(J.V ALBA, JANEIRO DE 2019)
Em Novembro de 2018 uma nova companhia de luta livre profissional foi fundada, chamada de All Elite Wrestling, ou apenas AEW. Essa nova empresa pertence aos milionários Shahid e Tony Khan, dois empresários paquistaneses-americanos que deram uma chance ao mundo do pro-wrestling na cidade de Jacksonville, na Flórida. Ao cargo de chefe temos faces conhecidas, como Cody Rhodes e os Young Bucks, e ainda conta com Brandi Rhodes. Ainda por trás das câmeras temos lendas da WWE como Billy Gunn, entre outros. São personalidades muito fortes do mundo da luta livre profissional que conhecem muito bem a fraqueza da WWE e estão motivados a esmagarem as mágoas.
De tempos em tempos aparece uma nova empresa de wrestling que promete apagar a WWE do mapa e seguir como a única responsável pela luta livre e seu monopólio marqueteiro do mundo. Então o que diferencia a AEW das demais? Bem, se fazermos uma retrospectiva das outras empresas que tentaram ou conseguiram bater de frente com a WWE teremos, como as principais: TNA, Lucha Underground, Ring of Honor e WCW. Esta última que em 1998 chegou muito perto mesmo de assumir o monopólio desse esporte que amamos tanto. Apesar de pertencer ao Ted Turner, uma das mentes mais brilhantes da história da televisão e administrada por outra mente dessas, Eric Bischoff, decisões péssimas e um booking horrível fizeram a empresa ser comprada por Vince McMahon em 2001 na porta da Wrestlemania XVII. Lembrando que a ameaça WCW era tão grande que iniciou uma guerra pela audiência americana das segundas-feiras a noite, hoje conhecida como Attitude Era, que nos revelou personagens e momentos inesquecíveis como a guerra entre Steve Austin e Vince McMahon, as piadas infames do DX, além de mulheres nuas, violência e claro sangue, muito sangue. O verdadeiro auge da WWE e do pro wrestling em geral, estatisticamente falando. Desde essa época, que perdurou mais ou menos entre 1997 até 2001, os números de agrado e audiência dos fãs não conseguiram se igualar a ela até os dias de hoje.
Com isso posto, fica evidente que a concorrência faz a WWE apelar por meios alternativos de apresentação. Que fique claro aqui meu repúdio ao conteúdo atual que prevalece há mais de 10 anos nesta empresa com frases clichês e repetidas, diálogos forçados e seguimentos ridículos juntamente com storylines passadas. Olhando por este lado, talvez uma nova competição para a WWE faça bem para os fãs dela, ainda mais sendo uma concorrência nova e que ninguém sabe muito bem o que esperar, mesmo que seu roster possua uma reciclagem de lutadores já com passagens pela WWE, tais como Chris Jericho, que possivelmente é o maior nome da AEW. Ainda por vir estão cogitados Kenny Omega, Finn Balor ou algum integrante do Bullet Club, e o nome mais improvável, porém com chances se designado com o contrato certo: Cm Punk. Seria um choque tremendo e uma reviravolta na audiência. Lembrando que tudo indica que os episódios semanais da AEW se passarão as terças, onde se encontrariam com o Smackdown Live! e causando um impacto direto nos números de televisores e streams ligada a ambos os shows.
É claro que nada é certo e tudo é incerto, levando em consideração que não foi ao ar nenhum evento da AEW ainda, e continuará assim até meados de Maio deste ano (2019). Entretanto, a WWE já se pronunciou sutilmente em relação a esta nova empresa. Ao saber da contratação de Chris Jericho, ela removeu o lutador do vídeo inicial dos shows e moveu o wrestler na página de lutadores do seu site para o conteúdo Alumni (espaço reservado para ex lutadores da companhia). Além deste episódio, tivemos outro um pouco mais polêmico que ocorreu na gravação do Smackdown Live! do dia 8 de Janeiro, onde um rapaz com uma camisa da AEW foi pedido por seguranças da WWE que se retirasse do local. Uma coisa é certa, a WWE sabe quando tem concorrência e isso vai tirar as noites de sonos do Vince McMahon e família.
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AEW - A nova dor de cabeça de Vince McMahon
Non-FictionSerá que teremos uma nova Attitude Era no mundo da luta livre? Desta vez com AEW e WWE veremos o que essas duas companhias serão capazes de fazer para se manter no monopólio do pro wrestling.