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Park Chaewon estava, assim como todos os dias que acordava, se sentindo um pouco triste. Lembrar de que teria de ver seus coleguinhas, que sempre a importunavam, a deixava para baixo.
- Bom dia, princesa Chaewon. - a mãe da garota apareceu na porta do quarto, fazendo uma breve referência para a menina, como aquelas que ela via nos filmes de princesas.
- Bom dia, mamãe. - a garota saiu de seu conforto, indo até a mãe, ainda entristecida.
- Oh, minha princesa, não fique triste! Eu tenho uma surpresa para você. - deixou a garotinha a sua espera, e quando voltou, teve certeza de que aquela pequena ação já tinha melhorado o dia da Park.
- Uma nova coroa! Mamãe, ela é linda!
Chaewon pegou a coroa com todo o cuidado possível, e com um sorriso de orelha a orelha, pôs em sua cabeça, sobre os fios loiros como os raios de sol.
- Eu vi a sua antiga coroa quebrada em cima da mesa. Foram seus colegas que a quebraram?
- Não, mamãe. - mentiu. - Eles são como eu, príncipes e princesas. Uma princesa não iria quebrar a coroa de outra, não é? - segurando as mãos de sua mãe, tentou lhe convencer. O que, enfim, acabou dando certo. Sua mãe acreditou, mas no fundo sentia que sua garotinha estava mentindo.
- Vamos, vá se arrumar. Você precisa ir para escola!
Os passos já não tão animados da loira ecoaram pela casa, a procura de seu uniforme escolar e sua mochila cheia de enfeites, com a Cinderela estampada, tão bela quanto Chaewon sempre quis ser. E era, sabia disso. Chaewon era uma princesa.
Com esse pensamento, a garota se apressou a ir para seu banho quente, não demorando muito em enfim acabar, e pôr sobre o corpinho real aquela linda saia escolar, que por mais sem graça que pareça, fazia com que tudo ficasse ainda mais lindo para Chaewon. A blusa com a logo da escola, que era tão promovida por terceiros, tinha em si pedrinhas, como se fossem jóias, de diversas cores para enfeitar. Chaewon não gostava do monótono, e aquela farda, do jeito que veio, ultrapassava os limites.
Escovava os belos fios loiros, sorrindo para o espelho. Dizia consigo, "eu sou uma princesa", e repetia diversas vezes. Precisava acreditar que era uma princesa, porque senão, quem iria acreditar?
