juro. ― "Eu juro". Mentiroso.

― Você jura? ― perguntei dando um leve sorriso. Mentirosos também precisam ser enganados.

― Claro. Eu te amei. Amei de verdade. ― "De verdade". A essa altura o que é de verdade e o que é de mentira? Olhei para a paisagem que se estendia lá embaixo e novamente para ele. Ainda estávamos de mão dada. Já começava a escurecer, e um raio caiu em um lugar longe, mas não muito, de onde estávamos.

― Eu também te amei, Patrick. ― falei dando um sorriso. O mundo é mal ― Amei de verdade. Mas já estamos bastante corrompidos ― ele me olhou meio torto, confuso, e eu o abracei. ― Eu te amei ― sussurrei.

― Eu te amei também. ― lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

― Mas já estamos bastante corrompidos. ― Repeti.

― O que você quer dizer com isso? ― ele perguntou. Ainda estávamos abraçados.

― Como você disse, o mundo te corrompe, as pessoas te corrompe. Mas nada pode nos salvar agora. Já estamos muito corrompidos. ― o mundo é mal.

― Eu sei que nada pode nos salvar. Mas, estamos bem? ― ele deixou de me abraçar.

― Oh, Patrick. Eu nunca vou ficar bem. ― fiquei séria. ― Nada se quebra como um coração. ― falei segurando sua mão e sorrindo. As lágrimas caindo. O mundo é mal.

― Bety, você está bem?

O mundo é mal

O mundo é mal

O mundo é mal

― Nada se quebra como um coração. ― Repeti, séria, olhando pro nada. ― E nada pode nos salvar agora. Olhei para ele e...

O empurrei do penhasco e fui junto.

De mãos dadas

caímos lentamente.

Seu semblante era de horror. Um horror extremo. Que se alguém olhasse poderia ficar assustado pelo resto da vida.

Mas, agora, nada podia nos salvar.

O mundo é mal

Nossos corpos se chocaram nas margens do rio e nossas cabeça explodiram.

Eu não quebrei o coração dele.

Eu tirei a sua vida.

Ele não podia mais quebrar corações. E nem viver.

E eu também não.

Nada pôde nos salvar.

E nada se quebra como um coração

Nada.






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