1. Prólogo

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Sabe quando as pessoas dizem que devemos dar valor ao que temos agora antes que seja tarde? Ou quando dizem que não devemos deixar para depois o que podemos fazer hoje? Ou até mesmo que devemos aproveitar cada segundo de um momento com certas pessoas, porque não sabemos quando será o último "adeus"? Muitas pessoas ao escutar essas coisas não dão muita importância. Eu mesma não dava tanta. Até o dia de hoje.

Eu nunca pensei que esse dia chegaria tão cedo. Eu nunca imaginei que com apenas 16 anos e faltando um dia para o meu aniversário, eu estaria nesse lugar sentindo a maior dor que eu já senti na vida. Não é uma dor física. É uma dor que não tem explicação. Acho que é a pior coisa que alguém pode sentir na vida.

A dor de perder minha mãe

Eu sequer pude ver seus cabelos brancos nascerem. Nunca verei suas lágrimas de orgulho no dia que eu me formar. Nunca vou sentir o abraço verdadeiro de emoção quando soubesse que se tornaria vovó um dia. Nunca vou poder dar de presente um anel de Esmeralda com brilhantes.

Acabou.

Agora estou aqui, no cemitério de New Jersey com meu irmão e meu pai e algumas pessoas importantes ao meu lado encarando o túmulo da minha mãe. Segurando rosas brancas,suas favoritas, ouvindo as palavras do pastor.

Depois de um tempo com o mesmo dando sua palavra, algumas pessoas ao nosso redor se aproximaram do túmulo e deram suas últimas palavras para minha mãe. Eu só conseguia encarar fixamente para seu rosto. Seus olhos obviamente estavam fechados, mas eu ainda conseguia ver seus lindos olhos meio castanhos esverdeados. Eles tinham uma cor única. Seus cabelos castanhos eram tão macios. Eu adorava fazer carinho.

Assim que meu pai e meu irmão se despediram de minha mãe, foi minha vez, e agora sim eu posso dizer que eu senti a maior dor que alguém poderia sentir na vida.

A cada passo que eu dava, a vontade de chorar aumentava. Ao me aproximar, segurei suas mãos frias e a encarei por alguns segundos antes de começar a falar baixo, mas em um tom que todos ao redor conseguiram ouvir.

— Mãe — uma lágrima escorreu — obrigada por me escolher como sua filha — outra lágrima caiu — obrigada por nunca ter deixado de me amar, mesmo não sendo verdadeiramente sangue do seu sangue. Obrigada por ter me dado os melhores quase 17 anos da minha vida. Obrigada por cada lágrima minha que você enxugou. Por cada abraço, cada conselho. Você me ensinou que devemos dar valor às coisas mínimas da vida, e a senhora pode ter certeza que eu vou levar isso pra vida. — abri um sorriso fraco ao dizer as próximas palavras —Você me ensinou também que quando as pessoas que nós amamos se vão, elas se transformam em uma estrela no céu. Eu prometo que vou conversar com sua estrela todos os dias. Eu prometo que você não vai ser esquecida e que eu vou te amar pra sempre. Eu prometo que vou realizar tudo o que planejamos, e você vai ver tudo do céu e vai se sentir orgulhosa. Mãe, se a vida nos uniu, nem a morte nos separa. — dito isso, eu desabei e caí no choro. Dei um beijo em sua testa e o meu pai se aproximou para me afastar levemente do túmulo para que o sepultamento pudesse começar. Fiquei abraçada com meu irmão, Ryan e chorando em seu ombro. Ele estava tentando me acalmar, mas eu sabia que obviamente ele estava tão abalado quanto eu.

Ao final de tudo, antes de irmos embora, encarei sua lápide uma última vez.

"Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós
Kiera Collins. Mãe, amada e querida".


Espero que tenham gostado. Eu nunca escrevi uma fanfic na vida, então perdoem por qualquer coisa. Caso não entendam algo, é só perguntar por aqui mesmo ou no Twitter.
Por favor, se vocês gostarem, votem e comentem.
Beijos até o próximo capítulo
Twitter: @jbizzlebaldwin

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⏰ Última atualização: Jan 10, 2019 ⏰

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