Louis deveria estar no hotel as duas da tarde.
Era o que pensava Harry, seu então noivo, ao tentar ligar novamente para o seu número, e ouvi-lo tocar até a ligação cair.
Eles tinham um jantar em comemoração do noivado na casa dos pais do Harry e lá iriam oficializar tudo para a família do mesmo após um brinde que seria feito a pedido de um deles.
No que Louis tinha achado maravilhosa a idéia, quando Harry a disse na tarde anterior, tanto que providenciou as pressas duas passagens para a cidade natal do noivo, e feito suas malas.
Mas ele próprio não sabia mais se isso aconteceria, tinha vaga lembrança de onde Louis disse que iria, e agora, já cinco da tarde, não havia sinal algum de onde ele poderia estar, ou de atender suas ligações, uma coisa que ele já vinha tentando fazer por um bom tempo.
Primeiramente ele havia considerado o trânsito ou algum imprevisto no caminho, como um pneu furado ou um acidente, no que depois percebeu que isso poderia resultar em um ligação para informar do acontecido
O que depois o levou a pensar no celular ter descarregado, o que acontecia com uma rapidez impressionante se fosse parar para pensar. E não era uma coisa tão preocupante.
Mas depois de três horas sem nenhuma notícia dita já poderia ser considerado preocupante na mente de Harry, que ligava de uma forma um tanto insistente e não tinha qualquer resposta.
Depois de quatro horas, ele já tinha ligado para a família, cancelado tudo e agora estava em uma chamada com uma policial relatando todo o caso.
***
- O senhor poderia me informar mais sobre o local onde ele disse que iria - dizia ela, em um tom calmo e pausado tentando passar um pouco dele para o homem, que chorava copiosamente na linha, intercalando soluços com o que dizia repetidamente:
- Não consigo, soluço... lembrar muito bem... soluço... ele... soluço, ele só me disse que ia sair e que estaria de volta em breve, acho - tentou falar, e após foi ouvido um som de seu nariz sendo assoado.
- Mas senhor, precisamos do maior número de detalhes possível para poder te ajudar, sabe se ele tinha algum amigo que poderia ter ido visitar? ou um parente? algo importante para fazer de última hora que tenham citado? - perguntava ela, colocando opções que normalmente podiam ser bem prováveis de ter acontecido, em alguns casos. - talvez ele retorne em breve até, mas até lá sugiro que se acalme e tente ser paciente, tome um banho, coma alguma coisa, pelo que notei o senhor está muito nervoso...
- Não sei sobre amigos que ele possa ter aqui moça, e a família dele mora em outro estado até - respondeu com a voz um pouco mais calma, mas ainda chorosa -, mas eu conheço bem meu noivo para saber que ele nunca sumiria sem explicações, acho, nós temos um relacionamento de anos sabe? e isso nunca aconteceu antes - sua voz carregava um 'que' de cansaço já, talvez pelo choro.
- Novamente senhor, tente se acalmar, não posso registrar um desaparecimento com menos de 24 horas de sumiço, vamos fazer o seguinte: desligue, beba um copo de água ou algo do tipo e amanhã, caso ele ainda não tenha voltado, o senhor volta a ligar para a polícia, tudo bem? pode fazer isso?
- Claro, posso - uma risada nervosa foi ouvida - posso sim.
E o velho som de ligação encerrada tocou.
***
VOCÊ ESTÁ LENDO
lapsos (l.s)
FanfictionHarry e Louis ficam noivos e vão até Holmes para celebrar com a família. O problema começa quando Louis desaparece sem deixar rastros. Tudo o que a polícia tem são os filmes de Harry, que é fotógrafo, e seus relatos pouco confiáveis, já que ele tem...