part I

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Junho de 2002,fizemos a viajem de nossas vidas. Planificamos desdeque nos conhecíamos como gente, e quando finalmente em paris, estávamostão bêbados de alegria e de álcool que não importava muito o lugar ondeentrávamos, pois fizemos um pacto de que entraríamos em qualquer sítio e tínhamosde obrigatoriamente agir como as mesmas pessoas na sala. Foi nessa loucura que acabamos em um seminário de Énergie Renouvelable , e não fazíamos ideia porque que lá estávamos. O álcool era maior que aquela sala, mas nós estávamos beeeeeem! 

De repente, um dos guardas deu-se conta que não pertencíamos lá, então tentamos disfarçar com uma questão. Levantei-me e quando ia fazer a minha questão sem sentido, comecei a frasear palavras em português quando algo me fez parar, um par de olhos castanhos fixados em mim deixaram-me perplexa, como se o veneno de um animal me fizesse prisioneira. Sentei-me, meus amigos olharam para mim questionando em silêncio com rostos gritantes, eu disse que precisávamos ir urgente, e eles concordaram.

Um tanto quanto tontos, íamos descendo os degraus, e desequilibrei de repente, e quase que ia caindo quando senti mãos firmes em torno da minha cintura...

...congelei..! 

 Não sabia o que estava a sentir exactamente. Era uma energia que me atraia para traz, o medo da queda mista com sensação de segurança e o álcool que me fazia sentir; como que se o mundo estivesse girando constantemente.

-Espera! Tu está bem?

-Eu preciso ir..!

Respondi ao estranho, mas meus pés estavam no mesmo lugar enquanto meus amigos pareciam mais distantes e seu corpo mais perto.

-Fiquei preocupado, você saiu da sala como alguém que viu um fantasma. Tú és Brasileira? Pode por favor olhar para mim?

-NÃO!

-Porquê?

-Não sei...

Ele chegou perto do meu ouvido de uma maneira impossível e sussurrou:

-Acho sabes sim... Vira-te por favor.

De repente quando ia ganhar coragem para virar ouvi um grito:

-Você ta maluca? Porque você está parada aí? Vem Cecília.

Eu ganhei forças para me soltar dele, senti um som de frustração e comecei a correr para os meus amigos. Bruna olhou para mim desconfiada e perguntou:

-Quem era aquele?

-Eu não sei

-Oh! Você sabe sim. Se não sabe porque não consegue nem olhar para traz?

-O quê que as meninas estão cochichando por aí hein?

-Nada Cid.

Respondemos em uníssono, e Bruna me abraçou preocupada querendo saber se eu estava com frio, porque ainda estava trémula.

-Mas o que você tem menina?

-Deve ser da bebida, eu preciso de comida e cama.

-E um amor em paris.

Começamos com gargalhadas e mais palavras sem sentido quando Caio, Ben e Cid olharam desconfiados e riram sem saber porque. Nós nos divertimos o dia todo com passeios a bicicleta e correndo para destinos desconhecidos. Estávamos exaustos, tontos e super felizes realizando nosso sonho de infância 


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⏰ Last updated: Jan 13, 2019 ⏰

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FROM BRAZIL WITH LOVEWhere stories live. Discover now