O amor é uma coisa supérflua e utópica. Quando você pensa que não, está se afogando em mágoas e fazendo o que prometeu pra si mesmo não mais fazer. Isso acontece comigo. O tempo todo. E tudo que eu consigo falar pra mim mesma é "e daí?". E se a gente não viver esse amor ilusório ao menos uma vez na vida? E se a gente não se entregar de vez e fazer tudo que tem vontade? Quem vai fazer por nós? Como nos reconstruiríamos se não nos machucássemos e nem achássemos que vale a pena gostar de alguém? Com quem partilharíamos os nossos desejos mais profundos-por mais que eles não fossem se realizar com aquela pessoa- e o nossas expectativas pro futuro? Aqui estou eu. Contando como mais uma vez quebrei as 3 regras mais importantes (ou não) da vida de uma pessoa. Como mais uma vez eu achei que ele era o homem da minha vida e iríamos nos casar, morar juntos, ter filhos e outras mil e uma coisa de casais. Como mais uma vez meu coração foi partido, e como mais uma vez eu estou tentando remontá-lo.
A vida as vezes no surpreende. E não temos como nos preparar pro que vem, porque como eu disse, é de surpresa. O nome dele é Jhennyfor e eu encontrei ele no Tinder. Brincadeira, gente. É pior. O nome dele é Matheus (com "h" ainda mais) e eu conheci ele na balada. Parece mais um clichêzinho de romance adolescente, mas espere pra conhecer a história mais louca da minha vida. Me arrumei toda, era um sábado a noite, tava afim de arrasar com meu tubinho preto e meu cabelo solto de prancha. Me maquiei, coloquei um salto e gastei 1L de perfume naquela noite. Estava com duas amigas, as companheiras de sempre. Pegamos um uber. A missão do dia era se divertir . Naquela hora não ligava mais pro meu ex que eu tinha passado a semana toda lembrando e nem pro que a sociedade julgava como certo ou errado. Eu tava toda eu. Antes de entrar, já tava pensando em quantas bocas eu ia beijar e com quantos amores da minha vida eu ia sair de lá. Fazia uns 11 meses que eu não sabia o que era sair de casa. Mas sair de verdade. Sair pra curtir. Logo de cara fiz uma lista de quantos gatinhos eu tinha visto e quais seriam os nomes que eu levar no dia seguinte. Do nada, a minha idealização de madrugada perfeita se transformou num tormento. Eu tive o desprazer (ou o enorme prazer) de fixar os olhos no maldito que futuramente me machucaria. Mas quem ia saber?Já tava encarando como se eu fosse sugar tudo de dentro dele com meus olhos. Eu precisava que ele me notasse. Nem lembrava mais da lista que tinha feito no começo da noite. Eu queria ele. Foi quando ele começou a olhar de volta e eu com um "graças a Deus" passando pela cabeça. Ah, meu amor, já tava ganho. Ele começou a chegar perto e a dar uns sorrisinhos. Sabe aquele frio na barriga? Aquela alegria e ao mesmo tempo nervosismo instantâneo? Pronto, era isso que eu tava sentindo, e nós ainda não tínhamos trocado uma palavra. Ele ligeiramente colocou a latinha que tava segurando sob uma mesinha. Antes dele abrir a boca, eu já tinha ido e voltado no céu umas cem vezes. FINALMENTE, ele falou:
-Ei linda, tudo bom? Como é o nome daquela sua amiga de vermelho? Diz pra ela que eu tô interessado. Eu tô com um amigo aqui também, se você quiser ficar com ele...
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Quebrando as regras da Dua Lipa
Random1) Não atenda o telefone. Você sabe que ele só tá ligando porque está bêbado e sozinho. 2) Não o deixe entrar. Você vai ter que expulsá-lo novamente. 3) Não seja amiga dele. Você sabe que acordará na cama dele pela manhã. E se você estiver debaixo...