Capítulo 41

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Analú

Meu dia não foi diferente, trabalhei muito e acompanhei Éric em duas audiências, ele era espetacular, ele trabalhava tão bem e não tinha uma mulher naquele fórum que não ficava babando por ele. Retornamos para a empresa no final do dia, precisava resolver só mais algumas coisas e iria para o último dia da semana jurídica.

Éric: bom trabalhar com você Ana – sorrio ao passar pela minha sala e retribui o sorriso –.

Jaqueline: sortuda é pouco né Analú? – falou em um tom divertido que tive que rir –.

Jaqueline era secretária na firma, foi da minha mãe e da minha irmã também e agora vamos dizer que ela cuidava muito bem de mim.

Analú: ele é um Deus grego que deixa todas babando, mas meu negócio é outro Jaque –  mordi os lábios pensando se deveria ter falado realmente isso –.

Jaqueline: juízo mocinha.

Terminei minhas pendências e peguei minhas coisas para ir pra faculdade, Bia ficou de me buscar quando passei pela recepção ouvi em uma TV "guerra entre facções..." meu coração gelou e engoli a seco, olhei rapidamente e era o morro peguei meu celular e comecei a ligar para Bia, chamava, chamava mas caia na caixa postal. Estava impaciente quando meu celular tocou e era um número desconhecido, rezei para ser Rodrigo mais não.

IDL

D: Ana.
A: o que tu quer Danilo? Não cansa de perturbar minha vida? Eu hein. Faça igual seu irmão e me esquece.
D: é sobre ele mesmo – ficamos em silêncio – Victor está desaparecido desde ontem. Não consigo falar com ele. Telefone está desligado, o rastreador da moto também sem nenhuma localização. Ana, eu não iria te ligar se não fosse sério, acredite nisso.
A: estão me ligando, eu já te retorno.

FDL

Estava em choque, o que aconteceu com Victor? Bia começou a me ligar e tive que engolir a seco ao atender.

IDL

B: amiga – falou alto, no fundo dava pra ouvir os tiros, muito tiro –.
A: meu Deus Bia, você está aí no meio de tudo isso?
B: não pude evitar, me escuta...
TH: Ana, pega o carro do Rodrigo que está naquele estacionamento que ele já te falou ele é blindado e bem melhor, faz aquele caminho pelo matagal e vem buscar eles.
A: eles?
TH: o playboy do Victor está aqui.
A: como?
B: eu te explico aqui amiga, vem por favor – sua voz estava trêmula –.
A: estou no caminho.

FDL

Peguei um uber até esse estacionamento, desci e corri, sorte que a chave estava lá e o dono do estacionamento me conhecia. Entrei no carro e estava intacto, do jeito que Rodrigo deixou. Acelerei e saí de lá, peguei o mesmo caminho que saímos do tiroteio aquele dia dava pra ouvir os tiros, gritaria bem de longe meu coração acelerava enquanto eu ia me aproximando. Cheguei no local mas eles não estavam lá, desci do carro e caminhei pela trilha que havia ali, ouvi vozes e logo encontrei os dois. Victor estava bem machucado e Bia com uma arma na mão, arregalei os olhos e ela deu um sorrisinho sem jeito.

Analú: vamos, vem –  começamos a caminhar em direção ao carro quando ouvi um disparo –.

Victor caiu do meu lado, foi na perna e ele reclamava de dor.

Analú: abaixa – gritei e peguei a arma da mão de Bia, apontei para o cara atirei fazendo ele cair no chão –.

Bia: ai meu Deus!!! – falou em desespero –.

Analú: me ajuda aqui Bia –  agachei para pegar Victor que estava ficando inconsciente de tanta dor – Victor, fica comigo, por favor – ele abriu os olhos e sorrio pra mim –.

Colocamos ele no carro e acelerei saindo de lá, precisava levar ele para um hospital urgente e avisar a família dele. Chegamos na emergência e atenderam eles as pressas, estava na recepção e liguei para o Danilo avisando.

Bia: obrigada por ter reagido por mim.

Analú: não tem que agradecer Bi.

Bia: tu salvou nossa vida.

Analú: Victor pode estar em risco – balancei a cabeça – o que ele estava fazendo lá?

Bia: ouvi um zumzumzum dizendo que um playboy foi pego e não sei porque fui até o cativeiro e ele estava lá, todo machucado – balançou a cabeça – quando começou os tiroteios eu havia acabado de falar para TH e ele ficou louco com os vapor porque os cara queria grana, viu a puta moto que ele tinha deduziu que fosse rico.

Analú: Victor teve sorte, caiu no morro certo.

Em 30 minutos a família de Victor entrou no hospital, Dara estava com a cara péssima e me olhou com nojo. Danilo ficou tenso ao ver Bia e ela estremeceu ao meu lado, segurei em sua mão e apertei.

André: Oi prazer, sou André, o – ele ficou sem jeito – pai do Victor.

Analú: prazer, sou Analú – sorri e contei pra ele o que aconteceu –.

André: isso foi culpa minha, cuspimos a bomba toda de uma vez e aconteceu isso – passou a mão entre os cabelos, observei cada traço daquele rosto preocupado e não é que Victor parecia mais com ele do que Danilo? Sorri com o meu pensamento –.

Analú: ele vai ficar bem.

Dara: se ele sobreviver né, e a culpa vai ser tua Analú.

André: chega Dara – falou irritado e ela engoliu a seco –.

Analú: com licença.

Saí de lá com Bia, ela não estava a vontade e eu não forçaria ela ficar lá.

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