V de Volúpia

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Min Yoongi's P

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Min Yoongi's P.O.V.

Guio a Ômega pela escuridão dos jardins frios do palácio.

Ela avança em estado debilitado por causa de sua condição. Quase a tomo nos braços para ajudar, mas ela me impede de segurá-la e me empurra. Quase agradeço porque, mesmo a uma boa distância, sentir seu cheiro adocicado de cio tão intenso acessa minha volúpia e me tortura. E nada seria capaz de nos desviar do caminho, agora. Nem mesmo o furor das sirenes ligadas por toda a parte e o caos que se instalou no salão de bailes de Lascívia nos dispersa do trajeto que fazemos até uma entrada privativa para minha suíte.

Alcanço a porta e acesso minha senha biométrica na maçaneta. O bipe ressoa baixinho e a Ômega para ao meu lado, trêmula e ofegante. Baforadas de seu cheiro exalam no vento frio da noite e me tonteiam. Balanço a cabeça para desfazer a vertigem e a porta se destranca em um clique, se abrindo depois. Sorrio satisfeito em um alívio momentâneo. Agora temos um lugar pacífico para terminar o que começamos agarrados à árvore lá fora. E eu nem consigo acreditar no que estou fazendo.

Não sei que porra é a do fascínio que essa mulher me provocou tão subitamente. Há algo em seu corpo, em seu cheiro, em sua voz, sua aura... Que me atrai. E eu nunca quis tanto foder uma Ômega na minha vida. O que sinto nos cios de Joonseo, quando sirvo de quebra-galho para seu corpo, que já conheço como a palma da minha mão, não se compara com o que estou sentindo agora.

Quase não me reconheço.

— Esse lugar é totalmente seguro pra nós. Esse é seu dever comigo, não é?

— Deveria ser, se eu não estivesse... — Ela fala com dificuldade e solta um grunhido. Arrasta a barra do vestido longo e perolado pelo carpete do quarto amplo e luxuoso. As luzes brancas se acendem nos cantos do cômodo assim que captam o movimento. As mãos da policial se afundam em seu ventre. — V-você não faz nem ideia de quem pode ser o assassino?

— Sinceramente? Não. E estou admirado que ainda queira falar sobre sua investigação nesse estado. — Sigo atrás dela e a observo fitar todo o cômodo como se tentasse capturar os detalhes do espaço cinzento e frio, mobiliado com um grande lustre e cortinas pesadas que cobrem as janelas. Há uma cama larga e confortável, que acomodaria bem pelo menos cinco pessoas. Há também um balcão onde guardo bebidas e vários armários negros que escondem brinquedos sexuais que uso durante os cios com algumas patrocinadas mais antigas, com quem possuo mais intimidade. — Gostou do lugar?

— Sim, mas não estou admirando. — Ela fala entre ofegares e se aproxima da cama. — Estou conferindo a segurança.

— A segurança? — Eu farejaria para ajudá-la a rastrear qualquer movimento ou presença de corpo estranho aos aposentos, mas o cheiro do cio de Ômega contamina todo o quarto. Tenho que fazer um esforço sobre-humano para não sucumbir ao desejo de atacá-la agora, porque não quero fazer nada de forma apressada. — Acha mesmo que alguém entraria aqui?

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